As semanas passaram calmas demais. Há muito tempo, ninguém se materializava mais no meu corredor e minha mãe voltou para casa, o que achei bom, pois depois do encontro com Ninlil, fiquei preocupada com sua segurança. Eu tinha treinos intensos com meu irmão, eram divertidos e me sentia cada vez mais forte e ágil, nunca me estive tão bem-disposta. Também, não atendia os telefonemas de Hermes, até que ele acabou desistindo e não sonhava mais com Gabriel. A vida prosseguia tranquila.
Até aquela noite, quando acordei com o barulho intenso do vento no meu quarto, a janela estava aberta e as cortinas voavam devido a ventania, quando abri os olhos, vi Gabriel em pé ao lado da minha cama com sua espada na mão, erguida sobre minha barriga.
- O que você está fazendo aqui? Como entrou? – indaguei, assustada, mas ele n&ati
Eu estava sozinha no apartamento na cidade, quando sonhei com Gabriel acorrentado, preso em um labirinto escuro, seus olhos não tinham mais aquele brilho que eu conhecia e, sabia, que sua alma estava sem esperança, presa em algum lugar escuro. Tentei encontrá-lo, porém, no momento que chegava mais próximo dele, entrava em um caminho errado que me levava para longe outra vez, nos afastando. Acordei sobressaltada, com meu celular tocando, já era bem tarde e o número desconhecido, mas eu sabia de quem era a voz do outro lado da linha.— Diana, é Helena.— Helena, ou quem quer que você seja, o que quer? – perguntei, com uma mescla de curiosidade e irritação.— Preciso conversar com você – ela sussurrava.— Nós não temos nada para conversar – respondi
— Não podemos parar agora! – Helena insiste, ela me trouxe de motocicleta, e observamos a casa de Samuel de longe, escondida pela mata ao seu redor, que parecia mais fechada do que da vez que estive aqui, tornando a construção quase invisível.— Como eu posso entrar ali? – Estava aflita, pois, mesmo ao longe, podia sentir as proteções mágicas, como pinicasse a minha pele.— Tem muitos chegando para o julgamento. Será a nossa maior reunião depois de séculos, muitos querem ver o Senhor após tanto tempo, mas não estão gostando nada da ideia do julgamento de Gabriel. Samuel nos ajudou. Tome!– Falando assim me entregou uma mochila com roupas tradicionais do oriente. – Para você cobrir este cabelo vermelho, alguns se vestirão de forma tradicional. A roupa est&aacut
Saímos em silêncio, de volta ao salão principal, que naquele momento se encontrava bastante cheio, teríamos que esperar para ver o desenrolar dos fatos, por isso eu e Helena ficamos em um canto escondidas, onde podíamos ver pessoas vinda de quase todo o oriente, as de pele mais morenas e barbas do oriente médio até as de pele pálidas e olhos puxados do extremo oriente, muitas trajavam roupas típicas, mas a maioria usava trajes modernos, parecendo deslocadas no tempo, naquele ambiente.A cada minuto, a sala se enchia mais, mas não chegava ser uma multidão, até que ouvimos uma trompete tocar alto a grande porta principal se abriu e as pessoas se separam, formando um caminho pelo meio até o grande trono, então o Senhor do Oriente surgiu, como um imperador imponente, ciente do seu poder, vestido o mesmo traje que usava quando era uma estátua, mas a
— Leve-a, Eres! – O Senhor do Oriente consentiu, com um gesto de desprezo. – Será também uma punição para o meu inimigo, perder a filha.— Senhor! – Ouvimos um grito de trás do salão, sabia quem era, Gabriel – Eu estou aqui para pedir que poupe a Dama da Lua, eu irei com Eres.— Não! – Eres contestou. – Eu quero a mulher, a Dama da Lua. Quero vê-lo viver toda a eternidade carregando a culpa de não salvar sua amante.O Senhor do Oriente parecia confuso, sem saber o que fazer, então proclamou:— Já dei minha permissão a Eres. Que ela leve a Dama da Lua!— Não acho que seja uma boa ideia! – Outra voz se fez ouvir do fundo da sala, um corredor se abriu no meio da multidão, quando Lilith passou, ves
Precisava falar com Salvatore para ter acesso a Tales, ele era a minha única esperança de saber onde o portal se abriria, o tempo era nosso inimigo.— Temos que chegar ao hotel onde Salvatore está hospedado!— Faça o que você fez para chegar aqui – Gabriel disse como se fosse simples.— Mas, eu não sei como fiz isso!— Pense em Salvatore, você sabe onde ele está hospedado. — Fiz o que me disse, mas nada aconteceu.— Não consigo!— Vamos, Diana! Concentre-se! – Ele me incentivou e eu fiz isso, precisa me concentrar, tinha que salvar meu filho, me esforcei e, de repente, toda a sala começou a girar rapidamente a minha volta e quando parou, eu estava na frente do quarto de Salvatore no hotel.Os guar
Eu olhava em volta, vendo toda aquela gente, usuários comuns, que não sabiam que seu destino estava selado, gostaria de poder salvá-los. Quando avistei a mesma mulher que já vira no metrô antes, o mesmo ser cheio de ódio contra os humanos. Neste momento, ouvi um choro de um bebê, por instinto, eu sabia que era meu filho. Meu coração se apertou queria correr para ele, mas não podia, pois, assim estragaria todo o plano. Procurei com o olhar de onde vinha o som, uma mulher segurava um bebê, reconheci Eres vestida com roupas comuns, embalando a criança que chorava estridentemente, ela parecia ter perdido a paciência, minha vontade era voar até lá e arrancá-lo dela, mas precisava que ter muita paciência. Seria como um jogo de xadrez e os movimentos teriam que ser precisos. Talvez os mortais não pudessem sentir o ar ficar mais denso a sua volta, mas, com
Quando todo aquele turbilhão cessou, pode respirar aliviada, estreitando meu filho nos meus braços e Gabriel se aproximou de mi, observando a cena, sem querer interromper.—Tenho algo para entregar a você — Enfim, ele falou, colocando meu cordão no meu pescoço, que lhe emprestei para ajudá-lo a fugir. Eu já estava sentido falta dele.— Obrigada — disse, envolvendo a pedra nos meus dedos.— Esse é nosso filho?— Sim — Virei o bebê para que o visse melhor. — Ele é perfeito!— Posso segurá-lo? –perguntou, com suavidade, mas, receosa, eu não queria me separar de Alexandre, novamente, nem por um segundo, fiquei olhando para ele sem tomar uma decisão. Por fim, estiquei meu braço e o entreguei a ele.
NOS CAMINHOS DO ORIENTE— Você me traiu, Diana! – A voz dela demonstrava tristeza e mágoa. – Eu era uma princesa e deixei tudo por acreditar nas suas ideias e você quebrou nossa promessa de nunca se entregar a um homem, mas foi isso que você fez e, ainda, deu a ele a maior dádiva, um filho!Eu olhava a figura da bela mulher alta, com um corpo forte, cabelos louros quase branco que voavam a sabor da brisa fresca da noite, para o seu rosto marcado pela dor da decepção. Ela se vestia como umas amazonas, uma caçadora, com uma túnica curta e meia armadura, com um arco e aljava nas costas e uma espada na cintura, a clareira da floresta onde estávamos era iluminada pela imensa lua cheia, dando a tudo uma luz prateada fantasmagórica, atrás dela, podia ver a muro escuro que a mata fechada formava.— Perdoe&nd