Salvatore e eu saímos do escritório em direção a varanda, onde se encontravam os outros.
- Cila, leve Diana e mostre-lhe onde é seu quarto! – Salvatore ordenou.
-Não, eu estou hospedada na casa de Lilith, todos os meus pertences estão lá – protestei, pois não queria ficar confinada àquela casa.
- Não se preocupe, seus pertences já estão aqui. Mandei buscá-los e tudo que precisar será providenciado – Salvatore declarou, sem aceitar objeção.
- Posso ver Gabriel? – pedi, humildemente.
Salvatore me olhou desconfiado, mas cedeu.
- Depois de levá-la ao quarto dela, leve Diana para visitar Gabriel, Cila. – e continuou. – Suponho que você também ficará aqui, Jane?
O dia havia sido muito agitado, por esse motivo demorei muito a dormir, deixei a janela aberta, o luar iluminava o meu quarto e a visão da lua me acalmava, quando finalmente consegui dormir, tive um sono agitado, cheio de sonhos confusos. Porém, comecei a me acalmar ao sentir uma brisa suave e morna que me envolvia me acariciando, essa sensação me relaxou, mas seria somente um sonho, pois agora eu sentia uma mão suave e quente sobre o meu rosto e meus cabelos, abri os olhos assustada pronta para gritar, quando minha boca foi tapada e debruçado sobre mim estava Gabriel, com seus olhos escuros e profundos, cheio de vida e calor, respirei aliviada e ele trocou sua mão pela sua boca, em um beijo cheio de paixão que eu retribui com intensidade. Suas mãos agora passeavam pelo meu corpo e o abracei com força, podendo sentir suas costas fortes e sua pele macia, ele empurrou minhas cobertas e puxou minha roupa. Enquanto, e
- A estátua no museu – respondi, desafiadora.- Sim, a estátua. Estávamos a usando para atrair Gabriel, pois sabíamos que como nós, eles também estão recuperando o poder e se reunindo. Mas não esperei encontrar você, novamente, naquele museu – ele explicou ‘Será que fui usada por Gabriel? Será que estou tão enganada em relação a esta história? ”. Pensava sem saber em quem acreditar. “Quem poderia me contar a verdade? ”. Então um nome veio na minha cabeça, Lilith. Precisava falar com ela, pois como Salvatore disse, ela era neutra não pertencia a nenhum dos lados, mas como sair de uma casa, onde a única saída dá para um lago. Vou precisar de um barco, só tinha um problema não sei pilotar e não gostava muito de água. Talvez, houvesse uma saída por trás, a pre
Quando retornamos à casa de Salvatore, Caio anunciou que ele estava me aguardando no escritório.- Querida Diana, que bom que você voltou! – Salvatore exclamou, assim que entrei no suntuoso escritório de estilo clássico. – Quero que entenda, que você não é uma prisioneira nesta casa. Você pode ir e vir, quando quiser, sem precisar se esconder em barcos de entregas. Afinal, você é minha filha.- Desculpe-me, mas, precisava conversar com Lilith.- Por que essa urgência toda? – ele quis saber, desconfiado, talvez, pensando que estivesse ido atrás de Gabriel.- Eu tenho muitas dúvidas – confessei.- Sobre o que? – Ele parecia surpreso.- Sobre quem está certo e quem está errado em toda essa história?
- Lamento, mas não posso prometer isso – respondeu, com pesar.- Então, eu não posso ir com você, mas eu lhe ajudarei a sair daqui. Será mais fácil a noite, vou criar uma distração para você poder fugir.- Não quero que se envolva nisso, porque de outra vez você foi punida por seu pai.- Mas será o único jeito – admiti, passando a mão nos seus cabelos, encarando os seus olhos escuros como a noite.- Eu já ouvi você falar as mesmas palavras, há muito tempo atrás, e eu a perdi por muitos séculos.- Preciso ir agora, senão podem dar pela minha falta e desconfiarem de algo. – Dei lhe mais um beijo ardente, não queria sair de perto dele, mas era preciso, então me levantei, pois durante toda nossa con
- Gabriel! Gabriel! – Chamei, preocupada, porém, ele não se mexeu.– Enlil! – Testei seu verdadeiro nome, e ele abriu os olhos com muita dificuldade - Você está bem? – perguntei, ansiosa.- Sim, só muito cansado, foi difícil sair de lá, havia muita magia protegendo a casa. – Fechou, novamente, os olhos, parecia dormir, achei que seria melhor alguém ficar acordado para vigiar.Estava preocupada, principalmente, com Nix, além de não saber aonde estávamos, mas depois de duas noites sem dormir, acabei cochilando. Acordei com os primeiros raios de sol batendo no meu rosto e com alguns mosquitinhos voando sobre o meu nariz, que espantei com a mão, olhei para o lado e Gabriel ainda dormia pesado, devia ter gasto muita energia na fuga. Sentei-me, olhando em volta, tentando reconhecer o lugar, s&oacut
Eu fui para despensa, que estava recheada com muitas coisas boas, provavelmente, abastecida recentemente, esperando a chegada dos donos da casa. Peguei patê francês, torradas, azeitonas gregas, coração de alcachofras e macarrones e biscoitos suíços. “Esses caras vivem bem”, pensei, enquanto fazia a limpa, coloquei tudo na mesa da cozinha e ainda algumas garrafas de água de uma marca bastante cara. Ouvia Gabriel vasculhar a casa, até o momento que ele retornou, com um monte de notas de euro na mão.- Olhe só o que eu achei! – declarou feliz, me mostrando o dinheiro.- Vamos precisar de tudo isso? – indaguei me sentindo mal com isso.- Tem muito mais de onde eu tirei isso, eles devem esconder uma parte do dinheiro deles aqui – ele me explicou, mas ainda não justificava o que estávamos fazendo.- Não se preocupe, Diana, eles não senti
- Porque eu quero saber. Também, não entendo como todos nós nos entendemos mesmo tendo origens diferentes? – Continuei. - Isso é fácil, pois a maioria de nós fala muitas línguas, tivemos muito tempo para aprendê-las.- Onde estamos? – Perguntei, olhando a linda paisagem pela janela.- Toscana. – Ele respondeu, sem tirar os olhos da estrada.- Sempre quis conhecer este lugar e, agora, aqui estou como uma ladra fugitiva. – Disse, desanimada, - Não seja dramática. Você já este aqui antes e eu também. Já vi várias vezes estes campos, algumas vezes, destruídos e queimados, cobertos de cadáveres. – Falou, pragmático.- Quem está sendo dramático agora? – Perguntei, sarcástica. - Além disso, eu não me lembro de nada disso. – Ele, apenas, sorriu para mim.- Ac
- Eu falei que isso não seria problema. – Então, ele foi até uma mesa e abriu uma gaveta, retirando dela uma caixa, trazendo à para mim, colocando a em cima da mesa de centro. Fiquei surpresa, quando ele abriu a caixa, havia vários passaportes de diversas cores. Ele pegou um de capa vermelha, da República Italiana.- Esse deve servi. - Abriu e leu o nome. – Sophia Scaleno. Você será Sophia Scaleno. – Olhei a foto intrigada, a mulher não parecia nada comigo, pois era morena, com os cabelos lisos e negros e olhos castanhos.- Mas, ela não se parece nada comigo, Gabriel. – Disse, surpresa, como ele achava que poderia enganar alguém deste jeito.- Olhe de novo. – Falou, sorrindo, fiz o que pediu e a foto que estava no passaporte agora, era a minha e eu ainda me surpreendia com aquilo.
Último capítulo