DanielVocê é um merda, não tem competência! Eu o contratei para ganhar a minha causa, para eu ficar com o meu neto e o que eu ganhei? — Ele grita ensandecido. — A porra de uma guarda compartilhada? Ficar com o meu neto nos finais de semana e nos feriados? — O homem louco volta a encarar o juiz. — Excelência, eu mostrei aqui diante desse tribunal o quanto esse Daniel Ávila é um homem devasso. Ele costumava sair com várias mulheres nas noitadas e sempre deixava o menino em segundo plano. Ele o abandonou ainda pequeno. — O homem abre um sorriso sarcástico e me olha nos meus olhos. — E hoje ele quer dar uma de bom pai e de marido amoroso? Casou-se com uma boa mulher, rica e de família influente para dar uma de bom homem! — Então volta a ficar sério e intimidante até. Ele se inclina sobre a mesa virado em minha direção e rosna. — Eu acuso Daniel Ávila de assassinato! Ele sim, é o culpado pela morte da mãe do meu neto e será o culpado pela morte da sua filha também! — grita, apontando par
Daniel— Vamos interromper a cessão, senhores, desse jeito não dá pra continuar. — O juiz informa olhando de mim para Paulo e sai do recinto. Amanda me puxa pelo braço.— Excelência, peço que esses áudios sejam anexados ao inquérito como prova contra o senhor Paulo Matias. — Mônica pede antes que o mesmo alcance a porta.— Consentido, senhora Albuquerque. — Ele diz de modo frio e concentrado, e sai em seguida.***— O que foi tudo aquilo Daniel, a caso você enlouqueceu de vez? — Mônica pergunta ríspida assim que nos acomodamos na mesa do café a duas quadras do fórum — bufo audivelmente.— Me desculpe, Mônica, não deu pra segurar!— Está brincando, aquilo foi formidável! — Amanda vibra e me pego sorrindo.— Amanda!?__ Mônica a repreende.— O que, tia? O que Paulo fez foi digno de levar aqueles dois socos. — A advogada ralha se gabando.— Daniel quase matou aquele homem na sala do juiz e com várias testemunhas oculares. Está maluca, menina?! — Ela rebate séria.— Quase, mas não matou! —
Daniel— Vamos interromper a cessão, senhores, desse jeito não dá pra continuar. — O juiz informa olhando de mim para Paulo e sai do recinto. Amanda me puxa pelo braço.— Excelência, peço que esses áudios sejam anexados ao inquérito como prova contra o senhor Paulo Matias. — Mônica pede antes que o mesmo alcance a porta.— Consentido, senhora Albuquerque. — Ele diz de modo frio e concentrado, e sai em seguida.***— O que foi tudo aquilo Daniel, a caso você enlouqueceu de vez? — Mônica pergunta ríspida assim que nos acomodamos na mesa do café a duas quadras do fórum — bufo audivelmente.— Me desculpe, Mônica, não deu pra segurar!— Está brincando, aquilo foi formidável! — Amanda vibra e me pego sorrindo.— Amanda!?__ Mônica a repreende.— O que, tia? O que Paulo fez foi digno de levar aqueles dois socos. — A advogada ralha se gabando.— Daniel quase matou aquele homem na sala do juiz e com várias testemunhas oculares. Está maluca, menina?! — Ela rebate séria.— Quase, mas não matou! —
Isabelly.Entro no elevador executivo e sigo direto para o andar do meu escritório. No espelho babo a minha barriga de cinco meses e juro que nunca pensei que estar grávida me daria tamanha satisfação, e de tanto ouvir o meu marido dizer o quanto estou linda, maravilhosa e gostosa, já começo a me ver assim também. As postas metálicas se abrem e de cara já vejo Laura, a minha eficiente secretária. Sorrio amplamente quando vejo a mulher levantar-se da sua cadeira com algumas pastas nas mãos e me abraçar calorosamente.— Meu Deus, você voltou! — Não seguro a empolgação na minha voz.— Claro que eu voltei! Não faz ideia de como senti falta disso tudo aqui. — Me afasto do seu abraço e olho para as pastas nas suas mãos. — Burocracias. Quando cheguei aqui encontrei uma barata tonta procurando esses documentos. — Devo ter feito uma cara de quem não entendeu porra nenhuma. — E pelo visto a mosca morta contagiou a senhora com suas displicências também. — Ela ralha e eu solto uma risada audível.
