Dois dias depois...Ahmed MaktoumOs meus olhos estão fixos na imagem da minha esposa sobre essa cama, que ainda se encontra adormecida. Deste ontem pararam de administrar o medicamento que estava a deixando no estado de sono profundo, porém, é como se ela se negasse a sair da escuridão em que se encontrava.Os médicos disseram que precisávamos conversar com ela, pois dessa forma ela poderia voltar das profundezas do tormento que estava. Meus sogros passaram horas ao seu lado e se para mim, vê-la nesse estado faz uma dor profunda tomar conta do meu peito, imagina para aqueles que lhe deram a vida, que fizeram de tudo para protegê-la. No entanto, esta talvez foi uma forma de proteção que ela encontrou, por não saber que todos que poderiam lhe fazer mau, neste momento estão ardendo em chamas que nunca serão apagadas.Uma de minhas mãos foi de encontro a sua e o silêncio que predominava no ambiente foi interrompido pelo som da minha voz.— Antes de conhecer você, apesar de ter o amor dos
Instantes depois...Satisfeito e com os pensamentos voltados para algo que eu amava muito mais que a comida dela, a peguei em meus braços e andei em direção as escadas. Nunca em toda minha vida havia chegado tão rápido em nosso quarto e assim que adentrei o ambiente, a coloquei em cima da cama e desesperado comecei a retirar toda a sua roupa.Afastei-me logo em seguida, contemplando cada centímetro do seu belo corpo e quando me livrei das minhas próprias roupas, meus olhos ficaram fixos nos dela, que refletiam assim como os meus, o mais puro desejo. Senti meu pau pulsar de desejo quando Jade abriu as pernas em minha direção e pude ver seu sexo chamando por mim, no entanto, quando ouvi o som das palavras que escaparam dos seus lábios, meu corpo todo foi envolvido por um calor escaldante, senti as veias salientes do meu cacete inchando como se fosse estourar.— Quero sua boca beijando bem aqui — falou apontado em direção a sua boceta deliciosa. Não sei o que tinha acontecido com o anjo
EPÍLOGODubai – Emirados ÁrabesTrês anos depois...Jade Borkan MaktoumMeus dedos alisavam seus cabelos em uma carícia dengosa, tentando fazê-la pegar no sono novamente, enquanto observava minuciosamente a sua face.Iasmin, a minha pequena que hoje está com três anos, e a sua chegada só trouxe ainda mais felicidade para nossa família. Depois de tudo que passei, não esperava ser agraciada com os dois melhores presentes da minha vida. Ela, mesmo sem saber foi uma guerreira, pois em meio ao medo que senti ao descobrir que estava tão perto do homem que sempre foi o meu maior pesadelo, o grande tormento da minha vida, o pior poderia ter acontecido. E, todas as descobertas que vivi nesses três anos, não me seriam permitidas.Quando saí daquele sono profundo, nunca pensei que iria ouvir as palavras que fizeram todo o meu corpo vibrar. Meus batimentos aceleraram de tal forma, que meu coração parecia que ia saltar pela minha boca, eu fiquei tão perdida em meio as sensações e dúvidas, que nenh
— Execute!Sentado no carro a 10 metros da praça de execução, oKadar observou o traidor ser colocado na roda com um olhar gelido.O traidor é a primeira pessoa a enganar por tantotempo o maior dominador dos Emirados Árabes Unidos, e até escapar de Dubai. Mas também será o último.A execução pública não foi usada há muito tempo, maspara alertar outras pessoas com os mesmos ideias más, o príncipe Kadar escolheuesse método e todos que desafiarem o príncipe do deserto, terão o mesmo destino.O traidor foi espancado e o som de gritos ressoou por toda a praça. Algumas pessoaschegaram a cobrir os olhos , um após ooutro então de dentro do veículo KADAR esboçou um sorriso , pois o efeito foialcançado.— Podemos sair. — o Kadar ordenou.— Sim senhor. — Respondeu seu motorista e depoisde alguns minutos em movimento o veículo parou devido uma freada repentina oque fez Kadar franzir a testa.— Desculpe senhor, é uma menina que pulou donada —O motoristanervoso, com medo de deixar o p
