8-NOIVO

ERIKA

Chegar na minha cidade não foi nada do que pensei, a família da minha mãe não está a colaborar.

Voltei, pois estarei envolvida na investigação de criminosos internacionais, que tem a ramificação aqui na cidade.

Também, vou estar a frente no recrutamento de novos agentes, treino.

Nesse começo ficarei um pouco afastada, melhor atrás dos computadores, pois acabei ficando lesionada, estou com quatro costelas quebradas, um hematoma visível na testa, e muitos pelo corpo, precisavam ver os outros caras.

A minha família marcou um almoço, onde fui apresentada para o tal Murilo Aço, homem nojento. Ficou o tempo todo olhando para mim, fazendo caras e bocas.

O meu avô foi duro disse que terei direitos nessa família se casar com alguém indicado por ele, que precisa ser de uma grande família, e mais um monte de coisa.

Para eles, falei que estou na casa de uma amiga, estou no meu apartamento aqui, uma cobertura, num prédio muito protegido, a minha ajudante pessoal veio junto comigo, Cristiny ela é um ser livre, sempre cuida da minha casa.

Quando sai da casa da família recebi a ligação do ex-mordomo da casa dos meus pais, ele foi o único que sempre perguntava por mim, pediu que encontrasse com ele num almoço, pois um amigo do meu outro avô queria ajudar-me.

Preciso de ajuda? Não, mas, não custa aceitar, eles eram amigos.

No outro dia fui no endereço marcado, era a residência do senhor Thulio, papai era amigo do filho dele, eles tentaram a minha guarda, mas como a família de mamãe escondeu onde estava, isso impediu que me ajudassem. Como sei tudo isso, pesquisei após adulta, para poder entender a minha vida, e não cair em armadilhas.

Fui recebida pelo senhor Thulio, ele muito alegre.

-Erika, você não merece mais o apelido que o meu neto deu-lhe quando era um bebê.

— Bom encontrá-lo senhor Thulio, sinto não lembrar do senhor, mas Romulo, o ex-mordomo sempre falou sobre a sua família. Mas, qual era o apelido?

— Fofinha. — Ele falou alegre entregando uma foto.

Eu tinha uma igual, onde estava toda de rosa, perto de um menino sorridente.

Se ele soubesse que ainda me acham fofinha, mas outro tipo de fofinha.

-Erika, Romulo me colocou a par da sua situação. Você voltou agora para o país, estudava fora. E aquela família de gananciosos querem forçá-la a se casar com o nojento do Murilo Aço.

— Sim, eu disse que tenho um relacionamento, mas para eles isso não importa. O que eles querem é o valor do dote.

— Sim, eu sei disso, e já resolvi essa parte. Paguei hoje de manhã um valor dobrado pelo dote.

O que? Eu olhava aquele senhor na minha frente, como, nunca ninguém fez nada assim por mim, o que ele quer por trás disso.

-Erika esse, na verdade, não é o seu real problema. Seja sincera filha, você realmente tem um relacionamento.

Cresci aprendendo a mentir, para ser uma boa espiã, mas ali na frente daquele senhor, resolvi ser sincera, até porque o agente que faria o papel do meu namorado, teve problemas e não chegará a tempo, nem ele, nem o namorado.

— Não tenho, apenas falei, achando que me deixariam em paz.

— Então, o casamento realmente precisa acontecer. Não quero que pense m@l de mim criança. Mas, o seu avô, pai do seu pai, salvou a minha vida, quando éramos jovens, vejo-me na obrigação de ajudá-la. Por isso, aceite, fazemos um casamento no civil, você vem morar aqui na minha casa, onde terá o seu quarto, vai poder viver confortável, não irei interferir na sua vida, de forma alguma olho para você com olhar que não seja de um avô por sua neta, quero apenas lhe salvar desse casamento com o tal Murilo, pois descobri que você tem até o fim do mês para apresentar uma certidão de casamento.

Eu já sabia dessa história do casamento até o fim do mês, como também sabia toda a história do senhor Thulio e o meu avô, via sinceridade nas suas palavras.

-Erika, ficamos casados até você completar vinte cinco anos, nesse tempo, você pode sair, ter os seus namorados, assim como também terei as minhas namoradas do clube de idosos. — Ele falou sorrindo.

Até que não seria uma ideia m@, pois o senhor Thulio iria dar-me um disfarce muito melhor que Hélio.

— Concordo senhor Thulio.

Assim combinamos mais algumas coisas, jogamos algumas partidas de xadrez, que deixei que ganhasse, e fui embora.

Ficamos em comunicação por uma semana, foi quando ele me chamou outra vez, disse que havia aparecido outra situação.

Puxa, o meu noivo perfeito, será que achou uma senhora no clube de idoso e agora desistiu do casamento.

Quando cheguei, ele estava ainda mais alegre, com certeza arrumou alguém da idade dele, bom para ele, azar o meu.

— Senhor Thulio qual a questão nova?

— Vamos começar com você chamando-me vovô.

Gostei disso.

— Então vovô, quais as novidades.

— Sabe o menino da foto, quando fomos visitar vocês, para conhecer a linda bebé, no caso você, ele ficou encantado com você, que tinha já dois meses, passamos uma semana na sua casa, e o meu neto ficava ao seu lado o tempo todo, cuidando conversando. Numa tarde, ele surpreendeu todos, pedindo para seus pais, se poderia casar com você, aquilo tirou risos de todos, claros que os seus pais aceitaram, quando tivemos que vir embora ele chorou, pois queria levar a noiva. O meu filho voltou lá todos os meses, até o meu neto completar seis anos, e eles irem morar fora do país.

— Coisas de crianças.

— Sim, coisas de criança, mas o meu neto tem uma mania, até perigosa, faz de tudo para cumprir as suas promessas.

— O que tem isso comigo? — Não entendia nada.

— Ele quer casar com você. Ele também precisa de um casamento, é apenas cinco anos mais velho que você, bonitão como o vovô aqui. Está solteiro, quando falei da sua situação, ele aceitou, com algumas condições.

— Condições? — Era o que faltava.

— Sim, ele disse que não quer algo de aparência, pois realmente precisa de um casamento, filhos. Uma das condições seria que vocês sejam fiéis mutuamente, respeite o relacionamento. Promete dar-lhe tudo de melhor que um marido pode dar, menos amor, pois tem o coração partido.

— Entendo. — Não eu não entendi.

— Ele promete respeitar o seu tempo, não ira forçar nada mais íntimo, até que vocês tenham um bom relacionamento de amigos. Você iria morar com ele, na casa dele, já no dia do casamento, onde vai ter o seu quarto e todo o conforto possível. Vocês apresentariam a nova situação ao meu filho e nora depois que já fossem mais conhecidos, e também quando esses voltassem da sua viagem. Então a minha neta, aceita o seu noivo?

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App