Bennett
Meu cérebro grita, fazendo um eco horrendo dentro da minha cabeça, porém, os meus pés não me obedecem e logo estou dando alguns passos duros na direção dos dois. E sem pensar duas vezes seguro na mão de Júlia, puxando-a para um beijo completamente inesperado. No ato, ela faz uma leve pressão contra o meu peitoral para afastar-se de mim, porém, não permito e seguro firme na sua cintura, colando-a ainda mais ao meu corpo.
Calor. O seu calor invade o meu corpo sem qualquer restrição e parece querer derreter as minhas entranhas.
O seu gosto. Droga, ele é exatamente como eu me lembrava.
Deus, estou desejando que esse beijo nunca se acabe, mas ele se acaba e ao me afastar dela só um pouco encontro o seu olhar tão assustado quanto surpreso. Eu sei, eu também estou abalado com essa minha atitude completamente sem
Júlia— Precisamos dar mais atenção para os detalhes nas bordas, Bia — falo ao telefone, enquanto caminho dentro do meu quarto no mesmo instante que os meus olhos analisam o desenho do jardim externo da Bolt.— Não acho que precisamos mexer no desenho, Júlia. Eu mesma verifiquei cada detalhe dele. Está tudo muito perfeito— O Senhor Bennett também viu e aprovou? — A interrogo. — Você sabe o quanto ele presa pelos detalhes e satisfação dos clientes mais importantes da empresa. E a Bolt vai bem além disso.— Não mostrei para ele. Pensei que o fato de você e ele… quer dizer…— Do que você está falando? — retruco.— De nada, Júlia. Deixa pra lá! Quer saber? Eu vou refazer todo o croqui e te passo tudo na segunda, pode ser?— Tud
Júlia— Também te amo, filho! E quero que você aproveite cada momento para se divertir bastante, entendeu?— Pode deixar. — Beijo a sua bochecha e me afasto para vê-lo entrar no carro. E quando o veículo ganha movimento, Alex solta alguns beijos para mim e faz alguns acenos com seus dedos.***À noite…Ficar sozinha com o meu chefe dentro dessa casa tão grande, com todo esse silêncio e quietude é um tanto incomodo. Eu realmente não sei como agir quando o Alex não está por perto. Portanto, os meus olhos se fixam em qualquer lugar, menos no Senhor Bennett. E evito falar qualquer coisa também. Mas a parte mais esquisita mesmo é ter que me acomodar a uma mesa retangular tão comprida quanto farta na hora do jantar. Contudo, apenas comemos em silêncio sem nada a dizer.— Me acompanha em uma taça
BennettEla está assustada. Como se fosse um cordeiro que estivesse prestes a ser imolado. Eu até consigo ouvir o som da sua respiração trêmula perto do meu ouvido. Consigo sentir o leve tremor do seu corpo sem ao menos lhe tocar. Os seus olhos vez ou outra se escondem dos meus e algumas vezes ela puxa a respiração, que parece não preencher os seus pulmões. E mesmo assim, algo em Júlia Ricci me faz querer falar mais sobre o meu passado. Rasgar o véu da minha escuridão e mostrar-lhe o que esse maldito amor fez comigo.— O amor verdadeiro nunca destrói, David. — Suas palavras soam baixas demais. Contudo, tenho vontade de rir dessa sua declaração.— Não? — rosno áspero e irônico, apreciando o calor que vem do seu rosto rente ao meu. — Não pense que eu sou um monstro, Júlia Ricci, po
Bennett— Aquele garoto doce e amável foi quebrado tantas vezes que eu mal posso contar em meus dedos — confesso, livrando-me do seu jeans sem qualquer paciência agora. — Ele foi torturado sem qualquer misericórdia apenas por cometer o crime de amar demais. Ele foi rasgado ao meio pela crueldade de um sentimento que não conseguia controlar. E o seu maior pecado foi tentar proteger a quem amava de todo o coração.— Oh céus, David! Por favor! Por favor! — Júlia suplica escandalosamente quando beijo e dou lambidas em sua intimidade.— Esse menino aprendeu que amar é, e sempre será um erro grave, Júlia Ricci. — A penetro com dois dedos meus. — Um crime com sentença gravíssima de morte.— Bennett! — Então geme mais alto, jogando a sua cabeça para trás e na sequência, e
