No dia seguinte, às sete horas da noite, Hermes apareceu, belo, sorridente e simpático, como eu esperaria, em carro esportivo alemão caro e veloz, a sua volta havia uma aura de alegria e harmonia, fazendo me sentir bem em sua presença.
— É este seu dom? Fazer as pessoas se sentirei bem? – perguntei, assim que entramos no carro.
— Um deles – brincou, com seu sorriso irradiante.
— Para onde vamos?
— Surpresa! – Ele me dá um sorriso enigmático, estranhamente, não me preocupei, encostei minha cabeça no banco do carro e o deixei me levar para um destino desconhecido.
No entanto, o que eu não sabia era que nas sombras atrás de nós, Gabriel observa toda a cena e ao nos ver partir, seus olhos tornaram-se mais escuros.
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Para quem vive para sempre, aquele povo era bem apressado, eu pensei.Meu pai foi enterrado no fim daquela tarde, em uma bela cerimônia e, como Jane havia prometido, não me preocupei com nada. Grande parte da pessoa que trabalhavam comigo no museu compareceram, incluindo minha meia irmã Cassandra, além da família e vários alunos, pois meu pai havia sido um professor bem-conceituado. Jane e Hélio não foram, mas mandaram lindas coroas de flores. Mas, para minha surpresa, Hermes apareceu também, e, apesar do momento, minhas primas ficaram alvoraçadas ao conhecê-lo, porém o que elas não percebiam era o clima de tranquilidade que sua presença causava. Também, foi ele que nos deixou em casa, depois da cerimônia.— Não sei com lhe agradecer – disse-lhe com sinceridade, ao me despedir, enquanto saía
Um carro me levou para o mais luxuoso hotel da cidade, e ao passarmos pela frente da entrada principal, notei uma confusão repórteres e fãs gritando, eu não entendi nada, mas o motorista me explicou:— Para todo efeito, o senhor está dando um jantar beneficente para alguns convidados especiais, entre eles, algumas celebridades, por isso, os fãs estão aí. Você entrará pela porta de entrega, será mais discreto. – Assim, ele me deixou na entrada da cozinha e me levaram a grande suíte presidencial, no último andar.Ao entrar naquele ostentoso ambiente, percebi que aquilo parecia mais um conselho de guerra do que um jantar beneficente, haviam várias pessoas ali reunidas. Reconheci alguns deles, que já haviam aparecido nos noticiários, entre eles, um grande armador, cuja frota de navio transportava uma boa par
— Noite proveitosa – declarou no carro.— Não entendi. Nada foi resolvido.— Mas, eu estou aqui com você. Então a noite foi perfeita – falou, dando um belo sorriso.Quando paramos na frente do meu prédio, eu me despedi agradecendo, já saindo do carro.— Só um minuto, Diana. – Parei e me virei para ele que continuou: – Eu me esqueci de algo.— O quê?— Disso – Hermes se aproximou de mim e beijou minha boca, primeiro suavemente, depois com mais intensidade.Eu não reagi, só me deixei ser beijada, coloquei as mãos no peito dele na intenção de afastá-lo, mas, não fiz. De repente, a porta ao seu lado se abriu e ele se afastou rapidamente de mim, puxado para trás com força sobrenatural e jogado no meio da rua, fiquei atônita sem entender, sai do carro, com minha
No dia seguinte, indo para o trabalho, fechava a porta do meu apartamento, quando uma vizinha apareceu no corredor, voltando das compras.— Bom dia, Diana! Viu a ventania de ontem à noite? Causou o maior estrago na rua! Tive que sair para comprar velas!— Bom dia, Marilia! Não, não vi nada, devia estar dormindo – menti, dissimuladamente inocente.No museu, encontrei Hélio que parecia estranhamente animado, bem diferente da expressão carrancuda dos últimos tempos.— Você não parece bem, Diana.— Você acha isso mesmo?— Sim, e sabe o que você está precisando?— Não, o que eu preciso?— Um bom treino — respondeu, com um sorriso travesso.&mdash
— Não tenho mais nada com Gabriel! – rebati, irritada, Eres não esperava por essa reação, por um instante, percebi que ela vacilou, aproveitei para ganhar terreno. – Não quero mais nada com ele ou com o seu povo! – Dei um passo para frente, mas depois do susto, ela reagiu.— Não vou perdê-lo para você, Dama da Lua, custe o que custar! – falou, mansamente, porém ameaçadora, com a voz cheia de ódio, aquelas palavras caíram sobre mim com uma pedra, e ela continuou. – Você só estará segura enquanto se mantiver longe dele. Lembre-se disso – Assim, ela sumiu e o ar clareou outra vez, sentia-me pesada e cansada, como se tivesse lutado mil batalhas.— Então, você conheceu Eres – Ouvi alguém falar do meu lado.Por favor, chega! Pensei, ao ver Enki, junto a mim.— Chega! Por favor
Estava realmente muito cansada, por isso dormir quase imediatamente que encostei a cabeça no travesseiro, os dias estavam sendo bastante estranhos. Assim que fechei os olhos tive um sonho muito estranho, no qual eu não existia, era somente uma essência que flutuava sem corpo, sobre um lugar bastante bizarro, sabia que não pertencia ao mundo que eu conhecia, era árido, denso e escuro, sentia uma tristeza infinita, não sabia quem era e porque estava ali. No meu caminho, passava por lugares, vendo alguns seres distintos, uns tinham a forma humana e vagavam sem rumo, sem esperança no futuro, outras eram quase transparentes e a maioria era só uma sombra sem corpo ou face, não eram nada, nem ninguém.Eu queria ir embora, sair dali, mas, fui arrastada para o alto de uma colina, onde um casal conversava, usando roupas e joias muito antigas e luxuosas.— Temos que ir embora, Ninlil, esse lugar está
As semanas passaram calmas demais. Há muito tempo, ninguém se materializava mais no meu corredor e minha mãe voltou para casa, o que achei bom, pois depois do encontro com Ninlil, fiquei preocupada com sua segurança. Eu tinha treinos intensos com meu irmão, eram divertidos e me sentia cada vez mais forte e ágil, nunca me estive tão bem-disposta. Também, não atendia os telefonemas de Hermes, até que ele acabou desistindo e não sonhava mais com Gabriel. A vida prosseguia tranquila.Até aquela noite, quando acordei com o barulho intenso do vento no meu quarto, a janela estava aberta e as cortinas voavam devido a ventania, quando abri os olhos, vi Gabriel em pé ao lado da minha cama com sua espada na mão, erguida sobre minha barriga.- O que você está fazendo aqui? Como entrou? – indaguei, assustada, mas ele n&ati
Eu estava sozinha no apartamento na cidade, quando sonhei com Gabriel acorrentado, preso em um labirinto escuro, seus olhos não tinham mais aquele brilho que eu conhecia e, sabia, que sua alma estava sem esperança, presa em algum lugar escuro. Tentei encontrá-lo, porém, no momento que chegava mais próximo dele, entrava em um caminho errado que me levava para longe outra vez, nos afastando. Acordei sobressaltada, com meu celular tocando, já era bem tarde e o número desconhecido, mas eu sabia de quem era a voz do outro lado da linha.— Diana, é Helena.— Helena, ou quem quer que você seja, o que quer? – perguntei, com uma mescla de curiosidade e irritação.— Preciso conversar com você – ela sussurrava.— Nós não temos nada para conversar – respondi