Santiago Romero.
11:30 ― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.
Observei ela fazendo vários exames e notei que a mesma não sentia bem, mas entendi que é porque não lembra de nada, claro que a mesma vai se sentir insegura no ambiente que nunca viu na vida. ― Enquanto ela estava ocupada, liguei para a dona Camila para vim aqui tirar as medidas dela e trazer um vestido longo e grande, se ficar folgado não tem problema, é só para ela não poder sair vestida com a roupa do hospital. Também mandei ela trazer um conjunto de peças intimas para ela. Enfim, eu ainda estou surpreso com tudo o que está acontecendo comigo.
Eu nunca pensei que me importaria com alguém assim.
É, eu me importo com essa garota, estou começando achar que posso.... Não, isso é impossível.
― Meu senhor? ― Me virei vendo o Charles entrando na sala.
― O que faz aqui? ― Questionei quando o mesmo parou ao meu lado.
― Chefe, parece que essa garota está sendo procurada pela máfia americana. ― Olhei para ele sem acreditar nisso.
― Como assim? Me explique melhor isso, Charles. ― Ele soltou um suspiro.
― Fiquem longe de mim!!! ― Rapidamente virei o meu rosto vendo a mesma empurrar a enfermeira.
Entrei na sala já que eu estava vendo através do vidro a mesma fazer o exame.
― Ei, está tudo bem. ― Ela me olhou assustada.
― Não me deixa sozinha! ― Pediu segurando o meu braço com força.
― Eu não vou, você está segura.
― E-E-Eu não entendo. ― Ela falou com lágrimas nos olhos. ― Eu me sinto bem com você, mas quando é outra pessoa... Só vejo fogo.
Puxei ele para um abraço e mesma retribuiu chorando no meu peito.
― Tudo vai ficar bem, eu prometo isso a você. Nada e ninguém vai lhe machucar , acredite em mim, não sou um homem de fazer promessas e não as cumpri-las. ― Falei sério.
― Eu acredito em você... Não deveria, mas acredito. Sinto que a minha cabeça vai explodir e quando fecho os olhos, só vejo o fogo. Porque eu vejo fogo, Santiago?
― Eu ainda não sei, talvez você estivesse em algum lugar com fogo. ― Afastei o seu rosto do meu peitoral e segurei. ― Eu vou encontrar pistas sobre o que aconteceu com você.
― Você é policial? ― Isso me fez rir áspero.
― Não, estou longe de ser alguém inútil da lei.
― O que você é? ― Eu não vou mentir para ela.
― Eu sou líder da máfia colombiana, controlo esse país na palma da minha mão. E com esse meu poder eu vou fazer de tudo para descobrir quem lhe fez mal.
― Você acha que alguém tentou me matar? ― Perguntou assustada.
― Vou ser sincero com você, nunca vou mentir. E sim, eu acredito que tenha alguém tentando lhe matar.
A mesma ficou tão pálida do nada.
― Calma, você tem que lembrar que está segura comigo. ― Ela me abraçou com força.
O calor do seu corpo no meu é algo tão reconfortante, eu nunca tive algo assim, claro, minha antiga família só me usava para sua própria diversão.
― Agora você precisa terminar os seus exames para irmos para casa. ― Tentei me afastar e ela me apertou com mais força. ― Querida, preciso que me solte.
― Fique comigo.
― Claro.
O médico voltou e começou a fazer os exames nela, olhei para o Charles e acenei com a cabeça avisando que conversamos mais tarde.
****
12:30 ― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.
Voltamos para o quarto quando ela terminou de fazer os exames, eu acho incrível o jeito dela, uma hora a mesma é extramente assustada e outra hora é uma mulher muito falante. Fiquei bastante surpreso por ela não ter ficado muito assustada por saber que eu sou um mafioso e ainda por cima um líder.
A porta foi aberta pela enfermeira trazendo comida para ela.
― Aqui, senhorita. ― A mesma colocou a bandeja em suas coxas. ― Quando acabar, pode deixar em cima da escrivaninha que logo irei vim buscar.
― Pode ir. ― Falei e a mesma engoliu seco.
― Sim, senhor. ― Rapidamente saiu do quarto nos deixando sozinhos novamente. ― Coma, você precisa comer.