Isabelly— Defina tudo, Sandra. — Levanto-me da cadeira e seus olhos caem para a minha barriga. Instintivamente levo minhas mãos ao meu ventre e caminho até uma janela. Olho para a cidade em pleno movimento lá embaixo. — Você está me pedindo perdão pelo abandono de vinte e dois anos, ou pelo seu desprezo e humilhação de meses atrás? — Olho em seus olhos agora. — Desculpe, é que eu estou confusa — retruco irônica e ela suspira.— Eu já entendi. Eu tenho uma conta muito alta com você, não é isso? — Sorrio sem vontade.— O que veio me dizer, Sandra, eu não tenho tempo para bater papo.— Não posso contar pra Emily de você, Isabelly. — A encaro friamente a mulher. — Querida, se eu fizer isso, a Emily não vai...— Te perdoar? — Ela volta a engolir em seco. __ Irônico, não é? Você está fazendo de tudo por ela, inclusive se humilhando aos meus pés. O que será que ela vai pensar disso tudo, Sandra? O fato da sua mãe ter abandonado uma filha recém-nascida, e para que? Por dinheiro? Classe socia
Daniel.Dias depois...Precisamos mudar nosso ambiente e respirar outros ares. Lembro-me de me fazer essa promessa assim que chegamos de Búzios e acredite, não foi uma promessa vazia. Penso enquanto Jonas e eu caminhamos lentamente pelo largo corredor de uma mansão, avaliando cada cômodo dela. O lugar é simplesmente fantástico! Suas paredes exibem uma mistura do rústico com o moderno, com seus janelões de vidros transparentes que permitem a luz do dia iluminar e arejar cada parte dela. No segundo andar temos vários quartos, todos amplos e com suítes, equipados banheiras grandes e closets que de alguma forma conseguem ser ainda maior e mais espaçoso do que o que temos em casa. E o terceiro andar trata-se de uma espaçosa área de laser, com jardins projetados, uma piscina grande, espreguiçadeiras e algumas mesas acompanhadas de guarda-sóis. Do lado esquerdo tem uma academia toda montada e equipada e do lado direito um imenso escritório compactado com uma biblioteca e uma bela vista da ci
Daniel— Eu disse que sim. Michelle Cantareira e eu estamos juntos. Inclusive... — Ele olha mais uma vez o relógio. — Estou atrasado para o nosso jantar de noivado. — Agora estou de boca aberta e com certeza os meus olhos estão prestes a saltar da caixa craniana.— Noivar? A Isa sabe disso? — Praticamente grito a pergunta e ele deixa os seus ombros caírem em redenção.— Não. Na verdade, ninguém sabe.— Como assim, Jonas? Está se escondendo a garota de todos? — Ele bufa audível.— Ela quem quis assim! — rebate frustrado.— Por quê?— Ela sabe do meu grau de amizade com a Belly e tem medo de que achem que está se aproximando de mim por... interesse.— E você é um filho da puta que como um covarde, aceitou essa situação!— Não. Eu disse pra ela que é bobagem, mas...— Vem.— Pra onde?— Vou te levar para o seu jantar de noivado secreto.— Mas, e a casa? — pergunta aflito.— Amanhã ligo para o corretor. Vou ficar com ela de qualquer forma e pedir para Ana encontrar um decorador. Quero ess
Daniel— Entendi, mas não te perdoou, Brito. Era sua obrigação nos contar tudo. — Isa cobra e todos riem, menos o Jonas é claro.— Bom. Eu não fui o único da turma, certo? — Ele reclama. A Karol se casou de repente e sem avisar a ninguém, e até já tem um filho e você... — Ele aponta para Isa. — Saiu com o meu chefe por várias vezes e não me contou nada. Casou-se com ele e agora olha o tamanho dessa barriga! — O clima fica tenso até às mulheres se olharem e caírem em gargalhadas enquanto eu e o Jonas nos encaramos sérios sem entender porra nenhuma.— Vamos fazer um brinde. — Shirley sugere, segurando a sua taça logo após se recompor e todos a acompanha. Calma, a Isa tem uma taça de champanhe sem álcool. — Aos noivos! — Ela diz.— Ao amor! — Isa diz em sequência.— Ao recomeço! — sugiro.— E que venha o casório! — Karol encera e as taças tilintam.Uma noite agradável entre amigos, faz muitos anos que eu não faço isso. Sequer sei por onde andam os meus amigos agora. Companheiros de facul