E antes pudessem sair da cozinha e dar oi para o resto do pessoal. Patrícia aparecia, vindo do corredor que dava em direção aos quartos, como sempre, falando alto e pulando na amiga.
– Lola, Lola. Até que enfim. – A outra morena apertava como sempre. Tinha uma semana que não se viam.- Jesus amado, Patrícia. Eu vou cair. – Ela se apoiava na bancada onde a mãe só observava a bagunça com aquele olhar que a garota não tinha jeito.– Achei que ia ter que buscar você em casa. –– Não exagere. Agora me solta, doida. – Assim que tinha um espaço, dava um beijo na amiga e apresentava para Max.– Até que enfim, pessoalmente, vossa alteza. – Para surpresa de todos, ela apertava a mão dele, sem o abraçar, o que era bem comum dela e ficou feliz que a amiga a ouviu.– Verdade, finalmente aconteceu esse encontro. – Os dois já tinham se conhecido por telefone e as chamadas que Patrícia sempre aparecia de intrometida.O irmão sempre queria fazer o churrasco igual ao pai, a maior briga dele era comparar o argentino com o americano. Ele não gostava nada doce ou das coberturas e temperos demais, como ele mesmo dizia, não sentia o gosto da carne. Parecia até o Max falando com tanta destreza quando o assunto era gim ou tipos de cervejas, e quando os dois entraram no assunto pareciam amigos há anos. Mesmo com a diferença de idade e cultura, aqueles dois pareciam se comunicar tão bem, o que fez Ellora sorrir, observando enquanto se sentava ao lado do príncipe que parecia estar em casa. – Tá tudo bem? – Disse ele com a boca bem colada no rosto dela. – Sim. E com você? – Aquele jeito preocupado e atencioso sempre a amolecia e se inclinava na direção dele com os braços em volta do pescoço para o abraçar. – Também, muito bem, na verdade. – Sempre tirava a mecha de cabelo do rosto dela. Nem percebia quando fazia, era tão natural assim como o beijo na test
Quando ambos perceberam, estavam ambos sentados no chão, a ausência era semelhante para Max. E que, dizendo que foi nessa época que ele e o James se afastaram por completo. Parecia que o irmão estava tentando substituir o cargo do pai, o que gerou diversos conflitos entre os dois. Mas, no fundo, ele sentia falta da época em que eram parceiros e tinham boas conversas, e como ficou feliz ao saber do primeiro sobrinho. Só que a alegria não durou muito, James fez questão de que ele devia seguir os mesmos passos e, por pressão e na tentativa de apaziguar as tensões, pediu a então namorada em casamento. Mesmo sabendo que não era o que ele queria, e então, pois fim. Foi onde tudo desmoronou, o único assunto que conseguiam falar era a mãe e a irmã, os dois cuidavam de ambas. Mas o resto era tudo teatral, principalmente perto da avó. Nossos irmãos sabem ser babacas quando querem. — Max dizia sorrindo enquanto a apertava contra si. Nisso, os dois concordavam. Os dois ainda terminavam de ver
— Que merda. Vou falar com a Ellora e a gente publica a foto. — Era o fim da conversa.Mal ouviu, os dois se despediram e Max estava sentado na cama olhando para ela. — Me desculpa. Sei que queria fazer no seu tempo. Lola respirou fundo, estava pensativa e só lembrava da escapada dos dois para o banheiro naquela noite e se isso também poderia vir público, ou como eles dançaram antes, imagens como aquelas não ótimas para sair em qualquer site. Ainda mais como as primeiras deles. — Achei que não era permitido fotos. Lembra? – Ela se juntava na cama com ele, enquanto vasculhava a galeria em busca de uma foto dos dois. Mas, sem muito olhar no rosto de Max, não queria que visse o quanto estava temerosa e cheia de receio.— Pelo jeito, foi só para festa, que garantiram. Tinha tanta gente entrando e saindo do salão no jantar que ninguém ia perceber uma câmera escondida. — E claro que era bem mais iluminado que o lugar da festa. Ela mesmo revirava a galeria de fotos, procurando algo in
De alguma forma, ela conseguia aliviar a recém-tensão dos acontecimentos que quase estragavam o dia ali reunido com aquelas pessoas maravilhosas e amigáveis que Max já tinha conhecido. Ellora não tinha conversado muito quando voltaram ao apartamento, ainda não tinha descoberto onde ela morava, o que era bom. Ele sabia o quanto era discreta, talvez dificultaria o trabalho deles em relação a descobrir tudo sobre a vida dela. Mas, o que deixava Max preocupado após terminar de arrumar a mala e ir tomar banho, era o silêncio. Assim que ela saia do banheiro só com a toalha enrolada no corpo, ele a chamava para a cama. Ao abraçar, ela ficava do mesmo tamanho, o que o fez sorrir por um momento. – Está arrependida? – Perguntou ele. Com aqueles olhos firmes e quase tão escuros que sumiram os tons verdes. Foi só então que ela entendeu que o silêncio dela não era bom para os dois. E a primeira vez que ficava assim perto dele. – Desculpa, d