― É normal eu não sentir tanta fome assim? ― Perguntou olhando para a comida em seu colo.
― Não é normal, você estava dois dias dormindo e passou por vários exames, deveria estar com muita fome agora. Coma, mesmo que seja um pouco, coma.
― Certo.
A mesma começou a comer e fiquei só observando ela.
― Isso é estranho. ― Falou.
― O que é estranho? ― Perguntei sem entender.
Ela me olhou.
― Tudo na verdade. ― Cruzei os braços.
― Explique.
― Primeiro, eu acordei sem memórias e deveria surtar.
― Você surtou. ― Falei.
― Mas não por muito tempo. Ainda por cima, eu me sinto confortável com você, nós não se conhecemos e mesmo assim eu me sinto segura com você. Até o seu jeito de ficar me olhando enquanto eu como, não me incomoda.
Olhei para os meus sapatos e soltei um suspiro.
― Não me pergunte algo que nem mesmo eu entendo. A minha vida toda eu pensei que séria um velho sozinho, aí aparece uma mulher na frente do meu carro toda machucada e com cheiro de fumaça. Vou ser sincero com você, eu não sou um homem bom, mais assim que eu te vi, senti algo dentro de mim querendo a protege-la.
Falei sendo sincero com ela porque a mesma merece isso.
― Eu não sei o que é isso, essa nova sensação no meu peito em querê-la só para mim e querer lhe proteger. Eu realmente não sei.
― E muito menos eu. ― Ela riu. ― Mas, como vamos morar juntos, podemos tentar descobrir essas novas sensações que estamos sentindo.
Sorri com isso.
― Claro, temos algum tempo para isso.
Ela olhou para o seu prato.
― Eu espero realmente que tenhamos bastante tempo. ― Eu entendi o que ela quis dizer com isso.
― Não vamos pensar nisso agora, termine de comer. ― Ela acenou e voltou a comer lentamente.
Escutei batidas na porta e o Jones abriu.
― Senhor, a Camila está aqui. ― Avisou.
― Mande ela entrar. ― Ele acenou.
― Sim, senhor.
Logo a Camila entrou com uma bolsa.
― Boa tarde, meu senhor. ― Se curvou com respeito.
― Trouxe o vestido que mandei? ― Perguntei sem enrolação.
― S-Sim, senhor.
Me virei para ela.
― Ela vai tirar suas medidas, tudo bem? ― Perguntei preocupado por ela não querer.
― Sim, tudo bem.
Ajudei a ela descer da cama e a Camila veio tirar as medidas dela e começou anotar em uma caderneta, fiquei só observando tudo de longe e percebi que a Camila ficou nervosa com isso, mas quem disse que eu ligo? Se a mesma fizer algo de errado morre.
― T-Tudo pronto, meu senhor. ― Avisou com a voz trêmula.
― Bom, cadê o vestido?
Perguntei ríspido e a mesma abriu a sua bolsa tirando um longo vestido preto.
― A-Aqui. ― Me estendeu e peguei da sua mão.
― Agora saia daqui e comece os preparativos das roupas. ― Ordenei.
― Claro, senhor. ― Ela puxou uma pequena bolsa que contém calcinha e um sutiã. ― Aqui senhorita.
― Obrigada. ― Aceitou a bolsa e rapidamente saiu do quarto. ― Você sempre assim?
― Assim como, querida?
― Mandão? ― Dei um pequeno sorriso de lado.
― Sempre. ― Ela acenou.
― E porque você é outra pessoa comigo?
Passo a língua nos lábios, eu sempre faço isso quando eu fico sem o que dizer.
― Sou o mesmo. Só que você não é aquelas pessoas, você é minha. Enfim, vá se arrumar que irei ver se você já pode ir embora.
― E se eu não puder ir embora?
― Você vai. ― Falei e andei até a porta e parei. ― Porque eu quem mando nessa porra. ― Falei friamente e sai do quarto.
Ah droga, essa garota vai me deixar louco, isso eu tenho certeza. Quer dizer, eu já sou louco, ficarei pior ainda.
