A SUBSTITUTA
A SUBSTITUTA
Por: Daniel Dejesus
Prólogo

Inspire... Apenas expire e inspire Eliza.

Inspire... Apenas expire e inspire Eliza.

Inspire... Apenas expire e inspire Eliza.

Disse a mim por três vezes seguida olhando para o homem que me casei forçada, a minha frente com uma arma apontada na minha direção, jamais deixarei o nervosismo me dominar, não me arrependo de nada do que diz, mas como não? Eu mereci tudo isto. Sorri nervosa, olhando para frente, não havia como fugir ou esconder, Ernesto me pegou na cama desprevenida, não tive como avisar a Jacob antes.

De repente, todos viraram suas cabeças para o lado, bem lá, totalmente longe, é ele, somente ele. Apenas ele, este não seria o meu fim? Ainda não é o fim, a vida, o amor nunca tem fim. A minha respiração saindo pesada, ofegando, agora não tenho como correr, seria eu ou ele, e entre morrer ou ter que viver sem meu amor, morrer seria a melhor opção.

Olhei pela primeira vez para Jacob a muitos metros de distância, galopando com presa, o tecido azul se destacando na roupa branca, ele ainda está com roupa de dormir, o que será que tem a dizer? Por que este caminho nunca chega ao fim? Meu amor não venha, eles irão matá-lo, dirão a todos que foi por covardia!

— Não deixe, chegar a tempo, mate essa ordinária de uma vez — O disparo foi dado, esperei que a bala encontrasse o seu destino, o meu peito, olhei pela última vez o homem a quem me entreguei gritar sobre o lombo do cavalo vindo com pressa. — ELISA NÃO!

Adeus meu amor! Pensei olhando para ele que em desespero ainda chegava sobre o cavalo, mal chegando ao trajeto, desceu vindo correndo a mim. — NÃO! — Gritou, finalmente seu grito chegou aos meus ouvidos, as palavras ficavam rápidas, os batimentos ou o buraco crescendo em meu corpo.

Um tiro não dói tanto, o que dói é viver nos braços de um homem que não sabe o que é significado da palavra amor, que nunca compreenderá o que este sentimento significa. Fechei meus olhos ao sentir que meu corpo foi para frente e para trás, o que senti em toda a minha vida? Todas às vezes que lhe pertenci valeu por mil vidas, Jacob, meu eterno e grande amor.

Foi o suficiente para não me arrepender agora, nunca, jamais. Senti as suas mãos me tocando, pegando o meu corpo, até que me deparei com os seus olhos verdes. — Elisa, por favor, não me deixe! Médico, Médico, chamem o médico. — Essa foram as suas palavras finais ao chegar ao meu ouvido. — Não me deixe Elisa! — A lágrima de um homem que diz que homens não choram pingou em meu rosto. Unindo-se as minhas, era o fim, se houver outra chance permita-me viver de novo esse amor outra vez! Se não houver, foi válido viver essa.

Clamo a Deus em silêncio, são os seus olhos verdes que fito antes de fechar os meus, a minha vida se vai nos braços de quem eu amo, é a melhor maneira de morrer, ele veio, ele viria por mim, mesmo sabendo que eu decidir morrer por ele, no seu lugar, jamais aceitaria viver num mundo sem teu amor Jacob.

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