— O que está esperando? — Um sorriso debochado surgiu nos lábios de Giulia quando a provocou. Franzindo a testa, Luísa avançou com a intenção clara de socar o rosto daquela mulher insolente. — Signora Rossi! — A voz crepitante do consiglieri ressoou, detendo-a no último instante. Luísa interrompeu o movimento antes que seu punho atingisse o rosto de Giulia, que, de imediato, encolheu-se. — Essa louca tentou me atacar! — A voz trêmula da assistente pessoal soou ao se dirigir a Fausto. — Não sou ingênuo, Giulia. — O velho advertiu. — Você é uma funcionária competente, mas se continuar provocando a pianista, Don Morano não hesitará em dispensá-la. Capisci? — Sim, senhor! — Resignada, Giulia baixou a cabeça. — Volte ao trabalho. — O conselheiro ordenou. Sem mais argumentos, Giulia rumou para o lado oposto, parecendo um animal submisso após uma reprimenda. Luísa quase sorriu, mas conteve-se. — Qual a graça, signora Rossi? — O tom de Fausto endureceu. — Controle seus impulsos e não
Luísa já estava há dez minutos no banco traseiro do carro de luxo. Sua mente fervilhava com suposições, temendo que Consiglieri tivesse contado ao Don Morano sobre ela estar falando no celular no banheiro.Enquanto o motorista trocava palavras com o segurança, ela tentou abrir a porta, mas a mesma estava trancada. Com um movimento cauteloso, enfiou a mão na bolsa e pegou o celular. Assim que seus dedos deslizaram pela tela para digitar uma mensagem para o advogado, a porta se abriu abruptamente.— Se eu fosse você, não faria isso! — Paolo asseverou com frieza ao entrar no veículo e acomodar-se ao lado dela.O perfume amadeirado e marcante do mafioso preencheu o interior do automóvel, envolvendo Luísa em uma fragrância intensa e autoritária. O aroma mesclava-se ao ar carregado, tornando a atmosfera ainda mais sufocante. Ela prendeu a respiração por um instante, sentindo um arrepio involuntário percorrer sua nuca, antes de soltar o ar lentamente e fixar o olhar na janela, tentando ignor
Embora as suas pernas começassem a bambear, ela só conseguia pensar no filho. O coração saltou ferozmente. Ali, ela não teria escolha se ele a levasse para cama. Sua única opção foi torcer para existir um resquício de bondade dentro daquele homem perigoso. A boca dele já passava pela base de seu pescoço a caminho do colo dos seios.— Tenho que voltar para a Japigia, Don Morano — Aflita, Luísa anunciou.— Cazzo! — Xingou. — Vai insistir nisso? — Don Paolo franziu o cenho.— A diretora da escola quer falar comigo. — As palavras saíram carregadas de angústia. — Estou com saudades do meu filho.— Não pode remarcar para outro dia? — Com os olhos fixos nos seus, ele inquiriu.Temerosa, ela negou com a cabeça. Seu instinto de mãe gritava que algo estava errado. Precisava ver Enzo.— Vou mandar meus seguranças para acompanhá-la. Não arrume problemas, Luísa! — Grunhiu antes de soltá-la.— Grazie, Don Morano.Sem perder tempo, ela virou-se e andou até a porta.— Luísa! — A voz ríspida a chamou
Com passos firmes e precisos, Paolo atravessou o saguão principal, direcionando-se para a escada, mas desviou de seu caminho ao captar o aroma familiar de comida caseira e risos provenientes da cozinha. Ao adentrar o ambiente, deparou-se com Luísa de costas, mexendo em uma panela sobre o fogão, enquanto uma criança procurava algo na geladeira.Os olhos pequenos e curiosos do menino se voltaram para ele assim que se virou, segurando uma caixinha de suco. — Mamãe! — A criança chamou enquanto apontava para o homem com o semblante sisudo.A colher escorregou das mãos de Luísa ao reconhecer a postura intimidante de Don Morano.— Temos que conversar, — A irritação estava impregnada em sua voz quando falou.A governanta surgiu na cozinha e ofereceu-lhe algo para comer, mas ele recusou com um gesto brusco e permaneceu parado à porta por longos e cruciais segundos.— Ele vai bater em você igual ao que papai fazia? — A voz infantil ressoou na cozinha, direcionada à mãe.— Não! — Luisa se abaix
