- Eu falei que isso não seria problema. – Então, ele foi até uma mesa e abriu uma gaveta, retirando dela uma caixa, trazendo à para mim, colocando a em cima da mesa de centro. Fiquei surpresa, quando ele abriu a caixa, havia vários passaportes de diversas cores. Ele pegou um de capa vermelha, da República Italiana.
- Esse deve servi. - Abriu e leu o nome. – Sophia Scaleno. Você será Sophia Scaleno. – Olhei a foto intrigada, a mulher não parecia nada comigo, pois era morena, com os cabelos lisos e negros e olhos castanhos.
- Mas, ela não se parece nada comigo, Gabriel. – Disse, surpresa, como ele achava que poderia enganar alguém deste jeito.
- Olhe de novo. – Falou, sorrindo, fiz o que pediu e a foto que estava no passaporte agora, era a minha e eu ainda me surpreendia com aquilo.
— Você precisa de roupas novas – disse Gabriel, quando arrumava uma pequena bagagem.— Você não vai querer que eu use as roupas das suas amigas, também – retruquei um tanto irritada, ele olhou para mim, divertido.— Não precisa ficar com ciúmes delas, elas só me ajudaram a superar a solidão desses milênios, enquanto eu buscava por você. – E me olhou como um cachorrinho perdido, tive que rir. Ele era um manipulador. — Vamos fazer compras, ainda temos tempo. – Eu ainda não conseguia me acostumar com aquele estilo de vida, em um momento estavam lutando, sendo sequestrado ou fugindo, e logo depois conversando, prosaicamente, sobre carros ou comidas ou fazer compras.Gabriel me levou a algumas das lojas mais descoladas de Roma, comprou o que gostava sem piscar, já estávamos c
O interior do avião começou a se encher de fumaça, não dava para ver quase nada, ouvíamos o barulho das sirenes dos carros de bombeiros que se aproximavam, alguém abriu a porta, neste momento, senti meu cinto de segurança ser aberto e me erguer do assento, depois, entrei em um turbilhão, sem entender o que estava acontecendo.Quando dou por mim, outra vez, estou deitada em algum lugar no meio da lama completamente encharcada e suja, o meu lado estava Gabriel em igual estado, ele respirava ofegante, limpando o rosto da água que dificultava sua visão.— Como você me encontrou? – perguntei, tirando meu cabelo enlameado do rosto.— Quando voltei para o saguão e vi que você havia sumido, pressenti que tinha o dedo de Salvatore, achei que a levariam o mais rápido possível de volta para It&a
— Vão descansar um pouco para repor as energias! – Kira ordenou, nos expulsando da sala, achei uma boa proposta.No meu quarto, encontrei uma fina túnica branca de algodão, provavelmente posta lá para eu dormir, a cama também estava cuidadosamente arrumada, então só me restava trocar de roupa e deitar. Contudo, apesar de estar muito cansada e me sentir confortável, não conseguia dormir, rolando de um lado para outro, sabia que meu problema era a falta de Gabriel, fechei os olhos, tentando descansar, quando senti uma leve brisa inflando a minha coberta e depois percebi um corpo ao meu lado, não precisei abrir os olhos.— Sua mãe não é conservadora? – perguntei com sarcasmo a Gabriel deitado junto a mim— Sim, mas não conseguia dormir sem você – Gabriel respondeu, então me aproximei dele e me aconchegando no seu peito,
QUE AS ESTRELAS GUIEM OS NOSSOS CAMINHOS.Quando a cena se desfez e água se tornou transparente outra vez, ficamos por certo tempo em silêncio, até eu levantar o rosto e olhar a minha volta, nesse momento, eu soube que era a única, que não sabia o que significava aquilo, me sentindo traída.— Helena conseguiu! – Kira exclamou, orgulhosa, quebrando o silêncio.— Vocês sabiam? – perguntei, ainda em dúvida, mas os olhares de culpa me atingiram com flechas.— Diana, vamos conversar! – Gabriel me puxou, suavemente, pela mão, me levou para o pátio de entrada. – Desculpe-nos, Diana, mas não podíamos contar a você. Estamos preparando este resgate há muito tempos, desde que soubemos da exposição no seu museu, por isso implantamos Helena
— É bom ter você outra vez conosco, Diana, de volta a família. – Fiquei surpresa com aquele comentário.— Por acaso, você é um dos meus irmãos?Imediatamente, lembrei-me da minha conversa com Hélio, na casa de Salvatore. Hermes deu uma gargalha, jogando a cabeça para trás.— Não, Diana, felizmente, não sou seu irmão, pois, com certeza, isso seria um problema para mim. – Ele não precisava explicar o que queria dizer com isso, era uma cantada, mas eu não estava muito a fim daquele papo.Jane e Hermes conversaram como velhos amigos, falaram sobre amenidades e citaram muitos nomes, que eu não sabia quem eram, depois ele levantou-se, dizendo:— Bem, foi muito bom jantar com vocês, mas infelizmente, alguém tem
Por fim, minha mãe me contou tudo sobre a doença do meu pai, como não havia nada a fazer e a única coisa que podíamos fazer para ajudá-lo era deixá-lo o mais confortável possível. Sentia meu coração pesar tamanha a minha dor, por isso queria ficar com meus pais, mais tempo possível, então passei o dia junto deles, quase me sentindo normal outra vez, essa sensação me acalmou um pouco minha alma, mas no dia seguinte, eu precisaria agir, já que tudo a minha volta estava diferente, meu mundo se transformou.Nessa mesma noite, sonhei que eu e Gabriel estávamos no quarto da pousada na Toscana, onde passamos a noite juntos, depois de fugirmos da casa de Salvatore, quando achei que eu era realmente importante para ele, não um mero peão de um mirabolante e milenar jogo de xadrez.— Diana, esse &ea
— E os guardas estão mortos?— Não, mas estão muito fracos, pois energia deles foi toda retirada. Alguém como muito poder fez isso a eles.Ao cair da tarde, ao voltar para casa, de metrô, notei que alguém me observava, olhei em volta procurando e meus olhos se encontraram com os de uma mulher, que me fitava com raiva, lembrei me que já a conhecia do dia em que toda aquela história começou, desconfiava que seria uma das nossas que havia perdido a razão e andava por aí, causando problemas para os mortais.Não desviei me olhar, mas ela continuou me encarando com ódio, seus olhos se tornaram negros e fomos sacudidos por um forte freada do trem, que chegou a derrubar algumas pessoas, porém, felizmente, cheguei a minha estação e desembarquei rapidamente, sem olhar para trás, n&atil
No dia seguinte, às sete horas da noite, Hermes apareceu, belo, sorridente e simpático, como eu esperaria, em carro esportivo alemão caro e veloz, a sua volta havia uma aura de alegria e harmonia, fazendo me sentir bem em sua presença.— É este seu dom? Fazer as pessoas se sentirei bem? – perguntei, assim que entramos no carro.— Um deles – brincou, com seu sorriso irradiante.— Para onde vamos?— Surpresa! – Ele me dá um sorriso enigmático, estranhamente, não me preocupei, encostei minha cabeça no banco do carro e o deixei me levar para um destino desconhecido.No entanto, o que eu não sabia era que nas sombras atrás de nós, Gabriel observa toda a cena e ao nos ver partir, seus olhos tornaram-se mais escuros.&mda