Capítulo 06.

Íris é magra, alta de cabelos escuros com pontas loiras, da altura do ombro. Seu pele é como se fosse o reflexo do cruzamento entre o dia e a noite. Pois não é nem branca, nem escura, mestiço também não seria o termo correto a usar para a descrever.

Íris não é o tipo de garota que verei usando vestido, saltos e fazendo uma maquiagem exagerado, o buncando a Barbie. Seu estilo me lembra um garoto, seu jeito de agir e ser.

Mas ela é boa demais para ser comparada com um garoto, seu jeito desleixado de parar me faz recorder de um jogar de basket. Se não está de cabelo preso, está com o cabelo bagunçado de modo atraente. Sendo sincera, se ela não fosse uma garota eu ia ficar muito tímida tendo falar com ela. Ela é linda. Mas que a lua cheia.

Ouço o som da porta batendo. Me tirando dos meus pensamentos. Me deparo com Íris entrando no meu quarto. De calças jeans com cortes, camisa branca por dentro e uma jacket jeans também. Com um colar de prata, cabelos pretos e de all Star.

— Oi, desistiu?— me interroga.

— Ahm…Não!— Salto da cama, completamente atrapalhada. Eu havia me esquecido que agente havia ficado de conhecer a cidade. Hoje é sábado. Ela já está pronta. E eu estava na cama devagando.— Você pode me dar dez minutos para eu me preparar? Eu havia me esquecido completamente.

— Sem problema!— sua voz é roca na medida certa.— poço me sentar?— seus braços são músculos, não de fora exagerada. Mas recordam braços de um garoto.

— Esteja a vontade. E me desculpe por te fazer esperar.

— Vai lá fazer banho, não se preocupe comigo.

Sorriu e vou ao banheiro. Tiro minhas roupas às pressas e entro no chuveiro sem me preocupar em ajustar a temperatura.

Merda Hermless. Ótima companhia você, fazendo a garota esperar. Poxa. Não me demoro mas que cinco minutos no banheiro. Corro para o quarto em busca de roupas. Se Íris não fosse uma garota eu não ia ficar confortável de aparecer com toalha e basicamente me vestindo na sua frente.

— Pronto! Terminei.— nossos olhares se cruzaram. Ela estava me secando? Coro sem querer. Ela sorri e desvia o olhar.

— Você duplicou sua beleza, parabéns. — diz se levantando. Sorrio agradecida pelo elogio — Podemos ir?

— Sim. Vamos Ícaro deve estar a nossa espera no portão.

Eu estou de vestido rodado da altura do joelho. Vens pretas e uma camisola com zíper. Que decidi não fechar.

Eu apresentei ela a Ícaro a alguns dias atrás. Ultimamente temos andando muito juntas. E Ícaro sugeriu uma saída para nós familiarizarmos com o nosso novo lar. Ela gostou da ideia e agora nós estamos aqui. Nesse passeio exploratório. Eu confesso que no início séria mas próxima de Neila já que estamos mesmo quarto. Mas não é bem assim. Eu e Neila não curtimos as mesmas vibes.

Depois que nós encontramos com Ícaro entramos no Ford Raptor, vermelho de Íris e pegamos a estrada.

Nossa primeira parada foi em Island Beach State Park, um grande parque com quilômetros e quilômetros de floresta marítima e muitas áreas de banho. Eles têm algumas áreas de banho com salva-vidas, mas Íris dirigiu cada vez mais para o parque, onde há menos pessoas e parece mais uma praia particular. É cheio de natureza deslumbrante. Existem alguns bugs interessantes que mordem às vezes.

Realmente, uma praia linda e muito diferente de Nova Jersey. Banhos, passeios pela natureza e observação de aves.

Depois fomos para visitamos Atlantic City e seu famoso calçadão. É um paraíso comercial com lojas que oferecem de tudo, desde roupas baratas, lojas de souvenirs, estúdios de tatuagem e massagem, e quase todo tipo de comida imaginável. Foi desanimador ver os prédios vazios com tábuas, especialmente o Taj Mahal de Trump. Grandes telas em frente ao calçadão exibiam os próximos shows nos luxuosos hotéis e cassinos. O Centro de Convenções que sediou o concurso Miss América está passando por algumas reformas.

No Centro, encontra-se um dos maiores órgãos de tubos do mundo. Um passeio e concerto é oferecido apenas ao meio-dia. Quando perguntei se era possível olhar o órgão, ela foi curta. Talvez o treinamento de atendimento ao cliente melhore sua disposição. Nós apreciamos a nossa curta estadia na praia.

(...)

— Foi muito legal!— disse assim que saímos do estacionamento.

— Caralho!— Ícaro disse se sacudindo — Desculpa meninas! Mas poxa! Foi alucinante.

Íris gargalhou.

— Tirando a parte dos insectos é claro! — Íris.

— Verdade. Meninas, já tá tarde. Vamos descansar. E aproveitar o domingo para recobrar a energia. Nos vemos no refeitório!— Icaro disse se despedindo.

— Até mais! — bocejei.

— É quase meia noite. Precisamos mesmo descansar.

Trancou o carro. E fomos caminhando em direção ao nosso dormitório. Eu não estou pensando em nada especificamente. Não trocamos nenhuma palavra desde que nos separamos de Ícaro. Estamos no silêncio, bom. Com a brisa da meia noite batendo contra o nosso corpo.

— Você gostou do passeio?— Íris pergunta, como quem não quer nada.

— Amei. Nunca tinha ido para tais lugares, me diverti muito. Acredite.— ela olhou para mim de um jeito indecifrável. Sorriu.

— Fico feliz que tenha gostado. — Paramos de andar. — Estás entregue!— eu nem tinha notado que estamos na porta do meu quarto. — Te vejo amanhã?

— Como não?— faço uma pergunta retórica. — Até amanhã Íris, bons sonhos.

— Obrigada. Harm.

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