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CLAIRE

Os dias haviam se transformado em semanas desde que Lucas voltara para casa. Embora sua memória não tivesse retornado, havia pequenas fagulhas em seu comportamento que me faziam acreditar que, em algum lugar profundo, ele ainda era o homem que conheci. Porém, conviver com um Lucas que não se lembrava de nós era como caminhar em um campo minado de sentimentos conflitantes.

Naquela manhã, enquanto preparava o café, ouvi os passos de Gabriel correndo pela casa. Ele parecia tão adaptado à nova dinâmica, como se aceitasse que seu pai fosse uma versão diferente de si mesmo. Eu invejava sua simplicidade.

— Mamãe! — Gabriel entrou na cozinha como um furacão, seu rosto iluminado por um sorriso radiante. — Papai disse que vai jogar futebol comigo hoje à tarde!

— Ele disse isso? — perguntei, surpresa.

— Sim! Ele prometeu! — Gabriel afirmou antes de pegar um pedaço de pão e sair correndo novamente.

Encostei-me ao balcão, permitindo que uma pequena onda de esperança me atingisse. Talvez o t
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