MAYSUN Fico tão atordoada que nem percebo que o meu véu se soltou de meus cabelos. Depois de me recompor, em passos largos, deixo o local ao lado do meu irmão. Quando chego em casa, passo a maior parte do dia ajudando a minha mãe, com as roupas, arrumando a casa e depois fazendo a comida. Com tudo já pronto, falo a ela que vou para o meu quarto por não estar me sentindo muito bem. Mesmo com fome, estou sentindo um forte embrulho no meu estômago. Já tinha ouvido falar que essa é a punição para um traidor. Sei que no lugar onde vivo, isso se torna um costume entre a população, mas eu, Maysun Wehbe, darei um jeito de em breve ir embora de Dubai. Meus pais sempre dizem que vivo no mundo da lua, mas eu nunca senti que faço parte desse lugar. Jamais aceitarei viver como as mulheres daqui, ser uma esposa modelo, uma fantoche que vive sendo subjugada pelo marido. Sempre sonhei viver em um lugar onde nós mulheres temos o direito de fazer as nossas próprias escolhas, de escolher com quem dev
MAYSUNAcordo em um sobressalto ao ouvir os gritos da minha mãe. Ainda meia sonolenta, me levanto, indo em direção ao som da sua voz. A cada passo dado, começo a sentir um calafrio percorrer todo o meu corpo, uma sensação ruim paira sobre mim, ao me aproximar do local de onde sua voz está vindo. Vejo a porta do quarto do meu irmão aberta, em passos largos adentro o ambiente, e no momento que meus olhos ficam fixos na imagem a minha frente, sinto o meu coração bater em um ritmo frenético. Minha garganta se fecha ao ver o meu irmão totalmente imóvel no chão, enquanto meus pais tentam desesperadamente reanimá-lo sem obter nenhuma reposta. Vejo meu pai pegá-lo em seus braços, indo em direção à porta. Atordoada por não saber o que de fato está acontecendo, começo a ir na mesma direção em que eles vão. Minha mãe logo abre a porta de entrada, e antes que minhas pernas se movessem para deixar o cômodo, sua voz ecoa no ambiente.— May, preciso que você fique aqui e termine de organizar as ro
KADARAssim que chego na casa de Maysun, meus homens que estão vigiando o lugar me informam que os pais dela sairam as pressas com um menino desacordado. Trato de ligar imediatamente para Jamil, dando ordens para que ele descubra o que o garoto tem, e após encerrar a ligação, deixo o automóvel e em passos largos me aproximo da entrada da pequena residência a minha frente. Analiso minuciosamente a casa e não me agrada em nada vir a um lugar que pela aparência, já se dá para ver a pobreza com que vivem. Próximo a porta, dou uma batida na mesma e segundos depois, ela é aberta por aquela que vem ocupando os meus pensamentos.A beleza diante dos meus olhos é estonteante, embora esteja vestida com trapos, os mesmo não foram capazes de ofuscar tamanha beleza. Me divirto ao ver a reação da mulher a minha frente que esá petrificada. Resolvo quebrar o silêncio no ambiente, e como odeio fazer rodeios, vou direto ao que interessa e nem espero um convite, já adentro o cômodo. Para minha total su
MAYSUMAcordo atordoada com meu pai me chamando e dizendo que irá até o hospital para assim mamãe poder descansar um pouco em casa. Depois que ele sai, tomo um banho e trato de fazer um café bem reforçado para ela tomar assim que chegar, certamente estará com fome. Cerca de uma hora depois enfim minha rainha está em casa. Alguns minutos depois de sua chegada e enquanto conversavámos, ouço uma batida na porta, minha mãe logo adentra a sala saindo da cozinha, sabendo que só pode ser o senhor Ebraim que veio pegar o dinheiro do aluguel. Caminho na sua frente e abro a porta, olhando para o homem que está parado com uma expressão diferente no seu rosto, acho um tanto estranho pois sempre está de cara fechada, como se tivesse de mal com a vida, mas não com... pesar. Saio dos meus devaneios quando ouço a voz da minha mãe.— Maysun, peça ao senhor Ebraim que entre, onde está sua educação?— Me desculpe senhor Ebraim, pode entrar.Enquanto o homem adentra o centro do cômodo, dona Fátima caminh