Mal conseguia ficar com os olhos abertos, achou que dormira por horas seguidas. Do seu lado, tombado, Roi ressonava com dificuldade.
Estavam agora de costas para a saída e revezavam o restante do oxigênio que restava em seu cilindro. O de Roi já acabara há um bom tempo e o desânimo cobrira o seu rosto, dando-lhe um aspecto de alguém derrotado.
Ela queria lhe dizer que não fora sua culpa, que ele fizera todo o possível, que estavam nisso juntos, e mais um milhão de coisas. Mas também estava fraca demais, consumida pe
Vanuzia abriu a sacola e mostrou a Roi o seu conteúdo. Ele a olhou incrédulo e conseguiu perguntar:— Como?Ela não se deu ao trabalho de responder. Retirou as partes que formavam a pedra Hiphitusi e começou a colocá-las no centro da parede. Não conseguiu, pois elas não cabiam, faltava espaço para as quatro juntas. Em vez de entrar em desespero, o que seria muito comum dada à circunstância, procurou por algum detalhe em sua mente. O sol já ia alto quando ele acordou.Olhou em volta e somente a areia seca do deserto o cercava.Por sorte encontrara um dia antes algumas árvores que geravam boas sombras, onde pode descansar um pouco. Só que o sono estava atrasado e dormira profundamente até a manhã quente do dia seguinte.Estava exausto! Há muitos e muitos anos, ao norte da pirâmide de Amon, uma nativa deu a luz a um menino, o qual chamou Kedaf.Esse menino cresceu em meio à miséria e como sua família era explorada, ele herdou essa sina.Mas com 13 anos decidiu sair do fim de mundo onde moravam, palavras dele, e rejeitou as obrigações que os costumes de sua vila natal impunham, iniciando uma vida nômade no deserto.Em pouc1. Um homem no deserto
2. Um louco chamado Kedaf
Na tradicional família chilena Cortez uma linda menininha nasceu, trazendo alegria onde a dor da perda recente ainda marcava os corações.Tinha a pele levemente morena e olhos esverdeados, com cabelos negros. Uma princesa, todos diziam!Ao contrário de Kedaf não conheceu a pobreza.Cresceu estudando nas melhores escolas, não se tornou uma adolescente rebelde como já estava se tornando comum, ao
Vanuzia tinha razão em amá-lo!Roi era, além de belo e formoso, o dono de um coração enorme, sempre disposto e pronto a ajudar os demais.Nascera no Peru no mesmo ano em que ela começara a engatinhar em terras chilenas.Não vinha de uma classe social definida e desde adolescente tomara gosto por se aventurar em expedições que ocorriam nas constantes escavações peruan
Levaram três semanas realizando inúmeros preparativos, antes de iniciarem a busca pelo primeiro quarto da pedra Hiphitusi.O primeiro passo foi descobrir onde iniciar a expedição.Reuniram todas as informações que cada um possuía e depois de dias de exaustivo estudo, onde cada um dos três entrou com seus conhecimentos específicos, montaram um enorme mapa que abrangia parte do Chile e do Peru, uma região da Colômbia e outra da Venezuela. Era uma área tão extensa que calcularam que poderia levar an
Kedaf era a "pedra no sapato" de Roi quanto ao seu relacionamento com Vanuzia.Quando eles pensavam em ficar um pouco a sós e falar sobre coisas diferentes do que a missão atual, ele surgia do nada com alguma nova ideia e o casal acabava por mudar os planos.Não era segredo que os dois se amavam para ninguém do grupo, que no momento era composto pelos três, sete carregadores e quatro seguranças armados. Conseguiram acalmar os ânimos exaltados da imprensa que queria a todo custo informações, prometendo uma coletiva assim que fizessem o último estágio de seu trabalho iniciado, caso houvessem dados a serem informados.Sobre o código descoberto, fizeram novo contato com o decifrador, pedindo a verificação de alguma outra utilização do mesmo na história ou ainda alguma referência que tivesse sido publicada a respeito. A resposta foi clara: não havia registro conhecido de sua utilização anteriormente!Último capítulo7. A exploração no Peru