Christopher Ávila.Em algum lugar em Orlando - Flórida.Uma vez eu tive um sonho. Isso já faz muito, muito tempo. Eu devia ter uns quatro ou cinco anos. Sonhei que eu e a minha família estávamos fazendo uma viagem encantada. Eu estava feliz, muito feliz, mais do que feliz, o meu nome do meio era felicidade pura. Eu nunca acreditei em encantos ou em magias, isso é coisa de meninas, certo? Achava tudo isso uma grande ilusão... achava, até agora. Porque nesse exato momento estamos dentro de um jatinho da empresa do meu pai e estou sentado em uma das poltronas grande, e confortável, perto de uma janela, olhando para as nuvens brancas feito algodão doce. Na minha frente estão o meu pai e a minha mãe. E eles se olham com carinho, com aqueles olhos brilhando de felicidade. E sabe como eu me sinto com isso? Estou explodindo, porque eu sou o responsável por isso. Sorriso por dentro. Eles se tocam, se beijam e cochicham o tempo todo, deixando-me orgulhoso do meu feito, de tê-los assim, se amand
Isabelly.— O meu garoto está feliz como nunca vi na vida. — Daniel comenta baixinho observando o filho rindo à toa e correndo de um lado para o outro no meio dos primos e primas que o adotaram de coração. É palpável o quanto está feliz mesmo sabendo o que nos esperá-la na frente. Iago se sente o tiozão, ele paparica o menino fazendo todos os gostos possíveis.— Sim, ele está muito feliz. — Concordo com o mesmo tom e ele me beija rapidamente na boca. — Você mudou o nosso quadro, anjo. — Ele sussurra e me envolvendo com seus braços, enquanto andamos pelo parque. Desvio os meus olhos dos seus para o meu fitar a criança sorridente e saltitante destacando-se perto das outras. Definitivamente Christopher Ávila está completamente diferente da criança que conheci. — Para com isso, eu não fiz nada — resmungo com um sussurro, porque no fundo eu sei que tudo o que mudou nessa família, só aconteceu porque eles se permitiram.— Você sabe que fez. Olha para minha mãe e o meu pai. E olha onde eu
Isabelly— Daniel, eu estou gravida — digo o óbvio erguendo as mãos em um gesto desdenhoso. — Quem em sã consciência me olharia com outros olhos?— Você continua tão linda e sexy quanto antes, Isabelly e se brincar até mais do antes, meu anjo. Então eu não vou vacilar com você nem por um instante. — As palavras soam roucas em meus ouvidos, as mãos possessivas apertam a minha cintura e ele cola os nossos corpos, me fazendo sentir o quão está me desejando nesse momento. Estou quase me transformando em uma poça de desejos em suas mãos quando uma voz infantil invade o cômodo, fazendo com que nos afastemos um pouco e eu puxo a respiração para tentar acalmar o meu coração que está batendo como uma escola de samba descompassada— Como estou? — Cris pergunta entrando no quarto e abre os braços, mostrando a camisa social azul clara, o jeans preto. Um par de tênis Adidas e os cabelos penteados para trás.— Nossa, você fez tudo isso sozinho? — indago com tom surpreso. — Não me chamou para nada,
Daniel.O dia seguinte aproveitamos o que há de melhor no hotel. As piscinas, as lojas, as quadras de esportes... A tarde as crianças seguem para um passeio turístico com uma equipe pronta para cuidar deles e os casais ficam livres para se curtirem um pouco. Meu cunhado como não trouxe companhia sai para um passeio solitário. Levo minha esposa ao Discovery Cove, um parque aquático com incríveis belezas naturais, onde fizemos muitas atividades juntos. Mergulhos em águas cristalinas, alimentar alguns animais e desfrutar da paz e serenidade do lugar. Isa ficou maravilhada com a sensação de ter peixinhos exóticos e coloridos ao seu redor, de poder tocar os golfinhos e brincar com eles, e ainda, assistir debaixo d'água a magia dos corais dançando um balé lento sobre o balanço das águas. No meio do dia, almoçamos ao ar livre, rodeado pelo verde, observando as aves coloridas que voavam livres de uma copa para a outra. E no final da tarde passeamos pelo Leu Gardens. O que dizer desse lugar? É
