No carro, Lola observava ele soltar o nó da gravata e abrir alguns botões da camisa. Em silencio olhava para ele dedicado ao ficar mais à vontade e naturalmente levava mão a nuca dele, com os cabelos mais curtos agora e notava que relaxava no primeiro toque dela. Não conseguia explicar, mas parecia mais atraente e enquanto movia os dedos ali como se fosse uma pequena massagem e o via suspirar e inclinar um pouco a cabeça para trás. Ele estava tenso.
– Cansado? – Questionava Lola enquanto mantinha uma leve pressão ali vendo o sorriso de satisfação.
– Um pouco, parece que não. Mas ficar pulando de lugar em lugar, viajando tá acabando comigo nas últimas semanas. – Ele nem tinha aberto os olhos, gostava do toque dos dedos quente e mac
Mesmo com os saltos alto, Lola ainda era menor do que ele se esforçava para alcançá-lo. Nada que atrapalhasse, mas os dois sempre se divertiam com a diferença de altura. O casaco era o primeiro a ficar pelo caminho junto ao terno de Max.Só ouvia ele sussurrar que era roupa demais, e namorada ria e fazia questão de ajudá-lo, abrindo a camisa o mais rápido que conseguia podia enfim tocar a pele dele quente e macia. Explorava aqueles músculos do abdome e peito em contraste a maciez da pele até o pescoço perfumado onde agora deslizava o nariz por ele. Ficava claro o quanto o deseja.Enquanto as mãos de Max já iam para bunda dela apertando e fazendo ficar bem colada em si e a deitava na cama tentando puxar um pouco do vestido colado no corpo e ia deslizando devaga
– Onde você quer minha boca, baby? – Os olhos de Max percorria toda pele dela, curiosos como adorava vê la excitada, mas não afastava os lábios um segundo se quer que passeavam pelos joelhos e subindo até às coxas enquanto os dedos de novo a alcançava os seios e apalpava os dois novamente, bem os mamilos já rígidos e molhados, os acariciava.Aquilo enlouquecia Ellora, e quando a perguntava simplesmente abria um pouco as pernas , como resposta o fazendo se encaixar entre elas e movia um pouco o quadril o convidando outra vez. Ela então descia os dedos pela própria pele, entre os seios e barriga até chegar bem onde queria e se tocava devagar com os olhos dele nela.Ele mal piscava a vendo dar prazer a si mesma, enquanto a boca dele pairava respira
Nas véspera de Natal Lola já estava na casa da mãe, oficialmente estava de férias. Mesmo não sendo ali o almoço do dia 25, era tradição reunir a família toda na casa dela, todo mundo se apertava entre as crianças e os filhos mais velhos.As malas para viagem já estavam prontas, tinha um tempo que não precisava preparar uma mala daquele tamanho para ficar tanto dias fora, nem sabia por onde começar. O apartamento tinha ficado uma bagunça no processo, mesmo sabendo que teria várias roupas esperando por ela ainda precisava levar algumas de segurança. Mas no final conseguia pôr tudo em ordem, o presente de Max estava guardado também, torcia para que chegasse inteiro dentro da mala.Era o desafio da vida dela escolher a
É só uma festa, você merece. Se arrume, fique lindíssima, use aquele vestido azul que tanto ama. Beba alguns drinks, dance e ria com suas amigas. Era o que Ellora dizia para si enquanto terminava o banho. Apesar de estar exausta mentalmente depois da longa semana de projetos e testes-piloto de implantações que assumira nos últimos meses, esforçava-se para se animar e não desistir de última hora. Entre tantas responsabilidades, ainda era a única pessoa que deveria executar, mas almejava aquela promoção tão prometida pelo diretor. Então, tinha que encarar o desafio até o fim.Mesmo que sua vontade fosse vestir um pijama confortável e acompanhar a noite com uma panela de brigadeiro, ela iria sair. Havia prometido às amigas que se divertiria, não reclamaria e nem pensaria em trabalho. O melhor salto já estava separado, dançaria todas as músicas que quisesse e até paqueraria um cara bonito que chamasse sua atenção. Apenas por diversão, nada sério. Só por aquela noite, não precisava pensar
