ERIKA
Não acredito que o b@b@ca do m@rginal caiu na carinha de menininha.
O bom que consegui mais uma vez terminar a missão, não tive pena do bando dele, agora irão sofrem no fundo, de uma prisão que os direitos humanos nem sabem da existência, esse é o melhor fim para quem faz trafico humano.
Olho no espelho, irei ficar com uma boa cicatriz na testa se não cuidar, mas preciso cuidar, pois agora terei que voltar para casa.
Casa, para minha cidade natal, lugar que sai quando tinha apenas quinze anos, após ter sido recrutada por uma agência de espionagem, que trabalha secretamente com o governo.
O meu nome é Erika, nasci num lar feliz, pais amorosos, que foram contra a ganância da família da minha mãe, e viveram o seu amor.
Eles em dez anos de união construiram um império industrial, foram tirados de mim de uma forma covarde.
Acidente de carro, foi o que disseram, hoje sei que, na verdade, foi um atentado, onde eu deveria ter morrido também.
Por sorte, ou azar, sobreviví.
Não tinha parentes por parte do meu pai, vivos na época, pois vovô também morre no mesmo atentado.
A perfeita família de mamãe mandou a órfã para um internato.
Nunca nem ligaram para mim, viveram bem com a herança que mamãe deixou.
Eu fui bem cuidada, mas desde pequena perceberam que não era muito normal.
Aos onze anos, já frequentava a faculdade, mas a vida não era fácil, já que me olhavam como uma aberração.
Ser superdotado, na verdade, ser diferente, parece até pecado nesse mundo. Eu consigo aprender tudo muito rápido, sou alto didata, aprendi vários idomas, a quantidade de informação que consigo assimilar sempre assustou todos a minha volta.
Quando tinha quinze anos, um projeto que desenvolvi chamou a atenção de um grupo de segurança.
Naquele tempo vivia com umas irmãs, estudava e ajudava nas atividades, como cuidar da capela.
O meu último trabalho lá foi naquele velório estranho.
Tinha apenas quinze anos, mas já sabia reconhecer um homem bonito, e sim, aquele moreno era bonito, a loira na foto também.
O rosto dela nunca saiu da minha cabeça, puxa, morta num acidente, gravida.
No dia conversei com o viúvo que se culpava, pobre rapaz, não tinha culpa, mas a família dela, mesquinha, queriam era saber de dinheiro.
Como sei disso, depois da conversa com o viúvo, escutei a mãe dela, conversando com um homem estranho, que explicava que ela não tinha seguro de vida, a mulher ficou uma fera.
Pessoas mesquinhas.
No mesmo dia, eu saí do internato, fui levada para fora do país, onde pude aperfeiçoar tudo que tenho de melhor, a minha inteligência e força.
Já faço trabalhos de espionagem desde os dezesseis anos.
Aqui aprendi muito, sou superdotada, mas a cima de tudo, disciplinada, isso ajuda nesse meio.
Consigo lidar tanto com armas químicas, biológicas ou explusivos.
Armar e desarmar bombas, lutas, tiro, hakear qualquer sistema.
Onde trabalho sou conhecida como LETHAL CUTE LITTLE (Fofinha letal).
Pois em algumas missões uso o meu rosto de menina para enganar os bandidos, eles sempre caem.
Não tenho vida social, não tenho amigos, sim, companheiros, fieis companheiros.
Nunca me envolvi com ninguém.
Uma vez, achei estar apaixonada, ainda quando estava no internato, e fazia faculdade, o rapaz, era muito lindo, super educado comigo, fizemos amizade, achei que ele gostava de mim, até descobri que ele queria apenas a minha ajuda nas disciplinas, acabei dando uns beijos nele, apenas para deixar ele na mão depois, numa avaliação, idi@ta.
Depois disso, beijei algumas bocas, apenas para usar alguém, não me julguem, pois tenho certeza que eles também o que queriam era apenas me usar também.
Nunca entreguei o meu corpo, quero cuidar-me. Sei que preciso de uma estabilidade maior para viver uma paixão, até porque quero ter filhos, sim, amá-los da mesma forma que fui amada por meus pais, porém, para isso, quero estar segura.
Além das minhas habilidades com armas, aprendi de tudo um pouco, dança, para quando precisei disfarçar-me de dançarina numa boate, fiz curso de culinária para desmantelar um grupo que cozinhava bem mais que pratos refinados, sei vários idiomas.
Agora, depois dessa missão fui liberada para voltar para minha cidade, liberada não.
Na verdade, precisam de mim lá.
Já comprei um belíssimo apartamento, tenho tudo pronto para a minha volta.
Claro que terei que me fazer de menina inocente para a família, que agora precisam de mim.
Sei o que querem, o poder definitivo do dinheiro que era da minha mãe, não o que ela tinha com o meu pai, esse eles conseguiram acabar com tudo.
Agora estão falidos, e querem usar-me como moeda de troca. Isso mesmo, ainda existe casamento arranjado, nós dias atuais.
