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CLAIRE

O homem que nos recebeu na loja tinha uma presença intimidadora. Ele usava um terno perfeitamente alinhado, mas seu olhar carregava algo sombrio. Sua frase — "Lucas, quanto tempo" — ficou reverberando no ar como um alerta.

Lucas manteve-se calado, mas vi o músculo em sua mandíbula se contrair. Ele não tinha memória de quem era aquele homem, mas, claramente, algo dentro dele reagiu. Eu toquei levemente seu braço, um gesto quase imperceptível, mas suficiente para lembrá-lo de que estava ali com ele.

— Perdoe-me, mas… nos conhecemos? — Lucas perguntou, com a voz controlada.

O homem soltou uma risada baixa, cheia de desdém.

— Ah, Lucas… sempre tão perspicaz. — Ele deu um passo em nossa direção, cruzando os braços. — Ou será que seu acidente apagou mais do que eu imaginava?

Meu coração disparou. Como ele sabia do acidente?

— Quem é você? — perguntei, tentando manter meu tom firme.

Ele voltou o olhar para mim, e um sorriso falso surgiu em seus lábios.

— Matteo Russo, senhora. — Sua v
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