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Capítulo 2 Descobertas

Klant

A manhã Véio rápida e radiante apesar de ter tido um novo sonho, levanto da cama vou até o banheiro fazer minha higiene matinal, saiu do banho e Nete ainda está dormindo.

__ Disso que ela tinha medo, dormir e não conseguir acordar a tempo__ apoio minhas mãos na cintura envolvida na toalha de banho e com outra no cabelo pra secar. Nete esta em sono profundo, com um dos braços jogado para fora da cama roncando que chega a babar pelo cantinho da boca. O cabelo ruivo parece mais com uma juba de leão de tão esparramados que estão, a puxo pelos pés chamando-a.

__ Marinete, sua dorminhoca! Ta na hora, vamos perder o avião__ Nete se vira pro outro lado resmungando algo inaudível para mim.

Eu cansei e fui buscar meu borrifador com água que estava sobre o balcão da cozinha, volto e borrifo a água no rosto de Nete que da um salto da cama.

__ Infalível!__ dou aquele sorriso de Vitória.

__ Klant, sabia que não se pode acordar alguem assim! É perigoso___ ela me olhava com olhos arregalados, quase saltando das órbitas.

__ Você não acordava, então decidi pelo metodo que aprendi no convento! As novisas tinham o prazer de acordar às dorminhocas desta forma __ dei de ombros__ e vá logo tomar seu banho, se não vamos perder nosso vôo.

Acho que nessa hora a ficha da minha querida amiga caiu, pois saiu como um raio no mesmo instante pro banheiro. Alguns minutos depois já estavamos fora do apartamento pegando um táxi, quarenta e cinco minutos depois chegamos ao aeroporto de Brasília, toda a equipe estava la nos aguardando.

__ Aonde vocês estavam! Nós pensávamos que íamos sem vocês__ Marcos todo aflito, quando nos vê.

__ Culpa da Marinete que quase não acorda! __ já vou logo dedurando. Nete se zanga e me da língua, eu retribuo rindo logo em seguida.

__ Vão fazer o check-in e voltem o mais rapido possível__ alertou Marcos.

Fizemos o check-in e voltamos rapidamente, nosso vôo logo foi chamado, as malas conferidas e levadas para embarque. No avião fui separada de Marinete ela sentou ao lado de Marcos que estava num mal humor terrível e eu... Bem ao meu ver acertei na sorte grande, fiquei ao lado da minha paixão platônica.

Steves!

Conversamos por um bom tempo durante a viagem, ate que caí no sono e com ele... Sonhos.

Lua cheia, nossa! Como ela estava linda no céu, parecia me chamar, me enfeitiçar. Comecei a caminhar sem tirar os olhos dela ate que um arrepio me fez parar, dei uma olhada para baixo.

Uau, que queda seria!

Afastaei dois passos para trás, do alto do barranco conseguia ver facilmente o rio corre la em baixo, era como se a lua tentasse beija-ló mas estava inalcançável.

__" O quê faz aqui?" __ a voz incanssavel que sempre fazia a mesma pergunta, virei para encara-ló e encontrei um par de olhos amarelados, inegmaticos, questionantes.

__ Acorda Klant__ senti algo me sacudir então cambalheei em direção a beirada do barranco, tentei segurar em algo que não existia.

__ Naooooooo!__ acordei suada e muito assustada.

__ Você está bem?__ Steves me olhava preocupado.

__ Sim, estou bem, só foi um sonho ruim__ tento sorrir mas estava estampado na minha cara pálida, que eu precisava respirar ar puro.

__ Então vamos, pois chegamos.

As palavras de Steves foram musica para meus ouvidos. Desembarcamos em Porto Velho o sol estava escaldante. Nossa, que terra quente!, do aeroporto fomos direto para o porto aonde um barco nos aguardava.

Porto Velho com uma população de 539.354 mil habitantes, cidade pequena mais dizem ser muito rica em seus recursos naturais e o melhor, banhado pelo rio Madeira a saída pluvial da cidade. A cidade tem vários pontos turísticos bem interessantes, o Memorial Rondon, o Marechal da paz, espaço alternativo de Porto Velho, parque natural de Porto Velho, as três caixa d'água, a Estrada de Ferro madeira Mamoré e outro que não pode pesquisar. Chegamos ao Cainagua de onde sai os barcos para turismo pela margens do Rio Madeira e para fazer viagens até Manaus.