Valery Garcia.12:50― Hospital ― Bogotá. ― Colômbia.Soltei um suspiro e sorri de leve com isso, esse homem é incrível e eu nem posso negar. Peguei o vestido junto com o conjunto de peças íntimas e caminho até o banheiro, entrei e notei que esse banheiro é muito limpo e bem organizado, acho que pode ter algo haver com ele. ― Até agora eu realmente fico confusa com tudo, porque? Eu perdi a memória e quando eu fico perto dele me sinto bastante segura, é como se ele desse a sensação de casa. Sei que pode parecer loucura ou idiotice, mas é o que eu sinto. Talvez nós realmente possamos descobrir sobre essas novas sensações que estamos sentindo nesse momento.Consegui tirar a roupa do hospital e tomei um banho com cuidado para não molhar a atadura na minha cabeça.― Droga! ― Acabei molhando a atadura do meu braço.Resolvi terminar logo o banho porque se não é capaz de eu molhar a minha cabeça, me vestir com bastante dificuldade no banheiro, por causa do meu braço e algumas dores que sinto a
Valery Garcia.― Tudo bem? ― Perguntou.Abri os olhos e vi sua expressão de preocupado.― Estou sim, só estou feliz em ter saído do hospital. ― Ele acenou e cruzou as pernas.― Irei tentar descobri direito o que meu chefe de equipe falou sobre a máfia americana atrás de você. ― Falou de repente.― Tudo bem, eu realmente quero entender isso também. ― Ele colocou a mão na minha coxa.― Não fique preocupada com isso, quero que tente descansar porque ainda não está cem por cento bem.― Vou tentar não pensar muito nisso, eu fico preocupada querendo ou não, Santiago. ― Falei um pouco cabisbaixa.― Então não pense muito nisso, meu anjo.― Tudo bem.****Observo a enorme mansão na minha frente.― Uau, é aqui que você mora? ― Olhei para ele que está ao meu lado.― Agora nós moramos. ― Falou e colocou o braço de volta na minha cintura. ― Vamos.Andamos e notei vários homens armados nos olhando, quer dizer, todos estão praticamente me olhando de um jeito estranho. O mesmo abriu a porta da frent
Valery Garcia.Tenho medo de lembrar e esquecer dele, não quero isso do modo nenhum. Soltei um suspiro e fui para o banheiro quase tendo um treco ao ver que é enorme e também a decoração é preta. ― Ele realmente gosta de preto. Minha nossa que banheiro incrível. Tem uma enorme banheira e um enorme box. ― Ele realmente gosta de coisas grandes. ― Acabei rindo ao pensar em algo impuro. ― Sou uma péssima mulher. Tirei o vestido com dificuldade e bufei.― Caramba, isso é muito chato. ― Falei comigo mesma irritada.Daqui a pouco estou chamando ele mesmo para me dá banho.Me aproximei do espelho e virei de costa olhando por cima do meu ombro, vi que tinha alguns arranhões em minhas costas. ― As vezes eu quero lembrar do que aconteceu comigo as vezes não. Entrei no box e liguei o chuveiro deixando água cair no meu peito e estiquei o braço com as ataduras para cima, me ensaboei com muita dificuldade, muita mesmo. Mas, conseguir tomar um banho melhor do que no hospital. ****Saí do banh
Santiago Romero.Assim que saí do quarto soltei um suspiro, essa garota realmente está me deixando louco, nunca na minha vida senti algo assim por alguém. Ela tem um fogo que me deixa muito louco que nem consigo me segurar, sua boca se tornou o meu vício. — Ela não sabe, mas esse foi o meu primeiro beijo, nunca gostei de toques e nunca iria permitir que alguém me beijasse. Mas assim que ela me beijou eu não senti repulsa ou desejo de matar, a única coisa que senti foi desejo e muito desejo por ela. Eu ainda não sei como essa coisa toda vai funcionar, só que eu espero que demore bastante tempo até isso acabar.Caminhei até o meu escritório e acredito que o Charles já esteja bem esperando lá, eu realmente estou muito curioso para saber o que a máfia americana quer com a minha garota. — Eu só espero que eles não pensam em ficar invadindo o meu território assim, porque não estou afim de outra guerra que deixou muitos dos meus homens feridos e outros mortos.Entrei no meu escritório e vi o