— Aonde o senhor deseja conversar? — indagou, esfregando os olhos para certificar-se de que o homem à sua frente trajava apenas uma calça de moletom preta.— Não faça perguntas! — retrucou o mafioso, impaciente.A previsão do que viria em seguida já se formava em sua mente. Fechou a porta devagar e seguiu o homem até a ampla suíte.— Entre! — Ele mandou depois que abriu a porta.O ambiente, decorado com rusticidade, e quadros imponentes, refletia uma elegância sóbria. Recordando da exigência dele pela manhã, ela sentiu a pele gelar.— Devo tirar a roupa e me deitar? — Nervosa, ela gaguejou.Não tinha ideia do que fazer em sua primeira noite com mafioso. “E se ele for um homem violento na hora da transa?” O pensamento lhe ocorreu.Paolo piscou algumas vezes antes de abrir um sorriso enviesado.— Eu já volto. — Sem dar mais explicações, afastou-se e desapareceu por uma porta lateral.Com receio do que aconteceria em cima daquela cama, ela titubeou. Com um suspiro resignado, ela começou
Olhando para a vulva molhada, Don Morano esticou o braço e abriu a gaveta ao lado da cama para pegar o invólucro. Com um gesto prático, retirou a calça de moletom e rasgou o pacote da camisinha antes de desenrolar o látex ao redor de sua extensão dura.Cobrindo-a com seu corpo, ele se posicionou entre as pernas de Luísa, encaixando-se com precisão. Com os cotovelos apoiados ao lado de seu rosto, impulsionou-se para frente, deslizando e invadindo-a num ritmo lento..— Porra, que delícia! — rosnou, cerrando os dentes enquanto o corpo se entregava à sensação viciante.Continuou movendo para dentro e para fora, aguardando que Luísa se adaptasse às estocadas firmes. Subiu e desceu sobre o seu corpo mantendo o movimento de vai-e-vém. Os lábios se encontraram em um beijo ávido, enquanto as mãos dela percorriam as costas musculosas, cravando as unhas na pele quente do mafioso.Os gemidos de Luísa tornaram-se mais altos, seu corpo se enrijeceu, apertando-o em resposta. Paolo arqueou uma sobra
Pela madrugada, os corpos ainda permaneciam unidos. Embora Luísa estivesse exausta, Paolo tocava os pontos certos, provocando-a sem qualquer hesitação.Com renovada intensidade, ele a virou de costas para si, dominando-a novamente. Sua mão firme segurava a perna direita da mulher enquanto deslizava com facilidade em sua umidade, invadindo-a com avidez.— Cazzo, que gostosa! — proferiu, rouco, enquanto sua boca buscava o pescoço dela. Entre estocadas profundas, fitava o próprio membro rígido penetrando-a, um brilho satisfeito percorrendo seu olhar predador.Em um movimento ágil, Paolo a virou, guiando-a para que se sentasse sobre ele. Os corpos encaixaram-se com uma naturalidade instintiva.— Continue! — ordenou, segurando-lhe a cintura com força, impulsionando-a para cima e para baixo.Os movimentos inexperientes de Luísa se fizeram evidentes. Não estava acostumada a esse tipo de entrega; com Marcos, tudo era previsível e rápido, sempre na mesma posição, sem exploração.Dessa vez, Pao
— Ela saiu do seu quarto há duas horas, chefe. — E você deixou, farabutto? — O olhar inquisidor do mafioso escrutinou o guarda-costas. — Pensei que o senhor já tinha liberado a ragazza. Empertigando-se, Paolo encarou o homem mais baixo com um brilho frio nos olhos. — O nome da minha mulher é Luísa e, a partir de hoje, você vai monitorar cada passo dela. Hai capito? — Sim, senhor! Tomado pela fúria, Paolo voltou ao quarto e bateu a porta com força. Queria entrar em sua fenda quente para saciar o desejo que o consumia naquela manhã. Contudo, teve de ir direto para o banho, aliviar a tensão que percorria suas veias. Após o banho, ele vestiu um terno slim fit que valorizava o seu torso. Depois de arrumar os fios lisos com um corte asa delta, ele foi para varanda e segurou na balaustrada enquanto observava os seguranças que vigiavam a sua propriedade. O som das batidas rápidas na porta interrompeu o silêncio do ambiente. Logo em seguida, a voz firme da governanta ressoou: — Don Mor