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CLAIRE

Os dias passaram de forma lenta e carregados de sentimentos contraditórios. Cada manhã era uma mistura de esperança e medo, um ciclo que eu tentava enfrentar com coragem. Lucas estava presente, mas sua ausência emocional ainda era uma ferida aberta. Ele tentava, mas os lapsos na memória criavam um abismo entre nós que parecia impossível de transpor.

Era sábado de manhã, e Gabriel corria pela sala com sua energia incontrolável. Ele trazia na mão um desenho, um rabisco colorido que representava nossa família: eu, ele e Lucas, sorridentes em frente à mansão.

— Mamãe, olha! — Gabriel exibiu o papel com orgulho, suas bochechas rosadas pelo entusiasmo. — Fiz para o papai!

Peguei o desenho e analisei cada detalhe. Gabriel havia incluído até mesmo o jardim que Lucas cuidava ocasionalmente, uma memória que talvez ele nem soubesse que existia.

— Está lindo, meu amor. Tenho certeza de que ele vai adorar.

Gabriel correu para o andar de cima com o desenho nas mãos. Meu coração se apertou ao
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