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Daniel.

Alguns anos depois...

Entro no nosso quarto e encontro a nossa cama completamente vazia. Meus olhos percorrem com avidez pelo quarto, porém, ele também está vazio. Afrouxo o nó da gravata e me livro da peça, largando-a de qualquer jeito em cima de uma poltrona e caminho na direção do banheiro. No curto trajeto, vou me desfazendo do terno e em seguida, abro os botões da camisa social. Aproximo-me da porta e escuto o som do chuveiro ligado. O meu peito infla por saber que estou mais perto dela agora, só há alguns passos dessa porta. Termino de desabotoar a camisa, deixo a peça deslizar por meus braços e ela cair no chão logo em seguida. Contudo, não vou para debaixo do chuveiro. Eu cruzo os meus braços e me permito assistir a minha esposa linda deslizar o sabonete pela pele branca e molhada. A espuma faz o que a minha mão deveria estar fazendo ali e suspiro com inveja dele. Alcanço o cinto da minha calça, o desafivelo, abro o botão e depois o zíper. Livro-me dos sapatos com o au
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