Consegui algumas informações, sobre eles, e sobre o lindo noivo que me arrumaram.
Era o que faltava, mas parece que não vai ter outro jeito, irei precisar casar, e logo, menti quando conversei com eles, disse que já tinha um compromisso, então eles disseram que se o meu noivo desse o valor do meu dote para eles, tudo estaria certo, caso contrario, teria que me casar com o tal do Murilo Aço.
O que esse homem tem de errado, tudo. Um mafioso disfarçado de empresário, domina a indústria do metal na região, mas o seu dinheiro vem de outras fontes, vai ser um dos que irei investigar. Ele também, já foi casado oito vezes, sempre jovens, que as famílias vendiam para ele, com isso o cretino achava-se no direito de abusar das pobres meninas, que tiveram mortes horrendas cada uma delas. Sou de algumas, como a que tinha apenas dezoito anos, faleceu na noite de núpcias, para a imprensa falaram que foi uma fatalidade, a moça tinha problemas do coração, não resistiu, o que realmente aconteceu, foi torturada por ele, acabou tendo uma hemorragia. As outras seguiam a mesma linha, uma morreu durante a gravidez, outra ele usou para divertir cliente dele, uma cortou os pulsos.
Poderia casar com ele e já o eliminar, mas aí não chegaríamos aos realmente grandes da organização dele.
O meu disfarce será de menina perdida, boa dona de casa, como irei lidar com esse casamento, fácil, iremos usar outro agente, pagar o tal dote é o de menos para mim, assim fico livre da família sanguessuga.
ERIKAChegar na minha cidade não foi nada do que pensei, a família da minha mãe não está a colaborar.Voltei, pois estarei envolvida na investigação de criminosos internacionais, que tem a ramificação aqui na cidade.Também, vou estar a frente no recrutamento de novos agentes, treino.Nesse começo ficarei um pouco afastada, melhor atrás dos computadores, pois acabei ficando lesionada, estou com quatro costelas quebradas, um hematoma visível na testa, e muitos pelo corpo, precisavam ver os outros caras.A minha família marcou um almoço, onde fui apresentada para o tal Murilo Aço, homem nojento. Ficou o tempo todo olhando para mim, fazendo caras e bocas.O meu avô foi duro disse que terei direitos nessa família se casar com alguém indicado por ele, que precisa ser de uma grande família, e mais um monte de coisa.Para eles, falei que estou na casa de uma amiga, estou no meu apartamento aqui, uma cobertura, num prédio muito protegido, a minha ajudante pessoal veio junto comigo, Cristiny e
ERIKAAntes de ir à casa do senhor Thulio, melhor do vovô Thulio, havia recebido duas ligações.A primeira era da equipe que trabalho, tudo estava atrasado, com a documentação do pessoal, com isso iriam atrasar, chegando apenas daqui vinte dias ou mais, por sorte já tenho o meu casamento definido, foi o que pensei.A segunda ligação foi da minha família, dizendo que para garantir que estou a seguir tudo certo, teria que me mudar para a casa deles, nunca que faria isso, sei que o tal Murilo ofereceu um valor ainda maior que vovô Thulio pagou, para que eles enganassem vovô, e consigam levar-me para a cama dele.Como já estava tudo certo com vovô Thulio, ia pedir para adiantarmos o casamento, mas não, agora estou aqui, com esse senhor me oferecendo o neto dele, mas para um casamento real.Tudo bem, que dormindo em quarto separados, posso enrolar esse rapaz por muito tempo, mas ele quer filhos, isso complica tudo, inseminação, porque não Erika, você também quer filhos.Consigo desarmar um
THIAGOA minha cabeça estava a mil, quando sai da casa de vovô, mas sabia que precisava fazer algo por meus pais.Comprei então um pacote de viagem para eles, assim, quando voltassem já me encontrariam casado, acho que ficariam felizes, já que a noiva dessa vez era filha de conhecidos deles.No outro dia de manhã, fiz uma surpresa, fui tomar café da manhã com eles, que ficaram muito emocionados.Até os funcionários da casa ficaram contentes com a minha presença, pois ia até ali apenas em datas especiais, e com agendamento.O café foi animado, servido na varanda, onde contamos histórias da minha infância.Por fim entreguei o presente, eles ficaram muito felizes, já iriam viajar dentro de quatro dias.Na empresa tudo corria bem, sobre o casamento vovô quem organizaria tudo.Porém, dez dias depois ele ligou informando a data e horário, já seria no outro dia, as dez horas.Liguei para a minha casa, precisava falar com Norberta, a governanta.Quando Aline faleceu, deixei nas mãos dela a or
