THIAGOA minha cabeça estava a mil, quando sai da casa de vovô, mas sabia que precisava fazer algo por meus pais.Comprei então um pacote de viagem para eles, assim, quando voltassem já me encontrariam casado, acho que ficariam felizes, já que a noiva dessa vez era filha de conhecidos deles.No outro dia de manhã, fiz uma surpresa, fui tomar café da manhã com eles, que ficaram muito emocionados.Até os funcionários da casa ficaram contentes com a minha presença, pois ia até ali apenas em datas especiais, e com agendamento.O café foi animado, servido na varanda, onde contamos histórias da minha infância.Por fim entreguei o presente, eles ficaram muito felizes, já iriam viajar dentro de quatro dias.Na empresa tudo corria bem, sobre o casamento vovô quem organizaria tudo.Porém, dez dias depois ele ligou informando a data e horário, já seria no outro dia, as dez horas.Liguei para a minha casa, precisava falar com Norberta, a governanta.Quando Aline faleceu, deixei nas mãos dela a or
ERIKAComo o meu marido não estaria em casa me esperando, fui até o trabalho após o almoço, lá resolvi algumas situações.Fui para a casa, apenas as cinco da tarde, quando cheguei na entrada do condomínio foi tirada as minhas digitais, foto, tudo graças ao cartão de acesso que ele entregou, segui até a casa, e no portão de entra após ser identificada segui, deixando o meu carro na frente da porta principal.Tirei as minhas malas com dificuldade, e fui a entrar, tinha as chaves que ele havia mandado, nada me preparou para aquilo.Quando abri a porta, passando a primeira coisa que vi foi um quadro gigante com a foto de uma loira que sabia quem era, não era possível, que deixei passar isso.Quando o senhor Thulio quis conversar comigo, pesquisei sobre ele, não os seus netos.Olhei aquela sala, onde por todos os lados tinha fotos da loira, parecia até um santuário na sua homenagem, não podia ser, fiquei a olhar e tudo que saiu da minha boca foram palavrões.-QUE P*** É ESSA C*****. PQP!—
THIAGOFiquei a resolver o problema do prédio ainda por mais de uma semana.Voltei para a cidade numa noite de chuva de segunda-feira, o voo atrasou, acabei chegando em casa passava das onze da noite.A casa estava em silêncio, achei estranho, ainda estava tudo como antes.Acreditei que a minha esposa fosse mudar tudo, começando tirando os quadros e fotos de Aline.Subi as escadas, não sabia qual era o seu quarto, mas também não iria acordá-la naquele horário, iria deixar para o café da manhã com ela.Estava muito cansado e acabei dormindo um pouco mais.Quando desci encontrei Norberta na sala toda sorridente.— Bom dia Norberta, a minha esposa.— Bom dia senhor Thiago, espero que tenha feito uma boa viagem, já preparei o seu café da manhã.Percebi que ela não respondeu sobre a minha esposa, o que está a acontecer.— A minha esposa?— Ela já saiu.Olhei no relógio ainda não era nem sete horas.Mas, não quis questionar.Não tomei o café da manhã, nunca tomava, comia sempre algo na empr
THIAGOEu nem acreditava no que via e ouvia.Alice não está no seu melhor, nunca lhe tratei diferente do que uma irmã, sempre olhei para ela como uma irmã.Estava parado ela nem ligou para minha cara de idi@ta, e foi sair, por extinto peguei o seu braço, fiz errado, eu sei, e o olhar dela deixou isso bem claro, ela parecia que iria matar-me apenas com um olhar.Soltei, e comecei:— Olha, Alice entendeu errado, irei conversar com ela, a culpa...-PARA! A culpa é da louca que acha que vai assumir o papel da irmã, isso no mínimo é loucura. Pare de assumir o que não é da sua conta. Agora deixa-me dormir, pois trabalho amanhã cedo.Ela voltou a subir a escada, mas parou no meio, sem olhar para mim falou:-A proposito. Erika! O meu nome é Erika! Vai pegar m@l você chamando-me "esposa" por não saber o meu nome.Ela sumiu, fui subindo logo atrás, e quando vi onde entrou, um ódio subiu na minha cabeça, o que está a acontecer aqui?Aquela noite, nem dormi direito, o pouco que dormi a menina do
