Por fim, minha mãe me contou tudo sobre a doença do meu pai, como não havia nada a fazer e a única coisa que podíamos fazer para ajudá-lo era deixá-lo o mais confortável possível. Sentia meu coração pesar tamanha a minha dor, por isso queria ficar com meus pais, mais tempo possível, então passei o dia junto deles, quase me sentindo normal outra vez, essa sensação me acalmou um pouco minha alma, mas no dia seguinte, eu precisaria agir, já que tudo a minha volta estava diferente, meu mundo se transformou.
Nessa mesma noite, sonhei que eu e Gabriel estávamos no quarto da pousada na Toscana, onde passamos a noite juntos, depois de fugirmos da casa de Salvatore, quando achei que eu era realmente importante para ele, não um mero peão de um mirabolante e milenar jogo de xadrez.
— Diana, esse &ea
— E os guardas estão mortos?— Não, mas estão muito fracos, pois energia deles foi toda retirada. Alguém como muito poder fez isso a eles.Ao cair da tarde, ao voltar para casa, de metrô, notei que alguém me observava, olhei em volta procurando e meus olhos se encontraram com os de uma mulher, que me fitava com raiva, lembrei me que já a conhecia do dia em que toda aquela história começou, desconfiava que seria uma das nossas que havia perdido a razão e andava por aí, causando problemas para os mortais.Não desviei me olhar, mas ela continuou me encarando com ódio, seus olhos se tornaram negros e fomos sacudidos por um forte freada do trem, que chegou a derrubar algumas pessoas, porém, felizmente, cheguei a minha estação e desembarquei rapidamente, sem olhar para trás, n&atil
No dia seguinte, às sete horas da noite, Hermes apareceu, belo, sorridente e simpático, como eu esperaria, em carro esportivo alemão caro e veloz, a sua volta havia uma aura de alegria e harmonia, fazendo me sentir bem em sua presença.— É este seu dom? Fazer as pessoas se sentirei bem? – perguntei, assim que entramos no carro.— Um deles – brincou, com seu sorriso irradiante.— Para onde vamos?— Surpresa! – Ele me dá um sorriso enigmático, estranhamente, não me preocupei, encostei minha cabeça no banco do carro e o deixei me levar para um destino desconhecido.No entanto, o que eu não sabia era que nas sombras atrás de nós, Gabriel observa toda a cena e ao nos ver partir, seus olhos tornaram-se mais escuros.&mda
Para quem vive para sempre, aquele povo era bem apressado, eu pensei.Meu pai foi enterrado no fim daquela tarde, em uma bela cerimônia e, como Jane havia prometido, não me preocupei com nada. Grande parte da pessoa que trabalhavam comigo no museu compareceram, incluindo minha meia irmã Cassandra, além da família e vários alunos, pois meu pai havia sido um professor bem-conceituado. Jane e Hélio não foram, mas mandaram lindas coroas de flores. Mas, para minha surpresa, Hermes apareceu também, e, apesar do momento, minhas primas ficaram alvoraçadas ao conhecê-lo, porém o que elas não percebiam era o clima de tranquilidade que sua presença causava. Também, foi ele que nos deixou em casa, depois da cerimônia.— Não sei com lhe agradecer – disse-lhe com sinceridade, ao me despedir, enquanto saía
Um carro me levou para o mais luxuoso hotel da cidade, e ao passarmos pela frente da entrada principal, notei uma confusão repórteres e fãs gritando, eu não entendi nada, mas o motorista me explicou:— Para todo efeito, o senhor está dando um jantar beneficente para alguns convidados especiais, entre eles, algumas celebridades, por isso, os fãs estão aí. Você entrará pela porta de entrega, será mais discreto. – Assim, ele me deixou na entrada da cozinha e me levaram a grande suíte presidencial, no último andar.Ao entrar naquele ostentoso ambiente, percebi que aquilo parecia mais um conselho de guerra do que um jantar beneficente, haviam várias pessoas ali reunidas. Reconheci alguns deles, que já haviam aparecido nos noticiários, entre eles, um grande armador, cuja frota de navio transportava uma boa par
— Noite proveitosa – declarou no carro.— Não entendi. Nada foi resolvido.— Mas, eu estou aqui com você. Então a noite foi perfeita – falou, dando um belo sorriso.Quando paramos na frente do meu prédio, eu me despedi agradecendo, já saindo do carro.— Só um minuto, Diana. – Parei e me virei para ele que continuou: – Eu me esqueci de algo.— O quê?— Disso – Hermes se aproximou de mim e beijou minha boca, primeiro suavemente, depois com mais intensidade.Eu não reagi, só me deixei ser beijada, coloquei as mãos no peito dele na intenção de afastá-lo, mas, não fiz. De repente, a porta ao seu lado se abriu e ele se afastou rapidamente de mim, puxado para trás com força sobrenatural e jogado no meio da rua, fiquei atônita sem entender, sai do carro, com minha
No dia seguinte, indo para o trabalho, fechava a porta do meu apartamento, quando uma vizinha apareceu no corredor, voltando das compras.— Bom dia, Diana! Viu a ventania de ontem à noite? Causou o maior estrago na rua! Tive que sair para comprar velas!— Bom dia, Marilia! Não, não vi nada, devia estar dormindo – menti, dissimuladamente inocente.No museu, encontrei Hélio que parecia estranhamente animado, bem diferente da expressão carrancuda dos últimos tempos.— Você não parece bem, Diana.— Você acha isso mesmo?— Sim, e sabe o que você está precisando?— Não, o que eu preciso?— Um bom treino — respondeu, com um sorriso travesso.&mdash
— Não tenho mais nada com Gabriel! – rebati, irritada, Eres não esperava por essa reação, por um instante, percebi que ela vacilou, aproveitei para ganhar terreno. – Não quero mais nada com ele ou com o seu povo! – Dei um passo para frente, mas depois do susto, ela reagiu.— Não vou perdê-lo para você, Dama da Lua, custe o que custar! – falou, mansamente, porém ameaçadora, com a voz cheia de ódio, aquelas palavras caíram sobre mim com uma pedra, e ela continuou. – Você só estará segura enquanto se mantiver longe dele. Lembre-se disso – Assim, ela sumiu e o ar clareou outra vez, sentia-me pesada e cansada, como se tivesse lutado mil batalhas.— Então, você conheceu Eres – Ouvi alguém falar do meu lado.Por favor, chega! Pensei, ao ver Enki, junto a mim.— Chega! Por favor
Estava realmente muito cansada, por isso dormir quase imediatamente que encostei a cabeça no travesseiro, os dias estavam sendo bastante estranhos. Assim que fechei os olhos tive um sonho muito estranho, no qual eu não existia, era somente uma essência que flutuava sem corpo, sobre um lugar bastante bizarro, sabia que não pertencia ao mundo que eu conhecia, era árido, denso e escuro, sentia uma tristeza infinita, não sabia quem era e porque estava ali. No meu caminho, passava por lugares, vendo alguns seres distintos, uns tinham a forma humana e vagavam sem rumo, sem esperança no futuro, outras eram quase transparentes e a maioria era só uma sombra sem corpo ou face, não eram nada, nem ninguém.Eu queria ir embora, sair dali, mas, fui arrastada para o alto de uma colina, onde um casal conversava, usando roupas e joias muito antigas e luxuosas.— Temos que ir embora, Ninlil, esse lugar está