Valery Garcia. 18:55 ― Casa dos Garcias. ― Bogotá. ― Colômbia.Cheguei em casa por mais um dia cansada por trabalhar tanto, sinto que meu corpo vai desmaiar por tanto esforço que eu faço. Fechei a porta e soltei um suspiro ao ver o meu pai mais uma vez na sala de estar fumando e bebendo, isso acontece tanto que já não aguento mais. ― Eu tenho vinte e oito anos e tranquei a faculdade de gastronomia por causa dele, não tínhamos muita coisa para comer em casa, ele não trabalha e sim gasta todo o dinheiro que ganha na rua. Então, resolvi começar a trabalhar para ajudar dentro de casa.― Pai, quantas vezes já te falei para não beber e fumar aqui dentro? ― Me aproximei dele e o mesmo soltou um resmungo.― Não quero saber, me deixa em paz e vai fazer o jantar que estou com fome!Eu só aguento isso porque querendo ou não, ele é o meu único parente vivo.― Pai, eu estou cansada do trabalho, não vou fazer nenhuma comida agora. ― Ele me olhou feio. ― E nem adianta olhar para mim assim, eu não v
Santiago Romero. 20:25 ― Bogotá. ― Colômbia.Levei o meu charuto até a boca ao observar o Charles e os outros capangas batendo no infeliz que me deve uma boa quantidade de dinheiro.― Por favor, perdoname. (Por favor, me perdoe.)― Perdonar?( Perdoar?) ― Perguntei com um pequeno sorriso. ― Você me deve uma boa quantia em dinheiro, devo lhe perdoar por isso?― E-E-Eu vou pagar... Eu juro!! ― Neguei com a cabeça.― Eu lhe dei dois malditos meses para poder me pagar, o que você fez? Me diga? ― Ele engoliu seco.Me aproximei dele e o Charles o obrigou a ficar de joelhos.― Me diga, Thiago. O que você fez com o meu dinheiro?Ele começou a chorar e isso só me estressou mais ainda, segurei o seu maxilar e apaguei o meu charuto em sua bochecha o fazendo gritar de dor.― Responde carajo!!! (Responda caralho!!!) ― Gritei e o mesmo falou.― E-E-Eu gastei... Mas eu vou pagar!Apertei o lugar onde está ferido o fazendo choramingar de dor.― Não vai ter a próxima vez, Thiago. Eu ainda fui muito ge
Santiago Romero.Dois dias depois. 10:00 ― Casa do Romero. ― Escritório ― Bogotá. ― Colômbia.Passei mais uma noite acordada trabalhando, eu às vezes passo cinco dias acordados por não conseguir dormir direito. Assim que fecho os olhos os meus pesadelos começam a me atormentar, o meu médico particular recomendou um remédio para poder me ajudar a dormir, só que não quero ficar tomando medicamentos que podem fazer mal à minha saúde. Já sou fodido, não quero ficar mais ainda. Soltei um suspiro e levantei da cadeira pegando o meu paletó que estava no braço do sofá, saí do escritório indo para o andar de baixo vendo a empregada. ― Buenos días señor. ― Falou com uma voz sexy.Eu odeio quando tentam mudar a sua voz para algo sexy, isso é algo extremamente irritante. ― Estou saindo! ― Passei por ela saindo da minha mansão. Eu sei que a Laura sente alguma coisa por mim, mas não sou um homem de me envolver amorosamente, nunca sentir algo assim por ninguém e nem sei o que é amor. Entrei no
Valery Garcia.10:35 ― Hospital. ― Bogotá. ― Colômbia.Sentia uma grande dor na cabeça bastante forte, eu tentava abri os olhos só que eu não consegui de jeito nenhum. Eu conseguia ouvir o que as pessoas ao meu redor falavam, mas de modo algum eu conseguia abri os meus olhos, era como se um peso enorme os tivessem sobre eles, isso me deixou bastante assustada. Escutei a porta sendo aberta e escutei passos dentro desse quarto.― O que aconteceu com você, garota? ― Escutei a voz de um homem.Como assim o que aconteceu comigo? Quem é você? Escutei seus passos se aproximando de mim. ― Seu rosto está bem melhor do que antes. Antes? Ele me conhece? Porque sua voz me deixa tão calma? Ele é um conhecido meu? Me esforcei para abri os olhos mais uma vez e finalmente eu consegui abri-los, rapidamente os fechei por causa da luz que me cegou por alguns instantes, voltei abri os meus olhos e medo se instala dentro de mim.Onde eu estou? Quem eu sou? Meu Deus, eu não sei quem eu sou. Olhei par
