Você não vai a lugar nenhum

Com passos firmes e precisos, Paolo atravessou o saguão principal, direcionando-se para a escada, mas desviou de seu caminho ao captar o aroma familiar de comida caseira e risos provenientes da cozinha. Ao adentrar o ambiente, deparou-se com Luísa de costas, mexendo em uma panela sobre o fogão, enquanto uma criança procurava algo na geladeira.

Os olhos pequenos e curiosos do menino se voltaram para ele assim que se virou, segurando uma caixinha de suco.

— Mamãe! — A criança chamou enquanto apontava para o homem com o semblante sisudo.

A colher escorregou das mãos de Luísa ao reconhecer a postura intimidante de Don Morano.

— Temos que conversar, — A irritação estava impregnada em sua voz quando falou.

A governanta surgiu na cozinha e ofereceu-lhe algo para comer, mas ele recusou com um gesto brusco e permaneceu parado à porta por longos e cruciais segundos.

— Ele vai bater em você igual ao que papai fazia? — A voz infantil ressoou na cozinha, direcionada à mãe.

— Não! — Luisa se abaix
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App