Era notável a intenção da amiga ao ajustar o vestido preto e brilhante, tentando destacar ainda mais o decote. Como se as quase duas horas que passou se arrumando não tivessem sido suficientes. Lola sempre agradecia por cada uma ter seu próprio espaço e quarto, pois, nesse ponto, eram muito diferentes. Ela era racional, via tudo preto no branco, sem floreios ou ilusões. Sempre dizia a si mesma que, se não houvesse um bom motivo, não valia a pena continuar. Já tinha aprendido essa lição na última vez em que se deixou levar apenas pelo coração e pela emoção. Patrícia, por outro lado, era pura adrenalina, loucamente apaixonada pela vida, pelos riscos e por tudo o que pudesse proporcionar diversão. Enquanto a observava se arrumar, Ellora já sabia: lá pelas 1h da manhã, a amiga estaria bêbada e aos pés dele, mesmo que o visse com outras mulheres. Era sempre a mesma história. E ela nem tentaria intervir. Já estava cansada de discutir horas e horas com Patrícia, que ignorava todos os avis
Depois de mais dois drinks, tudo estava um pouco fora de controle. Como esperado, Lola já tinha perdido uma das amigas de vista na pista de dança. Andrea sempre era a mais ávida em encontrar um par para a noite. Não demorou muito para Lola avistá-la alguns degraus acima, agarrada a um homem alto, de pele escura e completamente careca. O tipo dela. De onde estava, e pelo jeito como se agarravam, era difícil diferenciar quem era quem — pareciam uma coisa só.Lola, por outro lado, não estava interessada nessas aventuras momentâneas. Desviou o olhar, deixando as amigas à vontade para se divertir enquanto se mantinha o mais sóbrio possível. Só queria voltar à mesa após se livrar dos caras inconvenientes que cruzavam seu caminho. Aquele não era o tipo de lugar que frequentava para conhecer alguém.— Menos uma. Quem é a próxima? — apontou para as duas amigas à sua frente, que já tinham pedido outra rodada e viravam mais duas doses com entusiasmo.Seria uma longa noite.Entre idas e vindas at
Era naquele momento que ela esquecia do mundo, ouvindo suas músicas preferidas e dançando livre, sem se importar com quem estava ao redor. Ainda mais quando se juntava à amiga, que compartilhava o mesmo sentimento, e as duas moviam-se em perfeita sincronia, como se fossem uma só. O calor abafado do ambiente as envolvia, e os rostos desconhecidos ao redor se transformavam em borrões. A cada batida da música, sentia o corpo vibrar, como se fosse parte da melodia. A pele queimava e, quanto mais tempo passava ali, mais ela se entregava àquela sensação única de liberdade. Mas quando se virou para abraçar a amiga, ainda empolgada, já desistiu.Naquele instante, apenas as costas de Patrícia e o rosto familiar que não queria ver – Mauro. Ele estava ali, mais uma vez, a abraçando e beijando como se nada tivesse acontecido. No fundo, ela sabia que era apenas questão de tempo até que os dois se encontrassem de novo e começassem a mesma história. Até que demorou para acontecer.Ellora franziu o c
— Grego? – A pergunta dele parecia genuína, fazendo Lola rir enquanto o olhava.Como sempre, alguém perguntaria de onde vinha aquele nome. E, obviamente, ela não parecia uma pessoa de ascendência grega.— Hebraico ou celta, até hoje não sei. – Ela abriu um sorriso, fazendo eco de sua resposta.O que realmente chamava mais a atenção eram os olhos dele, que alternavam entre verdes e castanhos. Com a pouca luz, era difícil identificar, mas a gentileza no olhar quando ele sorria para ela era clara. Os cantos dos olhos se apertavam um pouco ao sorrir, e ele se inclinava para ouvir melhor, respondendo-lhe com suavidade, antes de retornar à pergunta anterior.— Mas, de qualquer forma, mesmo que soubesse dançar, não danço com desconhecidos. Não assim. Valeu pela intenção. – A atenção de Lola se voltava para a garrafa recém-aberta e gelada. Estava quente demais, e a presença dele parecia intensificar o calor. Ele não desistia e, mais uma vez, chamava sua atenção.— Uma pena, adoraria umas auli