QUE AS ESTRELAS GUIEM OS NOSSOS CAMINHOS.
Quando a cena se desfez e água se tornou transparente outra vez, ficamos por certo tempo em silêncio, até eu levantar o rosto e olhar a minha volta, nesse momento, eu soube que era a única, que não sabia o que significava aquilo, me sentindo traída.
— Helena conseguiu! – Kira exclamou, orgulhosa, quebrando o silêncio.
— Vocês sabiam? – perguntei, ainda em dúvida, mas os olhares de culpa me atingiram com flechas.
— Diana, vamos conversar! – Gabriel me puxou, suavemente, pela mão, me levou para o pátio de entrada. – Desculpe-nos, Diana, mas não podíamos contar a você. Estamos preparando este resgate há muito tempos, desde que soubemos da exposição no seu museu, por isso implantamos Helena
— É bom ter você outra vez conosco, Diana, de volta a família. – Fiquei surpresa com aquele comentário.— Por acaso, você é um dos meus irmãos?Imediatamente, lembrei-me da minha conversa com Hélio, na casa de Salvatore. Hermes deu uma gargalha, jogando a cabeça para trás.— Não, Diana, felizmente, não sou seu irmão, pois, com certeza, isso seria um problema para mim. – Ele não precisava explicar o que queria dizer com isso, era uma cantada, mas eu não estava muito a fim daquele papo.Jane e Hermes conversaram como velhos amigos, falaram sobre amenidades e citaram muitos nomes, que eu não sabia quem eram, depois ele levantou-se, dizendo:— Bem, foi muito bom jantar com vocês, mas infelizmente, alguém tem
Por fim, minha mãe me contou tudo sobre a doença do meu pai, como não havia nada a fazer e a única coisa que podíamos fazer para ajudá-lo era deixá-lo o mais confortável possível. Sentia meu coração pesar tamanha a minha dor, por isso queria ficar com meus pais, mais tempo possível, então passei o dia junto deles, quase me sentindo normal outra vez, essa sensação me acalmou um pouco minha alma, mas no dia seguinte, eu precisaria agir, já que tudo a minha volta estava diferente, meu mundo se transformou.Nessa mesma noite, sonhei que eu e Gabriel estávamos no quarto da pousada na Toscana, onde passamos a noite juntos, depois de fugirmos da casa de Salvatore, quando achei que eu era realmente importante para ele, não um mero peão de um mirabolante e milenar jogo de xadrez.— Diana, esse &ea
— E os guardas estão mortos?— Não, mas estão muito fracos, pois energia deles foi toda retirada. Alguém como muito poder fez isso a eles.Ao cair da tarde, ao voltar para casa, de metrô, notei que alguém me observava, olhei em volta procurando e meus olhos se encontraram com os de uma mulher, que me fitava com raiva, lembrei me que já a conhecia do dia em que toda aquela história começou, desconfiava que seria uma das nossas que havia perdido a razão e andava por aí, causando problemas para os mortais.Não desviei me olhar, mas ela continuou me encarando com ódio, seus olhos se tornaram negros e fomos sacudidos por um forte freada do trem, que chegou a derrubar algumas pessoas, porém, felizmente, cheguei a minha estação e desembarquei rapidamente, sem olhar para trás, n&atil
No dia seguinte, às sete horas da noite, Hermes apareceu, belo, sorridente e simpático, como eu esperaria, em carro esportivo alemão caro e veloz, a sua volta havia uma aura de alegria e harmonia, fazendo me sentir bem em sua presença.— É este seu dom? Fazer as pessoas se sentirei bem? – perguntei, assim que entramos no carro.— Um deles – brincou, com seu sorriso irradiante.— Para onde vamos?— Surpresa! – Ele me dá um sorriso enigmático, estranhamente, não me preocupei, encostei minha cabeça no banco do carro e o deixei me levar para um destino desconhecido.No entanto, o que eu não sabia era que nas sombras atrás de nós, Gabriel observa toda a cena e ao nos ver partir, seus olhos tornaram-se mais escuros.&mda
Para quem vive para sempre, aquele povo era bem apressado, eu pensei.Meu pai foi enterrado no fim daquela tarde, em uma bela cerimônia e, como Jane havia prometido, não me preocupei com nada. Grande parte da pessoa que trabalhavam comigo no museu compareceram, incluindo minha meia irmã Cassandra, além da família e vários alunos, pois meu pai havia sido um professor bem-conceituado. Jane e Hélio não foram, mas mandaram lindas coroas de flores. Mas, para minha surpresa, Hermes apareceu também, e, apesar do momento, minhas primas ficaram alvoraçadas ao conhecê-lo, porém o que elas não percebiam era o clima de tranquilidade que sua presença causava. Também, foi ele que nos deixou em casa, depois da cerimônia.— Não sei com lhe agradecer – disse-lhe com sinceridade, ao me despedir, enquanto saía
Um carro me levou para o mais luxuoso hotel da cidade, e ao passarmos pela frente da entrada principal, notei uma confusão repórteres e fãs gritando, eu não entendi nada, mas o motorista me explicou:— Para todo efeito, o senhor está dando um jantar beneficente para alguns convidados especiais, entre eles, algumas celebridades, por isso, os fãs estão aí. Você entrará pela porta de entrega, será mais discreto. – Assim, ele me deixou na entrada da cozinha e me levaram a grande suíte presidencial, no último andar.Ao entrar naquele ostentoso ambiente, percebi que aquilo parecia mais um conselho de guerra do que um jantar beneficente, haviam várias pessoas ali reunidas. Reconheci alguns deles, que já haviam aparecido nos noticiários, entre eles, um grande armador, cuja frota de navio transportava uma boa par
— Noite proveitosa – declarou no carro.— Não entendi. Nada foi resolvido.— Mas, eu estou aqui com você. Então a noite foi perfeita – falou, dando um belo sorriso.Quando paramos na frente do meu prédio, eu me despedi agradecendo, já saindo do carro.— Só um minuto, Diana. – Parei e me virei para ele que continuou: – Eu me esqueci de algo.— O quê?— Disso – Hermes se aproximou de mim e beijou minha boca, primeiro suavemente, depois com mais intensidade.Eu não reagi, só me deixei ser beijada, coloquei as mãos no peito dele na intenção de afastá-lo, mas, não fiz. De repente, a porta ao seu lado se abriu e ele se afastou rapidamente de mim, puxado para trás com força sobrenatural e jogado no meio da rua, fiquei atônita sem entender, sai do carro, com minha
No dia seguinte, indo para o trabalho, fechava a porta do meu apartamento, quando uma vizinha apareceu no corredor, voltando das compras.— Bom dia, Diana! Viu a ventania de ontem à noite? Causou o maior estrago na rua! Tive que sair para comprar velas!— Bom dia, Marilia! Não, não vi nada, devia estar dormindo – menti, dissimuladamente inocente.No museu, encontrei Hélio que parecia estranhamente animado, bem diferente da expressão carrancuda dos últimos tempos.— Você não parece bem, Diana.— Você acha isso mesmo?— Sim, e sabe o que você está precisando?— Não, o que eu preciso?— Um bom treino — respondeu, com um sorriso travesso.&mdash