Valery Garcia.11:30 — Casa do Romero. — Quarto — Bogotá. ― Colômbia.Observo a sua face adormecida, ele é tão lindo e também um homem muito machucado, isso eu vejo. Passo o polegar em sua bochecha com carinho e dou um pequeno sorriso, eu estou acordada faz meia hora só olhando ele dormindo. O mesmo deve está muito cansado porque já são onze e meia da manhã, acabei tomando um susto ao sentir o seu braço me puxar para perto dele.— É estranho ter alguém lhe observando enquanto você dorme. — Falou ainda de olhos fechados.Sorri.— É que você é lindo demais, então foi muito difícil não ficar lhe observando. — Falei sem vergonha nenhuma.O mesmo abriu os olhos e me encarou.— Bom dia, querida.Beijei o seu queixo.— Bom dia, querido. Você dormiu bem? — Perguntei preocupada.Ele piscou algumas vezes.— Que horas são? — Perguntou e eu fiquei confusa por ele mudar de assunto.— São onze e meia, porque? — O mesmo arregalou os olhos e se sentou na cama me assustando um pouco. — O que foi?—
Valery Garcia.Assim que nós tínhamos se separado do abraço eu fui tomar banho e ele também, só que em outro quarto, por me nós dois tomávamos banhos juntos, só que eu não quero também ultrapassar o limite dele, sei que o mesmo é um homem cheio de traumas que está começando a se abrir para me. Então é melhor eu tomar cuidado, eu hoje fui muito ousada ao chupá-lo e não vou mentir, fui muito bom. Mas, eu ainda sinto aquela sensação que o mesmo está sendo o primeiro homem que eu fiz um boquete, eu queria tanto saber mais sobre mim sem lembrar. Não quero esquecê-lo porque já sinto que posso gostar dele, o mesmo precisa de alguém que esteja ao lado dele nos piores momentos. Eu vou me esforçar para estar com ele nos piores momentos e apoiá-lo em tudo, quero saber muito sobre ele e já entendo que às vezes ele é inseguro por causa da sua idade. Oh se ele soubesse o quanto é lindo, tenho tanta certeza que muitas mulheres queriam um Santiago para si, só por cima do meu cadáver que vai tê-lo.
Valery Garcia.Continuo olhando para ele e esperando que o mesmo continue. — Vamos comer primeiro, você precisa comer e nem adianta negar. — Falou assim que me viu abri a boca para questionar.— Tudo bem. Comecei a me servir e ele encheu um copo de suco para mim.— Obrigada. — Ele acenou. Começamos a comer em silêncio e observei o mesmo que parecia com a mente longe, ele sempre faz isso do nada. — Você está sendo procurada pela polícia. — Parei o copo na boca e olhei para ele chocado. — Como!!? — Ele me encarou. — Você também está sendo procurada pela máfia americana. — Ai meu coração. — P-P-Porque? Eu fiz algo de errado com essas pessoas? — Perguntei assustada.— Não meu amor, parece que o seu pai estava devendo uma quantia de dinheiro a máfia americana e como vingança por não ter o dinheiro, eles mataram o seu pai e ateou fogo na sua casa com você dentro. Coloquei a mão na boca chocada e assutada com tudo isso. — Eles colocaram a culpa em você, dizendo que você matou o seu
Santiago Romero.Eu ainda não consigo acreditar que eu tive um orgasmo, para falar a verdade isso já séria possível, já que eu sou louco por essa garota. Estou tão feliz por ela está me aceitando do jeito que eu sou, eu pensei que nunca iria encontrar alguém que me completasse, que me faria ser feliz. ― Mas Valery conseguiu fazer eu abaixar a guarda. Nunca na minha vida eu consegui dormir de porta aberta, eu sempre tranquei por não me sentir seguro mesmo eu tendo vários seguranças pela casa. Ela não só me fez conseguir dormir, como também me fez se sentir seguro já que nunca me senti assim. Eu não quero perder isso e vou aproveitar ao máximo de tempo que temos, se ela quer casar comigo, nós vamos casar. ― Senhor? ― Sai dos meus pensamentos com a voz do Jonas. ― Sim? ― Perguntei.― Já chegamos na casa de prostituição. ― Falou e eu acenei com a cabeça.Sorri ao lembrar do ciúmes dela, nunca pensei que eu iria ser controlado por uma mulher assim, mas é algo que eu não ligo. Desci do