DOR!DOR!Como definir a dor?Como refletir a dor do outro?Como calcular a dor do outro?Como acabar com a dor?Onde começa e termina a dor?Se existe um lugar onde a dor é algo totalmente presente, é num velório.Nunca é fácil dizer adeus, ainda mais um adeus definitivo.A chuva caia forte lá fora, vento, trovões, raios, o mundo parecia chorar.Dentro da pequena capela, o clima não era diferente.O silêncio em volta do caixão, olhares frios, olhares que acusavam, a dor pode ser sentida a quilómetros desse lugar.Ninguém quer falar, mas todos têm muito o que dizer.Num canto, uma jovem de quinze anos, observa tudo.Ela está ali para auxiliar o local, é seu serviço do dia, não gostava de cuidar da capela em dia de velório, porém, aquele ali parecia ainda mais sofrido, o clima ali dentro parecia ainda mais nublado e sombrio do que a chuva lá fora.A pequena garota prendi a sua visão, na pessoa que ela acredita ser a que mais sofre ali.Boa observadora, percebe que alguns estão com raiv
O jovem Thiago voltou a sua atenção para o caixão que estava na outra sala.— Se você não a traiu, apenas lhe deu amor. Fique em paz, você não tem culpa.— Olha criança, você não entenderia. Eu fiz promessas, não cumpri.-Promessas? São apenas palavras, prometeu amor, se deu ótimo. Se foram bens materiais, esses são falhos, passam, vira pó, o amor não, o amor esse tem valor infinito. Sei que tenho apenas quinze anos, mas acredito que você fez o seu melhor por ela.— Uma coisa está ligada a outra. Quando conheci Aline, ela já formada, independente, fiquei encantado, prometi dar uma vida de rainha, ilusão de um rapaz de dezessete anos.— Devo ser sincera, realmente fazer promessas aos dezessete anos, é definitivamente arriscado.— Sim, e foi isso que fiz arrisquei. A minha família foi contra o nosso relacionamento, fizeram ameaças. Eu como um tolo queria apenas viver o meu amor. Já trabalhava na empresa da família. Então decidimos, quando fiz dezoito anos, fugir e casar escondido. Prime
THIAGOSEIS ANOS!Sim, fazem seis anos que estou sozinho, fiquei viúvo aos vinte anos.Perdi o amor da minha vida, o filho que nunca conheci.A família de Aline levou o corpo para a cidade deles.Não me deixaram ir visitar, nada, cortaram contacto, quase todos, a irmã dela Alice continuou como a minha amiga, vejo nela uma irmã, um apoio nos momentos de solidão, uma apoia o outro.Ainda mando uma pensão para a mãe dela, sei que isso é migalhas perto do que perdeu, mas não posso fazer nada.Chego na minha casa já passa das dez da noite, a governanta, que era a doméstica no nosso apartamento, a senhora Norberto, continua por ali, cuida de tudo, ela decorou o lugar de acordo com o gosto de Aline, ela conhecia bem a minha esposa.Mantive ela, que me ajudou decorar a casa, como Aline gostaria, na casa tem quadros dela por todos os lugares.Uma pena que não consegui ficar com nem uma foto dela grávida.A minha empresa, bem, cresceu, e muito, hoje se Aline estivesse aqui, poderia dar-lhe tudo
THIAGOHoje domingo, teremos a reunião na casa do vovô Thulio, ele é o pilar da nossa família.Não tenho nada contra os meus primos, mesmo que na época eles não aceitaram Aline como seria o certo.Ela queria apenas que eles a aceitassem.Sou o caçula da turma, no total seis primos.Vovô teve três filhos, tia Tabata a mais velha, que tem três filhos, os gémeos Lucas e Lincon, e a linda Leonora. Tio Timotio que tem dois filhos, os gémeos Hugo e Helena. E por fim papai Tales, sou filho único.Sempre tive tudo nessa família, éramos unidos, até conhecer Aline.Os meus primos me levavam nas festas, cuidavam de mim, apresentavam as mulheres mais quentes, mesmo eles já sendo comprometidos.Até hoje não entendo o que viram, ou melhor, o que não viram para não aceitá-la.Aline tentou fazer amizade com Helena e Leonora, que sempre foram muito simpáticas, sempre foram pessoas fáceis de aceitar os outros, são do tipo fazer amizade fácil, mas rejeitaram Aline.Podem pensar, a sua família é preconce