— Mas, o que você quer exatamente de mim?
— Quero que venha comigo e converse com minha irmã e com meus pais.
— Só isso.
— Sim.
— Então, posso telefonar para eles.
— Não, você tem que ir até lá! Agora!
— Eu não posso largar tudo e ir para o extremo-oriente, assim desse jeito!
— Claro, que pode! – Depois, ele mudou o tom de uma forma sinistra. – Pois, seria uma pena essa linda cidade ser destruída por uma terrível tempestade e, ainda, seria pior se o Senhor dos Ventos levasse a culpa. Seu pai ficaria furioso, poderiam haver retaliações. Não seria nada bom para essa paz tão delicada, que vocês têm atualmente.
— Voc&ecir
Depois de algum tempo de voo, pousamos em uma pequena pista, que eu tinha certeza que ninguém sabia da existência dela ou que nenhum radar houvesse captado nosso avião, era a magia que nos tornava invisíveis aos olhos e aparelhos dos mortais. Novamente, usamos a motocicleta para nos deslocar para a cidade, como a diferença de fuso horário era de 17 horas e em Vancouver deveria ser o começo da noite, em Tóquio estávamos no meio do dia seguinte.— Vamos antes até minha irmã, falaremos primeiro com ela, depois se for necessário, poderemos ir até meu pai – Su me comunicou.Eu imaginava que encontraria uma casa do mais puro estilo oriental de madeira e papel de arroz, cercada com um belo e bucólico jardim, mas ao invés disso, chegamos a um moderno arranha-céu, todo de aço e vidro. Quando paramos na sua
Su, que estivera de cabeça baixa, até aquele momento, como um bom menino malcomportado, levantou os olhos em fogo.— Por quê? – ele perguntou cheio de ira.— Você sabe porque, Su. Já conversamos sobre isso antes, você tem que se conformar – Ama falou com paciência.— Não, eu nunca me conformarei! – Ele falou em voz alta, eu irei encontrá-la, levantou e saiu pisando forte, ninguém fez nada para impedi-lo — Então, ele parou na porta e virou-se e disse: — Você não vem, Dama da Lua?Eu fiquei olhando para os outros, indecisa, sem saber o que fazer, poderia voltar em segurança para casa, mas Su continuou, humildemente:— Você me prometeu.Naquele momento, me decidi, coloquei a xícara sobre a mesinha, estava preste a me levantar, quanto Jin segurou minha mão, pela primeira vez ouvi s
— Há muito tempo, eu ouvi falar de uma mulher, que é como nós, mas que escolheu viver sozinha, em uma floresta, pois não quer ter contato com mais ninguém, porque ela possui o dom das respostas, de saber o que desconhecemos. Contam que todos a procuravam para perguntar algo, ela não tinha paz, por isso resolveu se isolar – Su respondeu, cheio de entusiasmo.— E onde fica essa floresta?— Não muito longe, chama se Aokigahara.— Essa sua moto é encantada, não é? Nós viajamos muito mais rápido que o normal – indaguei, pois eu já havia reparado, que a distância era menor com ela.— Sim, este é um acessório especial que eu coloquei nela, por isso não importa muito a distância, chegaremos lá, rapidamente. Entretanto,
— Nãoooooooooooooo! – ela gritou no meu rosto, o susto me fez dar um passo para trás e eu tropecei em uma pedra e cair deitada de costa, as folhas amorteceram meu impacto, então a criatura se ajoelhou ao meu lado e chegou bem perto de mim, olhando dentro dos meus olhos.— O que está fazendo aqui, Dama da Lua? Deixou seu filhinho sozinho em casa, talvez chorando abandonado, sua mãe pode estar doente precisando de ajuda e não há ninguém para ajudá-los. E o seu guerreiro. Onde está? Ele pode ter voltado para os braços da primeira mulher e a abandonado, talvez, queira tirar o seu filho de você. – Quando a criatura falava, podia ver todas aquelas cenas, aquilo me enchia de tristeza e desespero, me sentia uma péssima mãe e filha, sentia ciúmes de Gabriel com Eres, então como faço nessas ocasiões, procurei
Depois de mais uma longa viagem na moto de Su, já era fim do dia, quando chegamos a uma cidade portuária.— É aqui a antiga casa do seu irmão? — perguntei, intrigada.— Não, mas será daqui que partiremos. Temos que ir pela manhã, pois será mais fácil. E precisaremos de um barco — Su me responde de modo casual.— Um barco? Por quê?— Porque iremos para uma ilha – respondeu-me.Eu nunca imaginaria a casa do Senhor do Fogo em uma ilha.— É um vulcão? – Aquela ideia me preocupou, mas Su me deu um sorriso confiante.— Não é um vulcão. Você não tem ideia do que seja. Mas, antes precisamos de um barco para nos levar até lá, já qu
— O que foi? .— Foi que você caiu no buraco...— Sim, eu sei. E por que você é tão aflita?— É que fui criada como mortal, ainda não me acostumei com essa coisa toda – expliquei, continuamos a explorar até que Su parou e apontou para as piores ruínas daquele lugar.— A entrada da mina deve ser ali, está vendo o local da esteira para retirada do carvão.— Ela deve estar fechada!— Isso não é problemaRealmente, a entrada estava fechada, mas ele simplesmente encostou a não nela e o obstáculo desapareceu e me explicando, quando viu minha cara de surpresa:— Encantamento, só está fechada para os mortais, não para nós.— Então, pode haver alguém aí dentro?— Sim, pode há alguns seres que precisam dessa e
— Essa é uma cidade sagrada para nosso povo, pois foi aqui que tudo começou – Su me explicava, enquanto caminhávamos, rapidamente, pela a rua de Kioto.— Para onde estamos indo?— Aqui! – respondeu, parando na frente da porta de um pequeno consultório médico.Quando entramos, encontramos a sala de espera de aspecto simples e bem cheia, eram velhos, homens, mulheres e crianças, Su se dirigiu a atendente.— Gostaria de falar com o doutor On?— Todos aqui desejam o mesmo. O senhor terá que aguardar a sua vez. – A mulher comunicou, sem emoção na voz, e continuou pegando uma ficha – É sua primeira vez?— Não! Não é uma consulta, é assunto de família – Su declarou com impaci&e
— Você está diferente, mas está bem! – falei, admirada.— Obrigado! Tem alguém com você aí? Ouvi vozes — perguntou, olhando sobre meus ombros.— Tem – falei, abrindo a porta. – Isso! – Apontei para o espectro ainda para no meio do quarto, Su olhou intrigado.— Você o trouxe de algum lugar que nós estivemos? – ele quis saber, já que passamos por lugares bem estranhos.— Não, isso é outra história, mas não sei o que fazer com ele. Ele fala que quando pensa em mim, aparece onde estou – expliquei a Su, não queria dar detalhes da luta na estação do metrô, nem de Eres, para não despertar as memórias do espectro.— Por que, simplesmente, você não o destrói com a espada ou com uma fecha e o manda de volta para o lugar dele? – S