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LUCAS

O céu em tons de cinza anunciava a chegada de uma chuva leve, e a brisa úmida balançava as árvores ao redor da propriedade. Gabriel corria pelo quintal com um entusiasmo que parecia inabalável, mesmo sob as ameaças de um temporal. Claire, sentada na varanda com uma xícara de chá em mãos, me observava enquanto eu me esforçava para acompanhar o pequeno furacão de energia que era nosso filho.

Havia algo reconfortante na simplicidade desses momentos. Mesmo com o peso da minha amnésia, eu sentia uma conexão inexplicável com aquela cena. Era como se, mesmo sem lembrar, meu coração reconhecesse cada detalhe.

— Papai, vamos fazer uma cabana! — Gabriel exclamou, correndo para me puxar pela mão.

— Uma cabana? — perguntei, franzindo o cenho enquanto o deixava me arrastar em direção a uma pilha de cobertores e almofadas que ele já havia preparado.

— Sim! A gente fazia isso antes! Era a melhor cabana do mundo!

O entusiasmo dele me contagiava. Embora minha mente não guardasse qualquer memória
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