Santiago Romero.11:30 ― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.Observei ela fazendo vários exames e notei que a mesma não sentia bem, mas entendi que é porque não lembra de nada, claro que a mesma vai se sentir insegura no ambiente que nunca viu na vida. ― Enquanto ela estava ocupada, liguei para a dona Camila para vim aqui tirar as medidas dela e trazer um vestido longo e grande, se ficar folgado não tem problema, é só para ela não poder sair vestida com a roupa do hospital. Também mandei ela trazer um conjunto de peças intimas para ela. Enfim, eu ainda estou surpreso com tudo o que está acontecendo comigo. Eu nunca pensei que me importaria com alguém assim.É, eu me importo com essa garota, estou começando achar que posso.... Não, isso é impossível. ― Meu senhor? ― Me virei vendo o Charles entrando na sala. ― O que faz aqui? ― Questionei quando o mesmo parou ao meu lado. ― Chefe, parece que essa garota está sendo procurada pela máfia americana. ― Olhei para ele sem acreditar nisso.― C
Valery Garcia.12:50― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.Soltei um suspiro e sorri de leve com isso, esse homem é incrível e eu nem posso negar. Peguei o vestido junto com o conjunto de peças íntimas e caminho até o banheiro, entrei e notei que esse banheiro é muito limpo e bem organizado, acho que pode ter algo haver com ele. ― Até agora eu realmente fico confusa com tudo, porque? Eu perdi a memória e quando eu fico perto dele me sinto bastante segura, é como se ele desse a sensação de casa. Sei que pode parecer loucura ou idiotice, mas é o que eu sinto. Talvez nós realmente possamos descobrir sobre essas novas sensações que estamos sentindo nesse momento.Consegui tirar a roupa do hospital e tomei um banho com cuidado para não molhar a atadura na minha cabeça.― Droga! ― Acabei molhando a atadura do meu braço.Resolvi terminar logo o banho porque se não é capaz de eu molhar a minha cabeça, me vestir com bastante dificuldade no banheiro, por causa do meu braço e algumas dores que sinto a
Valery Garcia.― Tudo bem? ― Perguntou.Abri os olhos e vi sua expressão de preocupado.― Estou sim, só estou feliz em ter saído do hospital. ― Ele acenou e cruzou as pernas.― Irei tentar descobri direito o que meu chefe de equipe falou sobre a máfia americana atrás de você. ― Falou de repente.― Tudo bem, eu realmente quero entender isso também. ― Ele colocou a mão na minha coxa.― Não fique preocupada com isso, quero que tente descansar porque ainda não está cem por cento bem.― Vou tentar não pensar muito nisso, eu fico preocupada querendo ou não, Santiago. ― Falei um pouco cabisbaixa.― Então não pense muito nisso, meu anjo.― Tudo bem.****Observo a enorme mansão na minha frente.― Uau, é aqui que você mora? ― Olhei para ele que está ao meu lado.― Agora nós moramos. ― Falou e colocou o braço de volta na minha cintura. ― Vamos.Andamos e notei vários homens armados nos olhando, quer dizer, todos estão praticamente me olhando de um jeito estranho. O mesmo abriu a porta da frent
Valery Garcia.Tenho medo de lembrar e esquecer dele, não quero isso do modo nenhum. Soltei um suspiro e fui para o banheiro quase tendo um treco ao ver que é enorme e também a decoração é preta. ― Ele realmente gosta de preto. Minha nossa que banheiro incrível. Tem uma enorme banheira e um enorme box. ― Ele realmente gosta de coisas grandes. ― Acabei rindo ao pensar em algo impuro. ― Sou uma péssima mulher. Tirei o vestido com dificuldade e bufei.― Caramba, isso é muito chato. ― Falei comigo mesma irritada.Daqui a pouco estou chamando ele mesmo para me dá banho.Me aproximei do espelho e virei de costa olhando por cima do meu ombro, vi que tinha alguns arranhões em minhas costas. ― As vezes eu quero lembrar do que aconteceu comigo as vezes não. Entrei no box e liguei o chuveiro deixando água cair no meu peito e estiquei o braço com as ataduras para cima, me ensaboei com muita dificuldade, muita mesmo. Mas, conseguir tomar um banho melhor do que no hospital. ****Saí do banh