Olá, preciosa leitora! Você acha que a Luísa aceitará a proposta do mafioso? Deixe seu comentário na avaliação deste livro. Ela deve ou não deve assinar o contrato?
O sabor da boca de Luísa era suave, com um toque refrescante de menta, e sua pele exalava um perfume delicado que envolvia o mafioso por completo. Seus lábios se entreabriram lentamente, permitindo que as línguas se encontrassem em um gesto de entrega. Paolo afastou-se ligeiramente, suavizando os beijos, enquanto a barba roçava com ternura na base do seu pescoço. Ele a soltou com relutância, permanecendo ao seu lado, ainda sentindo o calor que envolvia os seus corpos dentro daquele escritório. — O senhor não devia ter feito isso. — Chateada, ela replicou. — Vim aqui para fazer a faxina. — Foi só um beijo! — Ele retrucou. — É melhor eu sair daqui… — Luísa tentou passar por ele, mas Don Morano era bem mais forte. — Quer ser demitida no seu primeiro dia no trabalho? — Ele ressaltou num tom ameaçador. — Não, senhor! — Ainda estava atordoada com o beijo roubado quando sussurrou a resposta. Paolo ajeitou a gravata e endireitou os ombros. Teve um breve vislumbre de seu rosto e de seu
Sem querer, o braço de Luísa esbarrou na xícara, derrubando o café fumegante sobre a mesa. Mais que depressa, ela pegou um pano para secar antes que o líquido caísse no assoalho de madeira. — Vá para cozinha e leve isso com você… — Revoltado, Don Morano apontou para xícara tombada sobre a mesa. — Traga-me um capuccino! — Sim, senhor! — Acatou a ordem e, em seguida, ela saiu com a xícara na mão. Assim que escutou a porta bater, Fausto juntou as sobrancelhas grisalhas. — Está querendo arrumar mais problemas com Stéfano? — O meu tio não manda em mim… — Paolo redarguiu, exasperado. — Você está de casamento marcado com a filha de um dos maiores empresários da rede hoteleira. — Aquela garota não gosta de mim. Eu nunca a beijei e nem toquei nela… — A sua noiva tem princípios… — Não, Fausto! Ela não gosta de homens, Capisci? — Dio mio! — Fausto se jogou na poltrona. — Por isso, você está transando com a sua assistente… — Xiu, fala baixo. Faz alguns dias que evito a Giulia. Recent
A figura imponente de Don Morano continuava bloqueando o seu caminho como um muro intransponível. Luísa continuou olhando para o homem que exalava autoridade. A barba bem aparada conferia um ar de severidade. Os cabelos dele eram moldados por um topete ao topo da cabeça que se direcionava para uma das laterais com fios mais curtos ao redor, brilhavam sob a luz do corredor, e os olhos profundos pareciam atravessar Luísa como se enxergassem além de sua pele. As mãos firmes transmitiam uma força controlada enquanto ele a segurava pelos ombros.— Ali está ela — declarou Giulia, surgindo com pressa. A assistente trazia no rosto uma expressão de triunfo contido, apontando um dedo acusador na direção de Luísa. — Foi ela quem me queimou.As vozes cessaram no corredor. Todos se voltaram na direção da cena, os olhares oscilando entre Luísa e Giulia. O silêncio foi preenchido apenas pelo som das respirações aceleradas. Giulia deu um passo para trás, aguardando pela justiça iminente.— Mas o que
Don Morano tratava Luísa de uma maneira que não passava despercebida, e isso já começava a incomodar as outras funcionárias. — Olhe, o chefe está segurando aquele sapato horroroso dela. — No corredor, Octávia cochichou para Giulia.— Deve ter saído do pé dela, enquanto fugia do chefe, — a assistente sussurrou a resposta para a colega.Cobrindo a boca com a mão, ambas riram conforme observavam Paolo devolver o sapato para Luísa. Constrangida, a jovem calçou rapidamente o sapato e ajeitou-o com movimentos rápidos e nervosos. Por sua vez, Giulia aproveitou o momento para se aproximar. Levou a mão com cuidado ao local onde sua blusa cobria o curativo.— Don Morano, precisei ir à enfermaria cuidar de uma queimadura — disse, em um tom deliberadamente lento. — Não sei se o senhor foi informado, mas Luísa jogou cappuccino muito quente em mim. — Iniciou sua acusação. Ela fez uma pausa, virando-se para a colega com um olhar que buscava confirmação. — Não é verdade, Octávia? — indagou, com um t