Quando chegamos a margem do rio pude ver sua grandeza e beleza, e entendi a causa de crenças ao redor deste rio. Suas águas barrentas e cheia de pedaços e as vezes até toras inteiras de madeiras, desciam com suas correntezas, ele estava em sua época mais plena, tempo das águas como os habitantes do lugar chamam. Mais específico " Inverno amazônico"

__Espero que tenham trazido galochas e capas de chuva, do contrário aconselho comprarem__ Marcos nós alertou, eu como boa pesquisadora que sou, trouxe tudo e um pouco mais. Agora Nete...

__ Aí amiga vamos na loja comigo, as galochas eu trouxe agora capa de chuva... Aiiii, Marcos poderia ter enviado uma lista no zap né__ reviro os olhos pra ela consentido

__ Vamos lá, pois nem o barco conseguiram, ainda teremos tempo__ ela me olha dando pulinhos de alegria.

A avenida Sete de Setembro era bastante sortida em várias coisas, compramos desde a capa de chuva da Nete, entre bolachas, pães e algumas frutas, para aguentar a espera da refeições do barco, comprei uma térmica e um gelo especial que deixaria meus iorgutes fresquinhos até o outro dia pois amo granola com iorgutes e castanha do Pará torrada. Nete comprou duas capa de chuva pra garantir e eu outro par de galochas.

Quando retornamos ao Porto do Cai N água, começou a cair uma serena chuva, que quase não dava de se notar, só consegui perceber por estar olhando em direção ao rio de onde Marcos vinha nos cumprimentar.

__ Compraram tudo que precisavam?

__ Sim__ afirmamos olhando uma pra outra empolgadas__ conseguiram o barco?

__ Estou terminando de resolver isso, parece que nenhum capitão quer nós levar por causa da rota, alegam ser muito perigoso nesta época do ano__ neste momento chega Estela, nossa queridinha fotógrafa, bem, do nosso líder pelo menos. Mas ela era uma boa pessoa, apesar de está nessa expedição apenas pelo prazer da companhia do Marcos.

__ Oi meninas!__ ela chega com aquele sorriso brilhante dela e simpatia inigualável, da até vergonha de tão grande.

__ oiii. Estela__ Nete e eu respondemos uníssono__ então Estela vem cá que queremos conversar com você.

Eu agarro em um dos lado do braço de Estela enquanto Nete pega ao outro, antes que ela se dipendure em Marcos e não largue mais. Estela abre e fecha a boca na direção dele mais não teve tempo.

__ Mas só um beijinho__ ela faz biquinho, se seria possível ter biquinho com aquela boca carnuda, até eu babáva naqueles lábios carnudos. Marcos segue sorrindo até prós pingos d'água que caem da chuva, sua ruiva estava aos seus olhos então estava tudo tranquilo. Às vezes eu tentava compreender a ligação forte que existia entre os dois mas era impossível pra mim. A meu parecer ele sentia ela e sempre sabia exatamente aonde encontrá-la. Sinistro. Mais achava fofo o cuidado que ele tinha com ela, a proteção e só havia uma falha, a possessividade de Marcos, Estela não reclamava... Então era saudável, difícilmente se via um sem o outro, estavam sempre juntos.

__ Então Estela, já está com todos os seus acessórios?__ Nete já saí desenfreada na entrevista.

__ Sim meninas, Marcos nunca deixa eu me esquecer de nada__ fiquei imaginando um amor que nem o dele, e me perguntei. Será que algum dia teria a oportunidade de encontrar o meu? Acho que não. É tão raro tal qual acertar no prêmio da loteria! Assim dizem as mais velhas.

Então Jhon sai do barco se direcionando a nós, meus sonhos acabam e volto a minha realidade de solteirona formada, pois se depender de homem da qualidade de Jhon tô fora.

__ Ei gatinhas, Marcos pediu para informar que o barco sai em 15 minutos__ como sempre o olhar malicioso de Jhon se sobrecai em Nete acompanhado daquele sorrisinho nojento safado dele.

O Barco logo deixou o Porto do Cai N água ele descia suavemente com as correntezas do Rio Madeira, ao longo do percurso, nos barrancos um pouco além das margens do rio, presenciamos casas e até pequenos vilarejos, crianças brincando nas águas barrentas sem medo algum do perigo que elas podem esconder. Pássaros de várias espécies voavam em bandos, duplas ou solitários, enfeitavam o céu com suas cores. E o lendário boto rosa.

Nesse momento todos se reuniram ao redor da mesa aonde Klant estava.

__ Vocês conhecem a lenda do boto rosa__ klant olhava para as águas do rio que começavam a captar os últimos raios de sol, fazendo está pergunta, uns franzira a testa e Marcos afirmou que conhecia.

