Su, que estivera de cabeça baixa, até aquele momento, como um bom menino malcomportado, levantou os olhos em fogo.
— Por quê? – ele perguntou cheio de ira.
— Você sabe porque, Su. Já conversamos sobre isso antes, você tem que se conformar – Ama falou com paciência.
— Não, eu nunca me conformarei! – Ele falou em voz alta, eu irei encontrá-la, levantou e saiu pisando forte, ninguém fez nada para impedi-lo — Então, ele parou na porta e virou-se e disse: — Você não vem, Dama da Lua?
Eu fiquei olhando para os outros, indecisa, sem saber o que fazer, poderia voltar em segurança para casa, mas Su continuou, humildemente:
— Você me prometeu.
Naquele momento, me decidi, coloquei a xícara sobre a mesinha, estava preste a me levantar, quanto Jin segurou minha mão, pela primeira vez ouvi s
— Há muito tempo, eu ouvi falar de uma mulher, que é como nós, mas que escolheu viver sozinha, em uma floresta, pois não quer ter contato com mais ninguém, porque ela possui o dom das respostas, de saber o que desconhecemos. Contam que todos a procuravam para perguntar algo, ela não tinha paz, por isso resolveu se isolar – Su respondeu, cheio de entusiasmo.— E onde fica essa floresta?— Não muito longe, chama se Aokigahara.— Essa sua moto é encantada, não é? Nós viajamos muito mais rápido que o normal – indaguei, pois eu já havia reparado, que a distância era menor com ela.— Sim, este é um acessório especial que eu coloquei nela, por isso não importa muito a distância, chegaremos lá, rapidamente. Entretanto,
— Nãoooooooooooooo! – ela gritou no meu rosto, o susto me fez dar um passo para trás e eu tropecei em uma pedra e cair deitada de costa, as folhas amorteceram meu impacto, então a criatura se ajoelhou ao meu lado e chegou bem perto de mim, olhando dentro dos meus olhos.— O que está fazendo aqui, Dama da Lua? Deixou seu filhinho sozinho em casa, talvez chorando abandonado, sua mãe pode estar doente precisando de ajuda e não há ninguém para ajudá-los. E o seu guerreiro. Onde está? Ele pode ter voltado para os braços da primeira mulher e a abandonado, talvez, queira tirar o seu filho de você. – Quando a criatura falava, podia ver todas aquelas cenas, aquilo me enchia de tristeza e desespero, me sentia uma péssima mãe e filha, sentia ciúmes de Gabriel com Eres, então como faço nessas ocasiões, procurei
Depois de mais uma longa viagem na moto de Su, já era fim do dia, quando chegamos a uma cidade portuária.— É aqui a antiga casa do seu irmão? — perguntei, intrigada.— Não, mas será daqui que partiremos. Temos que ir pela manhã, pois será mais fácil. E precisaremos de um barco — Su me responde de modo casual.— Um barco? Por quê?— Porque iremos para uma ilha – respondeu-me.Eu nunca imaginaria a casa do Senhor do Fogo em uma ilha.— É um vulcão? – Aquela ideia me preocupou, mas Su me deu um sorriso confiante.— Não é um vulcão. Você não tem ideia do que seja. Mas, antes precisamos de um barco para nos levar até lá, já qu
— O que foi? .— Foi que você caiu no buraco...— Sim, eu sei. E por que você é tão aflita?— É que fui criada como mortal, ainda não me acostumei com essa coisa toda – expliquei, continuamos a explorar até que Su parou e apontou para as piores ruínas daquele lugar.— A entrada da mina deve ser ali, está vendo o local da esteira para retirada do carvão.— Ela deve estar fechada!— Isso não é problemaRealmente, a entrada estava fechada, mas ele simplesmente encostou a não nela e o obstáculo desapareceu e me explicando, quando viu minha cara de surpresa:— Encantamento, só está fechada para os mortais, não para nós.— Então, pode haver alguém aí dentro?— Sim, pode há alguns seres que precisam dessa e
— Essa é uma cidade sagrada para nosso povo, pois foi aqui que tudo começou – Su me explicava, enquanto caminhávamos, rapidamente, pela a rua de Kioto.— Para onde estamos indo?— Aqui! – respondeu, parando na frente da porta de um pequeno consultório médico.Quando entramos, encontramos a sala de espera de aspecto simples e bem cheia, eram velhos, homens, mulheres e crianças, Su se dirigiu a atendente.— Gostaria de falar com o doutor On?— Todos aqui desejam o mesmo. O senhor terá que aguardar a sua vez. – A mulher comunicou, sem emoção na voz, e continuou pegando uma ficha – É sua primeira vez?— Não! Não é uma consulta, é assunto de família – Su declarou com impaci&e
— Você está diferente, mas está bem! – falei, admirada.— Obrigado! Tem alguém com você aí? Ouvi vozes — perguntou, olhando sobre meus ombros.— Tem – falei, abrindo a porta. – Isso! – Apontei para o espectro ainda para no meio do quarto, Su olhou intrigado.— Você o trouxe de algum lugar que nós estivemos? – ele quis saber, já que passamos por lugares bem estranhos.— Não, isso é outra história, mas não sei o que fazer com ele. Ele fala que quando pensa em mim, aparece onde estou – expliquei a Su, não queria dar detalhes da luta na estação do metrô, nem de Eres, para não despertar as memórias do espectro.— Por que, simplesmente, você não o destrói com a espada ou com uma fecha e o manda de volta para o lugar dele? – S
— Senhor dos Ventos, é um prazer tê-lo em nossa casa – On se curvou diante de Gabriel, quando ele cruzou a porta e parou imponente diante de todos.— O prazer é meu ser recebido pelo Senhor – Gabriel respondeu também se inclinando.Meu coração sempre batia mais forte quando eu via Gabriel, não só porque eu o amava, mas ele era uma figura impressionante e bela, ainda por cima, entrando naquela sala cheio de decisão, dono completo da situação. Ao meu lado, notei o alvoroço das mulheres mais jovens e alguns risinhos nervosos.— Por favor, junte-se a nós na nossa humilde refeição, será uma imensa honra. – On o convidou, gentilmente.— Será um prazer! – Gabriel aceitou, um lugar à mesa se abriu, imediatamente, ao meu
— Esse é Aslan – Gabriel me apresentou, o rapaz que fez um rápido movimento de cabeça e não disse nada, meu sorriso se congelou no rosto.— O carro nos espera, senhor – Aslan anunciou.— Aslan não é o nome do leão daquele livro? — questionei lembrando-me do clássico inglês.— Aslan quer dizer Leão em turco.O carro era um sedan preto de luxo de uma marca alemã famosa, dentro havia um motorista já aposto, eu e Gabriel sentamos no banco de trás e Aslan, sentou se no banco vazio à frente.— Nosso motorista se chama Kadir – Gabriel me apresentou e ao contrário de Aslan, Kadir foi bem simpático.— Vamos ficar com a sua mãe? – perguntei, receosa, pois não t