Antes que a boca de Paolo sequer se aproximasse de seu seio, Luísa começou a socar no peitoral dele. — Eu não posso, senhor Morano! — Sua voz soou entrecortada, entre uma respiração acelerada e outra. Luísa mantinha o corpo rígido, com os punhos elevados, tentando afastá-lo. Estava lutando contra um impulso de ceder. Paolo ergueu a cabeça, estudando-a com atenção, enquanto sua expressão permanecia intrinsecamente calma. Sob a luz suave que atravessava as janelas, os seus traços se destacavam como uma obra cuidadosamente lapidada, mas havia algo nos olhos dele, um brilho intenso que parecia carregar mistérios que a deixavam intrigada. Todavia, Luísa desviou o olhar, como se aquele brilho a incomodasse. — Posso te dar o que quiser. — A proposta saiu num quase hipnótico. — Não quero! A frustração era tanta que compeliu Don Gambino a soltá-la. O rosto com maçãs proeminentes ruborizou ao ver que seu sutiã preto estava exposto. Envergonhada, ela começou a abotoar a blusa com moviment
Quando saía do prédio, Luísa parou e deu uma breve olhada para cima. Durante a sua dispersão, ela foi abordada por dois homens que a pegaram pelo braço e a colocaram no carro. Ela tentou abrir a porta, sem sucesso.— Desista, senhora, essa porta só vai abrir quando eu permitir. — Disse o homem que conduzia o veículo pela cidade. — Don Morano mandou levar a senhorita de volta para Splendore.Apesar de estar mortificada de medo, ela parou de se agitar no banco de trás. Sua preocupação passou a ser em como explicaria que não conseguiu fazer o trabalho. Chegou a se arrepender de não ter aceitado aquele cartão de crédito quando viu um restaurante através da janela do carro. Ela recriminou-se por tal pensamento e passou a mão na barriga quando o estômago roncou.“Será que eles ouviram?” Pensou, receosa.Encostando a cabeça no estofado macio, acabou cochilando com o sacolejar do carro. Minutos depois, despertou sobressaltada e puxou o braço ao sentir um toque.— Senhorita, chegamos! — O home
Eram onze horas da manhã quando a recepcionista finalmente a recebeu, avisando que o advogado estava ausente para almoço.Sem alternativa e com o estômago protestando pela fome, permaneceu sentada na sala de espera. Seus olhos voltavam incessantemente para o relógio na parede, enquanto o tempo parecia se arrastar. Quando o ponteiro marcou meio-dia, um homem de cabelos pretos e olhos verdes entrou no escritório. Ele ajeitou a lapela do blazer e ajustou a gravata, enquanto trocava algumas palavras com a recepcionista. O gesto era rápido, mas denotava cuidado e autocontrole.Em determinado momento, seus olhares se encontraram. Ele acenou com naturalidade, um sorriso sutil iluminando o rosto, como se fossem conhecidos de longa data.— O doutor Carlo D'Angelo vai atendê-la. — A recepcionista informou num tom profissional.Levantando-se, Luísa acompanhou o homem alto que segurava a porta, indicando que ela entrasse primeiro.— Sente-se! — Ele indicou a cadeira à frente com um gesto elegant
— O senhor disse que me deixaria em paz! — Luísa falou ao entrar no carro e ver o homem com uma postura intimidante.— Que porra você fez para ser demitida?“Como ele soube disso tão rápido?” Os cílios espessos batiam um contra o outro enquanto se questionava. Se contasse que foi à Octávia, ele poderia puni-la. Tinha ciência de como os mafiosos puniam as pessoas. “Giulia usou aquela pobre mulher”, lembrou a dissimulada assistente do mafioso. “Não vou deixar que ela sofra as consequências”.— Eu quis sair porque arrumei outro emprego. — Temerosa, ela mentiu.— Onde? — Indagou, curioso.— Num restaurante.— Vai insistir em continuar como uma assalariada.— Já disse que não quero sua ajuda. Vou te pagar, mas honestamente.Luísa baixou o olhar para a calça de linho preto que cobria as pernas longas do homem que não parava de sacudir as canelas. Por alguns segundos, reparou nos detalhes dos sapatos de couro preto confeccionados por Stefano Bemer. — Já contratou o advogado? — Ele destruiu