ERIKAComo o meu marido não estaria em casa me esperando, fui até o trabalho após o almoço, lá resolvi algumas situações.Fui para a casa, apenas as cinco da tarde, quando cheguei na entrada do condomínio foi tirada as minhas digitais, foto, tudo graças ao cartão de acesso que ele entregou, segui até a casa, e no portão de entra após ser identificada segui, deixando o meu carro na frente da porta principal.Tirei as minhas malas com dificuldade, e fui a entrar, tinha as chaves que ele havia mandado, nada me preparou para aquilo.Quando abri a porta, passando a primeira coisa que vi foi um quadro gigante com a foto de uma loira que sabia quem era, não era possível, que deixei passar isso.Quando o senhor Thulio quis conversar comigo, pesquisei sobre ele, não os seus netos.Olhei aquela sala, onde por todos os lados tinha fotos da loira, parecia até um santuário na sua homenagem, não podia ser, fiquei a olhar e tudo que saiu da minha boca foram palavrões.-QUE P*** É ESSA C*****. PQP!—
THIAGOFiquei a resolver o problema do prédio ainda por mais de uma semana.Voltei para a cidade numa noite de chuva de segunda-feira, o voo atrasou, acabei chegando em casa passava das onze da noite.A casa estava em silêncio, achei estranho, ainda estava tudo como antes.Acreditei que a minha esposa fosse mudar tudo, começando tirando os quadros e fotos de Aline.Subi as escadas, não sabia qual era o seu quarto, mas também não iria acordá-la naquele horário, iria deixar para o café da manhã com ela.Estava muito cansado e acabei dormindo um pouco mais.Quando desci encontrei Norberta na sala toda sorridente.— Bom dia Norberta, a minha esposa.— Bom dia senhor Thiago, espero que tenha feito uma boa viagem, já preparei o seu café da manhã.Percebi que ela não respondeu sobre a minha esposa, o que está a acontecer.— A minha esposa?— Ela já saiu.Olhei no relógio ainda não era nem sete horas.Mas, não quis questionar.Não tomei o café da manhã, nunca tomava, comia sempre algo na empr
THIAGOEu nem acreditava no que via e ouvia.Alice não está no seu melhor, nunca lhe tratei diferente do que uma irmã, sempre olhei para ela como uma irmã.Estava parado ela nem ligou para minha cara de idi@ta, e foi sair, por extinto peguei o seu braço, fiz errado, eu sei, e o olhar dela deixou isso bem claro, ela parecia que iria matar-me apenas com um olhar.Soltei, e comecei:— Olha, Alice entendeu errado, irei conversar com ela, a culpa...-PARA! A culpa é da louca que acha que vai assumir o papel da irmã, isso no mínimo é loucura. Pare de assumir o que não é da sua conta. Agora deixa-me dormir, pois trabalho amanhã cedo.Ela voltou a subir a escada, mas parou no meio, sem olhar para mim falou:-A proposito. Erika! O meu nome é Erika! Vai pegar m@l você chamando-me "esposa" por não saber o meu nome.Ela sumiu, fui subindo logo atrás, e quando vi onde entrou, um ódio subiu na minha cabeça, o que está a acontecer aqui?Aquela noite, nem dormi direito, o pouco que dormi a menina do
DOR!DOR!Como definir a dor?Como refletir a dor do outro?Como calcular a dor do outro?Como acabar com a dor?Onde começa e termina a dor?Se existe um lugar onde a dor é algo totalmente presente, é num velório.Nunca é fácil dizer adeus, ainda mais um adeus definitivo.A chuva caia forte lá fora, vento, trovões, raios, o mundo parecia chorar.Dentro da pequena capela, o clima não era diferente.O silêncio em volta do caixão, olhares frios, olhares que acusavam, a dor pode ser sentida a quilómetros desse lugar.Ninguém quer falar, mas todos têm muito o que dizer.Num canto, uma jovem de quinze anos, observa tudo.Ela está ali para auxiliar o local, é seu serviço do dia, não gostava de cuidar da capela em dia de velório, porém, aquele ali parecia ainda mais sofrido, o clima ali dentro parecia ainda mais nublado e sombrio do que a chuva lá fora.A pequena garota prendi a sua visão, na pessoa que ela acredita ser a que mais sofre ali.Boa observadora, percebe que alguns estão com raiv
O jovem Thiago voltou a sua atenção para o caixão que estava na outra sala.— Se você não a traiu, apenas lhe deu amor. Fique em paz, você não tem culpa.— Olha criança, você não entenderia. Eu fiz promessas, não cumpri.-Promessas? São apenas palavras, prometeu amor, se deu ótimo. Se foram bens materiais, esses são falhos, passam, vira pó, o amor não, o amor esse tem valor infinito. Sei que tenho apenas quinze anos, mas acredito que você fez o seu melhor por ela.— Uma coisa está ligada a outra. Quando conheci Aline, ela já formada, independente, fiquei encantado, prometi dar uma vida de rainha, ilusão de um rapaz de dezessete anos.— Devo ser sincera, realmente fazer promessas aos dezessete anos, é definitivamente arriscado.— Sim, e foi isso que fiz arrisquei. A minha família foi contra o nosso relacionamento, fizeram ameaças. Eu como um tolo queria apenas viver o meu amor. Já trabalhava na empresa da família. Então decidimos, quando fiz dezoito anos, fugir e casar escondido. Prime