Pela madrugada, os corpos ainda permaneciam unidos. Embora Luísa estivesse exausta, Paolo tocava os pontos certos, provocando-a sem qualquer hesitação.Com renovada intensidade, ele a virou de costas para si, dominando-a novamente. Sua mão firme segurava a perna direita da mulher enquanto deslizava com facilidade em sua umidade, invadindo-a com avidez.— Cazzo, que gostosa! — proferiu, rouco, enquanto sua boca buscava o pescoço dela. Entre estocadas profundas, fitava o próprio membro rígido penetrando-a, um brilho satisfeito percorrendo seu olhar predador.Em um movimento ágil, Paolo a virou, guiando-a para que se sentasse sobre ele. Os corpos encaixaram-se com uma naturalidade instintiva.— Continue! — ordenou, segurando-lhe a cintura com força, impulsionando-a para cima e para baixo.Os movimentos inexperientes de Luísa se fizeram evidentes. Não estava acostumada a esse tipo de entrega; com Marcos, tudo era previsível e rápido, sempre na mesma posição, sem exploração.Dessa vez, Pao
— Ela saiu do seu quarto há duas horas, chefe. — E você deixou, farabutto? — O olhar inquisidor do mafioso escrutinou o guarda-costas. — Pensei que o senhor já tinha liberado a ragazza. Empertigando-se, Paolo encarou o homem mais baixo com um brilho frio nos olhos. — O nome da minha mulher é Luísa e, a partir de hoje, você vai monitorar cada passo dela. Hai capito? — Sim, senhor! Tomado pela fúria, Paolo voltou ao quarto e bateu a porta com força. Queria entrar em sua fenda quente para saciar o desejo que o consumia naquela manhã. Contudo, teve de ir direto para o banho, aliviar a tensão que percorria suas veias. Após o banho, ele vestiu um terno slim fit que valorizava o seu torso. Depois de arrumar os fios lisos com um corte asa delta, ele foi para varanda e segurou na balaustrada enquanto observava os seguranças que vigiavam a sua propriedade. O som das batidas rápidas na porta interrompeu o silêncio do ambiente. Logo em seguida, a voz firme da governanta ressoou: — Don Mor
— Toque Für Elise, de Beethoven. — A voz autoritária quebrou o silêncio. Don Morano olhou de esguelha para a mulher abraçada ao filho e então voltou a fitar o balanço com cordas penduradas nos galhos de uma frondosa árvore. De onde estava, os ouvidos aguçados de Paolo podiam escutar a voz calma de Luísa dizendo que amava o filho. — Fique aqui! — Ela pôs o menino sentado ao seu lado. — Quero brincar lá fora mamãe… — Contrariado, Enzo reclamou. Sobre o ombro, o olhar perspicaz de Paolo analisou o garotinho mexendo na orelha. — Preciso tocar outra música, querido! — Luísa argumentou em voz baixa. Levantando da cadeira, o menino correu até o grandalhão parado na porta. — Senhor Morano! — Enzo puxou a calça de Paolo. — Hã… — O olhar do mafioso desceu direto para a criança que media um pouco mais de 1,10 cm de altura. — O senhor pode deixar minha mamãe brincar um pouco comigo lá fora? — A voz terna indagou. — Enzo, volte aqui! — Envergonhada, Luísa chamou o filho. Contrariado,
Ela esperou pelo chamado, mas naquela noite, não houve nenhum convite para ir ao quarto dele. “Talvez ele esteja satisfeito ou apenas exausto da reunião”. Luísa concluiu. Era assim com o seu ex-marido. Marco sempre estava ocupado demais com o trabalho ou cansado demais para qualquer outra coisa até que a viu transando com sua meia-irmã. Por volta da meia-noite, Luísa deitou ao lado do filho, abraçando-o. Ficou observando o rostinho sereno da criança até que o cansaço venceu e, enfim, dormiu. Na manhã seguinte, levantou-se cedo e arrumou o filho para a escola. Desceu para o primeiro piso e foi para a cozinha. Enquanto colocava o lanche dele na bolsa, concentrava-se mentalmente nas músicas clássicas que poderia tocar para Don Morando. — Termine de comer o seu cereal, meu filho. — Luísa falou — Não podemos nos atrasar. — Beijou-lhe a bochecha antes de se afastar. Ao erguer os olhos, encontrou o olhar sombrio que a analisava. Don Morano não parecia tão satisfeito quanto na manhã anter
