CAPÍTULO 02.

Supremo.

Não paro de contar os dias para poder voltar a ver meu doce anjo. Já faz anos que não vou para Brooklyn, tanto para evitar suspeitas como para que o conselho ancião não descubra que ela está viva.

Venho tentando evitar guerras, desde a morte dos meus pais. Tento manter a harmonia entre sobrenaturais e humanos. Mas isso não tem sido fácil, principalmente agora que muitos demônios tem se disfarçado de humanos e causado intrigas.

Humanos também não ficam de fora, tem tentado inventar armas para matar sobrenaturais, não só com base em produtos químicos, como no sangue e na própria carne sobrenatural.

É muito complicado ser o supremo, é muita responsabilidade. Meu coração não fica totalmente descansado ao saber que meu anjo está em Brooklyn. Onde se centra todo tipo de delinquentes. Só não ímpeto porque deixei alguém cuidando dela.

Meu desejo era poder acabar com isso sem ter que a envolver. Mas sei que isso não será possível...seus dezoito anos se aproximam... não tarda aquela adaga deixará de segurar meu "querido" tio.

Tenho que a ter por perto para garantir sua segurança.

— Supremo, tem um recado por parte do Senhor Key. — Olhei para minha secretária que se encontra parada de frente a minha mesa.

— O que ele diz?

— Que o produto pretende ser retirado.

— Isso não pode acontecer. -- falei mais para ela do que para mim — Vou me ausentar. Tenho de resolver este problema.

— Mas...e a inauguração que acontecerá hoje a noite, sem falar da reunião marcada para tarde de amanhã. Seria muito negligente por parte de vossa excelência tendo em conta a situação em que nos encontramos.

— Judy. Irei me assegurar de chegar a tempo da reunião da manhã.

— Mas e a inauguração — olhei para ela. Loira robusta, de olhos azuis e lábios carnudos, uma ótima profissional. — Eles ficaram decepcionados.

— Se encarregue de animar a noite deles.

Peguei minhas chaves e me retirei. Pensei que tivéssemos concordado de não a deixar sair de Brooklyn. Como simplesmente ele a deixa sair sem me consultar antes? Daqui a alguns meses é o aniversário dela e ele a deixa ir. O que ele está pensando com isso?

{•••}

Harmless.

Estava na minha última aula quando o diretor apareceu junto de um outro senhor. Que nos descobrimos ser representante de uma das faculdades mais cobiçadas fora da cidade. Eu assumo que logo que subir isso fiquei nervosa e ansiosa. Meu Deus, imagina ganhar uma bolsa? Imagina poder estudar numa das faculdades mais cobiçadas e poder ter um futuro digno? Fora da quebrada, sem narcóticos, sem esse problema todo com os tiras.

Eu posso estar sonhando alto, mas uma oportunidade dessas eu não largaria.

Foi quando o diretor falou que exames extraordinários para ganhar uma bolsa. Fazendo esses exames alunos que passassem poderia ingressar na faculdade.

O exame seria feito de tarde no dia seguinte, para quem se acha capaz. É muito pouco tempo, mas uma oportunidade dessas meu Deus. Eu prefiro arriscar.

— Não.— foi a resposta que meu tio me deu quando eu falei dos exames.

— Tio o senhor sabe que é meu sonho, por favor. Me deixa tentar, por favor, não me faça fazer os exames à força!— falei toda chorona.

— Meu anjo! É muito pouco tempo que eles estão vos dando para estudar. E esses exames extraordinários não são moleza não. Aquilo é um atestado de óbito vai por mim.

— Me deixa tentar. Esse tempo que estamos aqui discutindo, eu poderia estar estudando. Por favor...pelo meu futuro.— ele me olhou com pesar, como se fosse tomar uma decisão que fosse o colocar numa enrascada.

— Tudo bem! — disse derrotado — vou fazer chocolate quente caso chumbe!

— Oh, Claro!— revirei os olhos dando um beijo no rosto animada — Eu não luto para perder. Eu vou passar nesses exames.

Dito e feito, passei o resto da tarde estudando, quase nem dormi de tanta ansiedade. Até às quatro da manhã eu já estava em pé, o que é muito raro já que eu durmo feito pedra e acordo tarde.

Fiz minhas tarefas. Nossa casa tem três quartos, um escritório, sala de estar junto a cozinha. Uma casa simples de Brooklyn. Pelo que sei meu tio é lobisomem também, só que não sei porque mas ele não tem companheira.

Terminei num ápice os meus deveres, fiz minha higiene, tomei o café, peguei o caderno e voltei a estudar.

— Isso é um milagre!— Epsilon disse assim que abri a porta antes dele poder bater

— Chama-se ansiedade. Estou muito ansiosa, nem consegui dormir. -- falei saltando para fora empolgada.

Toda escola foi sujeita ao teste mas nem metade da escola se atreveu a participar do exame, inclusive Epsilon. Me surpreendi ao ver, Hélio e Ícaro na sala de exames.

— Nem nos olha com essa cara, seu marido nós obrigou a estudar para passar.— Hélio

De tanto que ando colocada com Epsilon muitos pensam que temos algum tipo de relacionamento, e se não pensam assim, pensam que ainda vamos a tempo de ter. Para eles, uma amizade entre uma garota e um garoto é algo impossível, ou um dos dois está apaixonado, ou os dois, ou são irmãos.

— Ele quer que um de nós cuide de você quando passar!— Ícaro.

É, eu tenho um amigo muito protetor.

— E se eu não passar?

— Não seja modesta! Coloca sua bunda na carteira que o inspetor já vai entrar. — Hélio.

Sorri me sentando. Okay! Vamos aos exames.

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