Capítulo 60
— Ela não precisa de nada. — Sandro respondeu à pergunta de Clara com distração, mas seu olhar se desviou inadvertidamente para além do vidro da vitrine. De repente, sua pupila contraiu ao capturar uma silhueta familiar no meio da multidão: Isabela.

Não poderia estar enganado. Aquela figura estava gravada em seus ossos após sete anos de convivência diária. Cada gesto, cada curva do corpo, ele reconheceria mesmo no escuro.

— Vou ao banheiro, você escolhe o que quiser. — Atirou as palavras ao vento antes de sair em passos largos da joalheria, perseguindo o rastro de Isabela que desaparecia entre as barracas de rua.

Isabela parou diante de um quiosque de flores no calçadão, dedos pairando entre girassóis e margaridas. Antes, sempre que ele voltava para casa, a encontrava na cozinha entre panelas fumegantes, com buquês frescos sobre a mesa de jantar. Mesmo nos dias mais caóticos do escritório, aquela cena era como se fosse seu porto seguro.

Agora detestava abrir a porta do apartamento. Até
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