Quando as portas do elevador se abriram, o homem grandalhão a puxou para dentro e, sem se preocupar, pressionou-a contra a parede fria e a ergueu nos braços.Por entre suas pernas, Luísa sentia a ereção vigorosa esfregando-se compulsivamente. Os lábios dele chupavam os seus como uma fruta madura. O sino tocou, anunciando a abertura das portas. O rosto dela começou a queimar quando viu uma das funcionárias com um carrinho cheio de produtos de limpeza.Ambos saíram do elevador. Ele a puxou pelo corredor do segundo piso. Paolo caminhava à frente, puxando Luísa com firmeza, sem dar espaço para hesitações. A mente dela fervilhava, tremendo o julgamento dos empregados que a viam sendo levada para o quarto do chefe. A última coisa que queria era ser conhecida como a funcionária que transava por favores.Com um movimento brusco, ele segurou sua mão, acelerando o ritmo. Ela tropeçou no carpete, mas os braços musculosos de Paolo a pegaram com facilidade, como se ela não passasse de uma pluma e
Naquele ano, o homem com traços marcantes completava 22 anos. Paolo Morano possuía uma postura intimidadora quando se empertigou em seus 1,90 de altura. O italiano passou os dedos pelas veias que saltavam em suas têmporas e, em seguida, enterrou nos cabelos, jogando os fios lisos para trás enquanto o tio dirigia e reclamava em seu ouvido. — Temos que expandir os negócios da nossa família. Você precisa encontrar uma ragazza e… — Já disse que não vou casar! — Interrompeu o tio quando recusou com veemência. Vencido pela teimosia do sobrinho, ele desistiu de aconselhar. — O seu pai não está na cidade, então, temos que ir até Bari. Stefano cuidava dos homens e gerenciava os locais em que dominava. Já Francesco, pai de Paolo, sempre administrou a parte burocrática da organização. Estava sempre em reuniões importantes ou participando de jantares para manter a aliança com pessoas poderosas. Embora o clã fosse mais poderoso e sanguinário da região de Bari, os dois sempre divergiam, não ha
Luísa caminhava cabisbaixa, observando o piso de madeira que refletia as luzes amareladas do lustre. O quarto era decorado com uma sofisticação que exalava um ar de exclusividade. No centro, havia um balde de gelo com champanhe sobre uma mesa de canto que chamava sua atenção. Ela se deteve por um instante, mas o som da porta fechada com firmeza a fez estremecer. — Quer beber para relaxar? — A voz rouca de Paolo ressoou pelo ambiente. De costas para ele, Luísa meneou a cabeça negativamente. Ela uniu as mãos na frente do vestido azul de comprimento modesto, coberto por um casaco branco desgastado que parecia destoar do brilho e da elegância ao seu redor. Os passos de Paolo eram abafados pelo tapete espesso no instante em que ele se aproximava de suas costas. Os dedos longos afastaram suas mechas pretas e sedosas e, então, os lábios dele tocaram em seu pescoço. Luisa permaneceu imóvel, mas ele a puxou para mais perto, suspirando contra a sua nuca até ouvir um choramingo escapar de seus
Cinco anos depois…Certa manhã, uma rajada repentina de vento derrubou algumas folhas e arrastou-as pela calçada na frente de uma modesta casa localizada num dos bairros mais perigosos devido à presença de criminalidade na Zona Oeste de Bari.Luísa cerrou os olhos, sentindo a brisa entrando pela janela, enquanto via as cores das notas musicais de uma canção que costumava tocar. Ela tinha algo chamado sinestesia — uma condição que fundia os seus sentidos e se misturavam automaticamente. — Ela continuava absorta na canção que ressoava em sua mente quando o celular vibrou em sua mão. Após abrir as pálpebras, ela olhou para a tela brilhante em vão.Ela havia se empenhado tanto para preparar o jantar para comemorar o aniversário do marido na noite anterior, e até havia deixado o filho com a sogra; no entanto, ele não voltou para casa. Luísa chegou a mandar diversas mensagens para o marido, mas ele sequer respondeu às mensagens ou atendeu às suas chamadas.Afastando-se da janela, suspirou pe