— Nãoooooooooooooo! – ela gritou no meu rosto, o susto me fez dar um passo para trás e eu tropecei em uma pedra e cair deitada de costa, as folhas amorteceram meu impacto, então a criatura se ajoelhou ao meu lado e chegou bem perto de mim, olhando dentro dos meus olhos.
— O que está fazendo aqui, Dama da Lua? Deixou seu filhinho sozinho em casa, talvez chorando abandonado, sua mãe pode estar doente precisando de ajuda e não há ninguém para ajudá-los. E o seu guerreiro. Onde está? Ele pode ter voltado para os braços da primeira mulher e a abandonado, talvez, queira tirar o seu filho de você. – Quando a criatura falava, podia ver todas aquelas cenas, aquilo me enchia de tristeza e desespero, me sentia uma péssima mãe e filha, sentia ciúmes de Gabriel com Eres, então como faço nessas ocasiões, procurei
Depois de mais uma longa viagem na moto de Su, já era fim do dia, quando chegamos a uma cidade portuária.— É aqui a antiga casa do seu irmão? — perguntei, intrigada.— Não, mas será daqui que partiremos. Temos que ir pela manhã, pois será mais fácil. E precisaremos de um barco — Su me responde de modo casual.— Um barco? Por quê?— Porque iremos para uma ilha – respondeu-me.Eu nunca imaginaria a casa do Senhor do Fogo em uma ilha.— É um vulcão? – Aquela ideia me preocupou, mas Su me deu um sorriso confiante.— Não é um vulcão. Você não tem ideia do que seja. Mas, antes precisamos de um barco para nos levar até lá, já qu
— O que foi? .— Foi que você caiu no buraco...— Sim, eu sei. E por que você é tão aflita?— É que fui criada como mortal, ainda não me acostumei com essa coisa toda – expliquei, continuamos a explorar até que Su parou e apontou para as piores ruínas daquele lugar.— A entrada da mina deve ser ali, está vendo o local da esteira para retirada do carvão.— Ela deve estar fechada!— Isso não é problemaRealmente, a entrada estava fechada, mas ele simplesmente encostou a não nela e o obstáculo desapareceu e me explicando, quando viu minha cara de surpresa:— Encantamento, só está fechada para os mortais, não para nós.— Então, pode haver alguém aí dentro?— Sim, pode há alguns seres que precisam dessa e
— Essa é uma cidade sagrada para nosso povo, pois foi aqui que tudo começou – Su me explicava, enquanto caminhávamos, rapidamente, pela a rua de Kioto.— Para onde estamos indo?— Aqui! – respondeu, parando na frente da porta de um pequeno consultório médico.Quando entramos, encontramos a sala de espera de aspecto simples e bem cheia, eram velhos, homens, mulheres e crianças, Su se dirigiu a atendente.— Gostaria de falar com o doutor On?— Todos aqui desejam o mesmo. O senhor terá que aguardar a sua vez. – A mulher comunicou, sem emoção na voz, e continuou pegando uma ficha – É sua primeira vez?— Não! Não é uma consulta, é assunto de família – Su declarou com impaci&e
— Você está diferente, mas está bem! – falei, admirada.— Obrigado! Tem alguém com você aí? Ouvi vozes — perguntou, olhando sobre meus ombros.— Tem – falei, abrindo a porta. – Isso! – Apontei para o espectro ainda para no meio do quarto, Su olhou intrigado.— Você o trouxe de algum lugar que nós estivemos? – ele quis saber, já que passamos por lugares bem estranhos.— Não, isso é outra história, mas não sei o que fazer com ele. Ele fala que quando pensa em mim, aparece onde estou – expliquei a Su, não queria dar detalhes da luta na estação do metrô, nem de Eres, para não despertar as memórias do espectro.— Por que, simplesmente, você não o destrói com a espada ou com uma fecha e o manda de volta para o lugar dele? – S
— Senhor dos Ventos, é um prazer tê-lo em nossa casa – On se curvou diante de Gabriel, quando ele cruzou a porta e parou imponente diante de todos.— O prazer é meu ser recebido pelo Senhor – Gabriel respondeu também se inclinando.Meu coração sempre batia mais forte quando eu via Gabriel, não só porque eu o amava, mas ele era uma figura impressionante e bela, ainda por cima, entrando naquela sala cheio de decisão, dono completo da situação. Ao meu lado, notei o alvoroço das mulheres mais jovens e alguns risinhos nervosos.— Por favor, junte-se a nós na nossa humilde refeição, será uma imensa honra. – On o convidou, gentilmente.— Será um prazer! – Gabriel aceitou, um lugar à mesa se abriu, imediatamente, ao meu
— Esse é Aslan – Gabriel me apresentou, o rapaz que fez um rápido movimento de cabeça e não disse nada, meu sorriso se congelou no rosto.— O carro nos espera, senhor – Aslan anunciou.— Aslan não é o nome do leão daquele livro? — questionei lembrando-me do clássico inglês.— Aslan quer dizer Leão em turco.O carro era um sedan preto de luxo de uma marca alemã famosa, dentro havia um motorista já aposto, eu e Gabriel sentamos no banco de trás e Aslan, sentou se no banco vazio à frente.— Nosso motorista se chama Kadir – Gabriel me apresentou e ao contrário de Aslan, Kadir foi bem simpático.— Vamos ficar com a sua mãe? – perguntei, receosa, pois não t
Acordei em um lugar mergulhado na escuridão, deitada em um chão terra duro, sentia muito frio e o ar estagnado, meus braços e pernas estavam amarrados em uma posição desconfortável, algo duro machucava meu quadril, minha cabeça latejava e minha garganta arranhava de tão seca. Não enxergar nada a minha frente, a não ser o breu, lutei contra as cordas que me prendia, mas ela parecia que se apertavam mais a cada tentativa de afrouxá-las, machucando meus punhos já doloridos. Não sabia o que fazer, receava que meus sequestradores descobrissem que eu acordei, caso gritasse e me fizesse dormir outra vez, contudo, outra pessoa poderia me ouvir e me ajudar, estava dividida nesse dilema, quando notei a presença de alguém, forcei meus olhos tentando ver onde estaria, mas não precisei de grande esforço, pois logo pude ver uma figura de forma humana, porém
— Gabriel, aqui é Diana.— Diana, estávamos procurando por você! Onde você está? – Gabriel perguntou, ansioso.— Não sei, estava presa em uma cidade subterrânea, mas consegui fugir.— Qual delas?— Não sei, eu estou em uma casa de chá, na rua principal da cidade, mas ainda não sei qual é o nome da cidade. – Assim, olhei em volta procurando por um nome até achar um folheto esquecido no balcão. – Derinkuyu. Acho que é esse o lugar.— Não saía daí, estarei aí o mais rápido possível – recomendou— Está bem! Eu ficarei aqui. – Desligamos.— Senhor, não tenho dinheiro, mas gostaria de um chá. – Não gostava de me aproveitar das pessoas, contudo era um caso de necessidade, eu precisava de algo para