Daniel— Desculpa os termos, amor, mas você está gostosa pra caralho! — rosno. Entretanto, ela está tão envolvida que prece não se importar com as minhas palavras. Isa rebola debaixo de mim e sorrio vendo o quanto está necessitada de mim. No entanto, continuo com os meus carinhos. Afasto o seu sutiã para abocanhar o bico intumescido, enquanto a minha outra mão brinca com o outro seio. — Oh Deus, Daniel, por favor!! — Ela pede e estou no meu limite, mas quero saboreá-la um pouco mais. Então continuo com as sugadas de um seio para o outro. Depois, sigo com lambidas e beijos minúsculos, e molhados pelo seu abdômen, passando pela barriga e livro-me o tecido que esconde o meu paraíso particular, lançando-o fora do nosso alcance — Deliciosa! — urro inebriado, ansioso por sentir o seu calor e o sabor afrodisíaco no meu paladar — diga, meu anjo, o que você quer? — Os olhos escurecidos de desejo me encaram, perdidos no prazer que estou lhe oferecendo.— Preciso de você, Dani, por favor! — pe
Daniel.Dois meses depois...Os dias têm passado como borrões e tudo acontecendo muito rápido. Paulo tem se mostrado um grande canalha, sempre usando de subterfúgios para sujar o meu nome e destruir a minha imagem. O fato é que como Mônica Albuquerque Sampaio mesmo disse uma vez. Ninguém mexe com a sua família!" e através da sua promessa tenho me sobressaído de certas situações. Me mantendo quieto sobre a inspeção de Amanda para não pôr o seu trabalho a perder. Palavras dela e não minhas. Porque pela minha vontade eu já teria arrebentado a cara do desgraçado. Penso enquanto saio do meu carro e subo os degraus que me levará a mais um martírio. Hoje é o último julgamento de custódia do Cris. Amanda e Mônica estão confiantes e seguras do resultado, já eu, estou receoso e como medo do que vem por aí. Diante das circunstâncias acredito hoje que tudo pode acontecer. Ainda mais quando as portas do elevador se abrem e eu dou de cara com o meu ex-sogro com um sorriso vitorioso e uma postura im
DanielVocê é um merda, não tem competência! Eu o contratei para ganhar a minha causa, para eu ficar com o meu neto e o que eu ganhei? — Ele grita ensandecido. — A porra de uma guarda compartilhada? Ficar com o meu neto nos finais de semana e nos feriados? — O homem louco volta a encarar o juiz. — Excelência, eu mostrei aqui diante desse tribunal o quanto esse Daniel Ávila é um homem devasso. Ele costumava sair com várias mulheres nas noitadas e sempre deixava o menino em segundo plano. Ele o abandonou ainda pequeno. — O homem abre um sorriso sarcástico e me olha nos meus olhos. — E hoje ele quer dar uma de bom pai e de marido amoroso? Casou-se com uma boa mulher, rica e de família influente para dar uma de bom homem! — Então volta a ficar sério e intimidante até. Ele se inclina sobre a mesa virado em minha direção e rosna. — Eu acuso Daniel Ávila de assassinato! Ele sim, é o culpado pela morte da mãe do meu neto e será o culpado pela morte da sua filha também! — grita, apontando par
Daniel— Vamos interromper a cessão, senhores, desse jeito não dá pra continuar. — O juiz informa olhando de mim para Paulo e sai do recinto. Amanda me puxa pelo braço.— Excelência, peço que esses áudios sejam anexados ao inquérito como prova contra o senhor Paulo Matias. — Mônica pede antes que o mesmo alcance a porta.— Consentido, senhora Albuquerque. — Ele diz de modo frio e concentrado, e sai em seguida.***— O que foi tudo aquilo Daniel, a caso você enlouqueceu de vez? — Mônica pergunta ríspida assim que nos acomodamos na mesa do café a duas quadras do fórum — bufo audivelmente.— Me desculpe, Mônica, não deu pra segurar!— Está brincando, aquilo foi formidável! — Amanda vibra e me pego sorrindo.— Amanda!?__ Mônica a repreende.— O que, tia? O que Paulo fez foi digno de levar aqueles dois socos. — A advogada ralha se gabando.— Daniel quase matou aquele homem na sala do juiz e com várias testemunhas oculares. Está maluca, menina?! — Ela rebate séria.— Quase, mas não matou! —