Luto

Minha mãe estava ao lado do caixão de Cindy, ela chorava muito. Meu pai estava próximo a janela, olhava para o nada. Me aproximei dele, acompanhada de Théo. Como se sentisse a nossa presença, ele se virou.

- Oi filha.

- Oi pai. Como se sente?

- Culpado.

- Não havia como saber. Nem eu imaginei.

Ele suspirou e saiu.

Olhei para a minha mãe e Théo me levou até ela. Tocou em seu ombro e ela se virou e o abraçou. Fiquei surpresa.

Deixei os dois ali e fui me sentar do lado de fora. Pouco depois Brian se aproximou.

- Como se sente?

- Nem sei Brian. Ela estava tão feliz na festa...

- Ela tinha que estragar tudo e fazer a menina se sentir um nada! Agora fica ali chorando. Hipócrita! Falsa!

- A dor dela é genuína, isso dá pra ver.

- E do que adianta? Ela deveria ter pensado antes. Quantas vezes você tentou sem sucesso fazer o que Cindy fez?

Brian chorava muito.

- Várias...

-
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