7-DISFARCE

ERIKA

Não acredito que o b@b@ca do m@rginal caiu na carinha de menininha.

O bom que consegui mais uma vez terminar a missão, não tive pena do bando dele, agora irão sofrem no fundo, de uma prisão que os direitos humanos nem sabem da existência, esse é o melhor fim para quem faz trafico humano.

Olho no espelho, irei ficar com uma boa cicatriz na testa se não cuidar, mas preciso cuidar, pois agora terei que voltar para casa.

Casa, para minha cidade natal, lugar que sai quando tinha apenas quinze anos, após ter sido recrutada por uma agência de espionagem, que trabalha secretamente com o governo.

O meu nome é Erika, nasci num lar feliz, pais amorosos, que foram contra a ganância da família da minha mãe, e viveram o seu amor.

Eles em dez anos de união construiram um império industrial, foram tirados de mim de uma forma covarde.

Acidente de carro, foi o que disseram, hoje sei que, na verdade, foi um atentado, onde eu deveria ter morrido também.

Por sorte, ou azar, sobreviví.

Não tinha parentes por parte do meu pai, vivos na época, pois vovô também morre no mesmo atentado.

A perfeita família de mamãe mandou a órfã para um internato.

Nunca nem ligaram para mim, viveram bem com a herança que mamãe deixou.

Eu fui bem cuidada, mas desde pequena perceberam que não era muito normal.

Aos onze anos, já frequentava a faculdade, mas a vida não era fácil, já que me olhavam como uma aberração.

Ser superdotado, na verdade, ser diferente, parece até pecado nesse mundo. Eu consigo aprender tudo muito rápido, sou alto didata, aprendi vários idomas, a quantidade de informação que consigo assimilar sempre assustou todos a minha volta.

Quando tinha quinze anos, um projeto que desenvolvi chamou a atenção de um grupo de segurança.

Naquele tempo vivia com umas irmãs, estudava e ajudava nas atividades, como cuidar da capela.

O meu último trabalho lá foi naquele velório estranho.

Tinha apenas quinze anos, mas já sabia reconhecer um homem bonito, e sim, aquele moreno era bonito, a loira na foto também.

O rosto dela nunca saiu da minha cabeça, puxa, morta num acidente, gravida.

No dia conversei com o viúvo que se culpava, pobre rapaz, não tinha culpa, mas a família dela, mesquinha, queriam era saber de dinheiro.

Como sei disso, depois da conversa com o viúvo, escutei a mãe dela, conversando com um homem estranho, que explicava que ela não tinha seguro de vida, a mulher ficou uma fera.

Pessoas mesquinhas.

No mesmo dia, eu saí do internato, fui levada para fora do país, onde pude aperfeiçoar tudo que tenho de melhor, a minha inteligência e força.

Já faço trabalhos de espionagem desde os dezesseis anos.

Aqui aprendi muito, sou superdotada, mas a cima de tudo, disciplinada, isso ajuda nesse meio.

Consigo lidar tanto com armas químicas, biológicas ou explusivos.

Armar e desarmar bombas, lutas, tiro, hakear qualquer sistema.

Onde trabalho sou conhecida como LETHAL CUTE LITTLE (Fofinha letal).

Pois em algumas missões uso o meu rosto de menina para enganar os bandidos, eles sempre caem.

Não tenho vida social, não tenho amigos, sim, companheiros, fieis companheiros.

Nunca me envolvi com ninguém.

Uma vez, achei estar apaixonada, ainda quando estava no internato, e fazia faculdade, o rapaz, era muito lindo, super educado comigo, fizemos amizade, achei que ele gostava de mim, até descobri que ele queria apenas a minha ajuda nas disciplinas, acabei dando uns beijos nele, apenas para deixar ele na mão depois, numa avaliação, idi@ta.

Depois disso, beijei algumas bocas, apenas para usar alguém, não me julguem, pois tenho certeza que eles também o que queriam era apenas me usar também.

Nunca entreguei o meu corpo, quero cuidar-me. Sei que preciso de uma estabilidade maior para viver uma paixão, até porque quero ter filhos, sim, amá-los da mesma forma que fui amada por meus pais, porém, para isso, quero estar segura.

Além das minhas habilidades com armas, aprendi de tudo um pouco, dança, para quando precisei disfarçar-me de dançarina numa boate, fiz curso de culinária para desmantelar um grupo que cozinhava bem mais que pratos refinados, sei vários idiomas.

Agora, depois dessa missão fui liberada para voltar para minha cidade, liberada não.

Na verdade, precisam de mim lá.

Já comprei um belíssimo apartamento, tenho tudo pronto para a minha volta.

Claro que terei que me fazer de menina inocente para a família, que agora precisam de mim.

Sei o que querem, o poder definitivo do dinheiro que era da minha mãe, não o que ela tinha com o meu pai, esse eles conseguiram acabar com tudo.

Agora estão falidos, e querem usar-me como moeda de troca. Isso mesmo, ainda existe casamento arranjado, nós dias atuais.

Consegui algumas informações, sobre eles, e sobre o lindo noivo que me arrumaram.

Era o que faltava, mas parece que não vai ter outro jeito, irei precisar casar, e logo, menti quando conversei com eles, disse que já tinha um compromisso, então eles disseram que se o meu noivo desse o valor do meu dote para eles, tudo estaria certo, caso contrario, teria que me casar com o tal do Murilo Aço.

O que esse homem tem de errado, tudo. Um mafioso disfarçado de empresário, domina a indústria do metal na região, mas o seu dinheiro vem de outras fontes, vai ser um dos que irei investigar. Ele também, já foi casado oito vezes, sempre jovens, que as famílias vendiam para ele, com isso o cretino achava-se no direito de abusar das pobres meninas, que tiveram mortes horrendas cada uma delas. Sou de algumas, como a que tinha apenas dezoito anos, faleceu na noite de núpcias, para a imprensa falaram que foi uma fatalidade, a moça tinha problemas do coração, não resistiu, o que realmente aconteceu, foi torturada por ele, acabou tendo uma hemorragia. As outras seguiam a mesma linha, uma morreu durante a gravidez, outra ele usou para divertir cliente dele, uma cortou os pulsos.

Poderia casar com ele e já o eliminar, mas aí não chegaríamos aos realmente grandes da organização dele.

O meu disfarce será de menina perdida, boa dona de casa, como irei lidar com esse casamento, fácil, iremos usar outro agente, pagar o tal dote é o de menos para mim, assim fico livre da família sanguessuga.

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