__" Reza a lenda que em noite de lua cheia, específicamente em noite de festa ele emerge do rio para seduzir as jovens Virgens, ele se traja muito bem arrumado sempre de chapéu isso porquê sua transformação em humano não é totalmente completa e o chapéu serve para disfarçar as narinas do boto. Ele deitasse com a jovem que seduz e a engravida indo embora na mesma noite para o Rio, deixando a criança sem pai."

__ I, olha aí, até no mundo animal existe cafagestes!__ Jhon exclama sorrindo.

__ Então deixem eu lhes contar uma istória de verdade, real, que aconteceu comigo__ o capitão do barco aparece da escuridão assustando a todos. Nesse momento o sol já tinha se posto e as luzes do barco estavam todas acesas, o capitão encosta na beirada da mesa com seu cigarro na boca, aspira uma boa quantidade de fumaça, soltando a em seguida formando um manto, fazendo o recordar de lembranças antigas. Em sua cabeça um chapéu com abas, a barba por fazer, sombreada seus olhos vidrados na escuridão, parecendo enxergar algo a sua frente. Todos o olham com expectativa.

__ Quando eu era rapaz de meus dezenove anos, me juntei a uma caravana de caça, todo meados do mês um grupo de homens da nossa vila saíam para caçar e garantir a mistura do mês. Naquele dia o ar estava sobrecarregado, os animais pareciam estar se escondendo de algo, já tínhamos andado metade de um dia e não havíamos encontrado nada, reinava um silêncio total. O quê não era comum e nem é, pois quando isso acontece significa que a um predador muito poderoso no território, e não era nós pois até mesmo as aves encontravam se em silêncio. Continuamos nossa busca e nada, logo iria escurecer então resolvemos voltar.

Até nós dias de hoje me pergunto como me perdi?

Me afastei do grupo sem perceber e continuei andando dentro da mata, parecia estar em transe. Quando em fim percebi que estava perdido, me deparei com um lago e dentro dele dois enormes lobos se enfrentavam...

__ O Sr falou lobos, eu ouvi direito?__Jhon como sempre estraga prazer, enterrompeu a istória bem na parte emocionante.

__Sim, lobos. Nunca os tinha visto! Nem imaginava que existiam por essas florestas, tão magníficos animais.

__ E não existem Sr Carlos, pelo menos nunca foi datada__ afirma Marcos nervoso com misto ansiedade.

__ O lobo de cor caramelo parecia aprender com o lobo negro. Seu pelo era tão negro quanto o puro ébano!

Por um longo período fiquei ali parado observando os dois, eles pareciam brincar de guerreiros, enquanto um defendia o outro atacava. A água se espalhava, subia e descia molhando o pelo deles, agradeci a Deus pelo vento estar a meu favor e eu poder testemunha tamanha beleza da natureza, mas derrepente o lobo negro parou e pareceu farejar o ar olhando diretamente para dentro da floresta aonde eu estava. Saiu de dentro do lago, só então percebi sua grandiosidade, seu tamanho, ele média aproximadamente três metros de altura, tinha um porte confiante ao sair da água e se sacudir. Ele veio arisco e o outro de cor caramelo veio logo atrás, meus pés pareciam ter enrraizado no chão pois não consegui correr nem me mexer, chegaram tão próximo de mim que pude ver seus olhos amarelos a me ameaçar__ o coração de Klant bateu mais forte em seu peito quando ouviu a cor dos olhos do lobo, a pedra em sua tornozeleira começou a esquentar e brilhar__ ele rosnou e eu me apavorei conseguindo me mexer sai correndo em desespero, laguei a lanterna e a espingarda do meu pai mesmo sabendo que ia levar um baita de sermão por perder sua espingarda. Foi aí que tudo aconteceu, minha vista escureceu fiquei tonto e desmaie, quando acordei estava na minha casa e com uma baita dor de cabeça. Contei a todos o que tinha acontecido mas ninguém acreditou em mim, falaram que eu havia perdido minha razão e estava louco, deixei minha vila a procura dos lobos mas até hoje nunca mais os vi, nenhum vestígio, rastros, nada, era como se nunca existicessem.

__Mas você tem certeza que não bebeu alguns goles de cachaça?__ Steves questionou.

__ Eu nada questionei, apenas senti meu coração pulsar nós meus ouvidos, quente em um ritimo que apenas eu conhecia.

__ Seria o meu lobo?__ murmurei pra mim mesma olhando para a escuridão.

Enquanto eu vagava, todos discutiam algo que cada um acreditava, enquanto isso, nosso capitão voltou ao seu leme, outra noite que não consegui dormir.

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