Enquanto estava na cafeteira do hall do prédio onde trabalhava, Lola ainda pensava como a noite anterior tinha passado tão rápido que nem tinha percebido, era como se ela estivesse no piloto automático. Vivendo tudo como um dia normal, assim que o pedido ficava pronto, gentilmente agradeceu à atendente que apareceu alguns segundos a olhando nos olhos. Ou tentando ver atrás dos óculos escuros, e o rabo de cabelo na tentativa de passar despercebido. Sem dar chance da moça falar algo, apenas pegava a caixa e o copo de café para a viagem com o sorriso e seguia para o elevador. – Vai ser um longo dia. – Ela nem se atreveu a abrir qualquer rede social, apenas a mensagem de Max avisando que tinha pousado e a mãe preocupada com ela. Mas não poderia adiar muito, tinha que aceitar a mudança e toda atenção. No fundo, ela torcia para eles estarem enganados e que quase ninguém fosse reparar nela ou no seu perfil, escondido entre tantos. No 12°, era hora de sair
– Tudo bem, eu vou olhar aqui. – Estava ciente, o nome dela ia circular, principalmente o assunto central era o nome dele vinculado. – Aproveitar a onda e virar blogueira. Larga tudo e vive de patrocínio. — Olha, jeito você tem. Vou ser seu empresário. – Propôs Max, sabia que ela nunca largaria o trabalho para algo do tipo. Mas podia tratar o assunto, comece e brincando, não precisava ficar repetindo problemas. – Seria cômico. Seu irmão ia infartar com isso. – Ellora ria pensando na ideia. – Com certeza. Mas, por favor, dê uma olhada. Acho que vai te tranquilizar um pouco. – Continuou ele. – Hoje vai sair um post oficial também lá no perfil da coroa. A assessoria está cansada de responder todo jornal ou qualquer meio que queira um posicionamento. Como se tivesse algo errado. Eles são uns abutres. –– Você viu o que vão publicar? – Sussurrou Ellora — Sim. É tudo que já conversamos, de forma direta vão dizer que estão felize
Havia outras matérias, muitas e muitas. E tantas tentativas de descobrir o tempo que estavam juntos, que cansava Ellora, ela desistia de acompanhar tudo. Era insano. Ellora Munõz: Como vocês aguentam isso? Eles reviraram tudo que é mais particular da vida das pessoas. Enquanto escrevia, Max sabia qual era o limite que podia acompanhar. O feed atualizava antes dela fechar o aplicativo de vez e a foto que tinha ali não foi nenhum estranho que tirou sem eles perceberem. Era ontem, reconhecia o lugar na casa da mãe, estava sentada no colo de Max, rindo de algo que ele dissera perto do irmão mais velho e de Patrícia. E a outra da pequena sobrinha Flora no colo de Max enquanto Lola limpava as lágrimas dela após ter caído após correr no jardim. Alguém da casa tirou. Enquanto tentava descobrir quem poderia ter postado aquilo, só observava os comentários. “Isso foi ontem. Segundo, que tão falando no Reddit, ele já conheceu a família dela. Acabou o sonho meninx” Escreveu alguém. Meu
Ellora odiava ser a irmã briguenta e chata, nunca pegou no pé dele como Marco e Bianca faziam com ela. Sempre tentou ser uma irmã flexível. Mas às vezes Liam abusava, por ser o mais novo todo mundo tolerava o temperamento e impulsividade da idade, dessa vez seria ela que daria um acorda pra vida no mais novo. Quando chegava na frente da escola notava que estava bem mais calmo que o horário comum. Não tinha mudado nada desde quando estudou ali. Esperava para ver se tinha alguém lá ainda e pelo horário o treino já deveria ter terminado. Depois de 10 minutos o irmão saiu acompanhado de outros meninos do time e a bolsa enorme pendurada no ombro. Devagar ia até ele de carro, só tinha um garoto acompanhando, conhecia aquele era o Júlio. Vivia na casa da mãe jogando videogame com o irmão. E era parte do time também, o conhecia a um bom tempo. – Liam! Entra, vou te dar uma carona. – A cara de espanto do irmão já sabia que estava encrencado. Sem falar nada jogava a mochila no banco de t