BennettA luz do dia invade o meu quarto e só então me dou conta de que o dia já amanheceu. Passei mais uma noite em claro, mas dessa vez foi completamente diferente. Não foi uma noite nebulosa e cheia de angústia. E não estou sentindo a dor que costuma me acompanhar de dia e de noite. A verdade é que estou deitado em minha cama, quieto e parado, apenas olhando para ela. E isso já tem horas.Sim, Júlia Ricci adormeceu exausta em minha cama alguns minutos após um orgasmo violento e desde então não consigo parar de olhá-la.... O amor não destrói, David. Suas palavras se repetem dentro da minha cabeça como um maldito eco. E eu juro que gostaria de acreditar em cada uma delas. Contudo, lembrar da lâmina afiada rasgando a minha pele e ainda sentir o meu sangue escorrer quente por ela, enquanto eu implorava para ela parar não me permit
BennettVê-la sair do meu carro e caminhar para a porta da frente de uma casa de dois andares me deixa agitado por dentro. A simples ideia de saber que Júlia Ricci está perto desse homem me deixa em chamas e impaciente com os meus pensamentos saio do carro, e dou alguns passos na direção da porta. Contudo, freio os meus passos bruscamente, levando uma mão atrás da minha nuca e respiro fundo algumas vezes.Não é da sua conta, Bennett. Tento me convencer disso, mas o seu olhar pesado e inebriado de prazer da noite passada me diz o contrário. Júlia Ricci é minha. Ela me pertence, mesmo que seja com data de validade e eu não posso… Paro bruscamente outra vez a alguns centímetros da entrada e bufo violentamente.— QUE MERDA, BENNETT! — berro comigo mesmo e me forço a voltar para perto do carro, mas não entro nele. —
Júlia— Como ele está? — Bennett pergunta assim que desço as escadas. No entanto, dou alguns passos para dentro da enorme sala de estar.— Ele finalmente ele dormiu. — Solto um suspiro alto. Meu chefe apenas meneia a cabeça positivamente e bebe um gole da sua bebida.— E você? Como você está? — Ele procura saber.Arrasada, cansada, trêmula. Penso, porém, não consigo mencionar nenhuma dessas palavras e simplesmente dou mais alguns passos na sua direção, então desabo, o abraçando mais forte que posso, mesmo o sentindo enrijecer violentamente ao meu toque. Contudo, não seguro as lágrimas. Bennett demora um pouco, mas logo sinto o seu afago carinhoso em minhas costas. E deus, eu me sinto tão segura, e protegida por ele. No entanto, paro e resolvo me afastar dele. Portanto, respiro profundamente, enqua
Júlia— Você não precisa fazer isso — garanto com um sussurro, porém, ele parece hesitar. — Confie em mim, David — peço no mesmo tom. Seu peitoral sobre e desce devido a uma respiração pesada e levemente ofegante. — Prometo que não vou te tocar — digo e ergo as minhas mãos acima da minha cabeça. Em resposta, as suas mãos seguram nos meus seios, os apalpa com carinho e logo ele se entrega, voltando aos seus beijos ardentes. — Ah! — Um gemido suave escapa da minha boca quando ele suga o bico do meu seio, deixando-o entumecido. E ansiosa, me mexo debaixo dele.— Júlia! — Bunnett grunhe de prazer, descendo com seus beijos pelo meu corpo, causando-me arrepios, calor e fervor.— David! — Não seguro a ânsia de tocá-lo e ávidas, as minhas mãos seguram nos seus cabelos, agitando os seu