Há muitos e muitos anos, ao norte da pirâmide de Amon, uma nativa deu a luz a um menino, o qual chamou Kedaf.
Esse menino cresceu em meio à miséria e como sua família era explorada, ele herdou essa sina.
Mas com 13 anos decidiu sair do fim de mundo onde moravam, palavras dele, e rejeitou as obrigações que os costumes de sua vila natal impunham, iniciando uma vida nômade no deserto.
Em pouco tempo se tornou um saqueador respeitado pelos bandidos que infestavam a região e não demorou muito para conseguir seguidores. Um líder de ladrões se tornou!
A primeira vida que tirou foi de um dos guardas reais que o identificou numa feira. Por ter ainda 16 anos e ser um jovem raquítico, o guarda imaginou que seria fácil prendê-lo. Mas o que Kedaf não tinha de força física ainda, possuía de astúcia e assim facilmente percebeu que estava sendo seguido, conduzindo seu caçador até um beco, onde sem piedade e na traição o apunhalou pelas costas.
Kedaf, não muito dado a sentimentos até esta idade, sentiu prazer em tirar esta vida. E passou de ladrão para assassino em pouco tempo.
Chegou aos 20 anos possuindo uma pequena fortuna, totalmente acumulada através de suas atividades ilícitas, mas ainda era analfabeto. Mesmo assim resolveu se aventurar pelo mundo e acabou escolhendo como primeiro destino a Inglaterra, onde pela primeira vez percebeu como o dinheiro facilmente lhe abria as portas. Lá se transformou de um dia para o outro num cavalheiro, tirando seus primeiros documentos e com posse deles pode começar um estudo particular. Em poucos meses sabia mais que seu mestre.
O gosto pelo crime não diminuíra, mas agora se tornara um passatempo, saciado quando retornava para o continente Africano, já que em pouco tempo percebeu que neste país de sangue azul em que vivia agora, mais civilizado, os que cuidavam da Lei também eram melhores preparados e neste momento tinha uma imagem para cuidar e não queria manchá-la por bobagens.
Todos o conheciam como príncipe Kedaf, que viera aumentar suas riquezas, vindo de uma tribo do deserto africano e na alta sociedade inglesa passou a ser respeitado, agora com 25 anos.
Mantinha ainda certo controle de vários grupos de saqueadores que deixara para trás, então em vez de perder dinheiro em suas extravagâncias, ia ficando cada vez mais rico. Aprendeu a investir grandes somas e em pouco tempo sua fortuna quase que dobrou.
Foi quando deixou de retornar para a África e cortou os laços com tudo de ilícito que praticava por lá.
E por cerca de cinco anos se aquietou, somente desfrutando de boas amizades conquistadas na Inglaterra. Nessa época já falava sua língua nativa, inglês e espanhol.
O gosto pela linguagem castelhana o levou a conhecer a fundo a cultura espanhola, o que adorou. Era um povo elétrico que ele passou a admirar.
E foi por causa deste contato cultural que acabou aos 35 anos desembarcando em solo chileno, precisamente no norte do Chile, onde literalmente ficou enfeitiçado por tudo que via ou tocava.
Aprofundou-se nos estudos culturais da região, incluindo nestes estudos a Colômbia e o Chile, comprou propriedades ainda longe de serem tombadas como patrimônios históricos locais ou da humanidade, onde tomou gosto pela exploração.
Viajava por dias sem se alimentar direito, movido pela simples emoção das descobertas que fazia. Acabou ficando fascinado por esta área e muito respeitado também pelos arqueólogos do país, até porque compartilhava suas descobertas com os grandes museus locais, antes de direcioná-los para outros museus internacionais.
Já não tinha tempo de pensar ou planejar crimes leves ou meros passatempos, para ele, assassinatos. Descobrira outra paixão! Mas seu verdadeiro eu retornaria a tona quando essa paixão acabou se tornando uma obsessão.
Na tradicional família chilena Cortez uma linda menininha nasceu, trazendo alegria onde a dor da perda recente ainda marcava os corações.Tinha a pele levemente morena e olhos esverdeados, com cabelos negros. Uma princesa, todos diziam!Ao contrário de Kedaf não conheceu a pobreza.Cresceu estudando nas melhores escolas, não se tornou uma adolescente rebelde como já estava se tornando comum, ao
Vanuzia tinha razão em amá-lo!Roi era, além de belo e formoso, o dono de um coração enorme, sempre disposto e pronto a ajudar os demais.Nascera no Peru no mesmo ano em que ela começara a engatinhar em terras chilenas.Não vinha de uma classe social definida e desde adolescente tomara gosto por se aventurar em expedições que ocorriam nas constantes escavações peruan
Levaram três semanas realizando inúmeros preparativos, antes de iniciarem a busca pelo primeiro quarto da pedra Hiphitusi.O primeiro passo foi descobrir onde iniciar a expedição.Reuniram todas as informações que cada um possuía e depois de dias de exaustivo estudo, onde cada um dos três entrou com seus conhecimentos específicos, montaram um enorme mapa que abrangia parte do Chile e do Peru, uma região da Colômbia e outra da Venezuela. Era uma área tão extensa que calcularam que poderia levar an
Kedaf era a "pedra no sapato" de Roi quanto ao seu relacionamento com Vanuzia.Quando eles pensavam em ficar um pouco a sós e falar sobre coisas diferentes do que a missão atual, ele surgia do nada com alguma nova ideia e o casal acabava por mudar os planos.Não era segredo que os dois se amavam para ninguém do grupo, que no momento era composto pelos três, sete carregadores e quatro seguranças armados. Conseguiram acalmar os ânimos exaltados da imprensa que queria a todo custo informações, prometendo uma coletiva assim que fizessem o último estágio de seu trabalho iniciado, caso houvessem dados a serem informados.Sobre o código descoberto, fizeram novo contato com o decifrador, pedindo a verificação de alguma outra utilização do mesmo na história ou ainda alguma referência que tivesse sido publicada a respeito. A resposta foi clara: não havia registro conhecido de sua utilização anteriormente! Dois dias depois o grupo já se encontrava novamente em outro trecho da mata fechada, muito mais próximo ainda de solo brasileiro, precisamente quase na fronteira com o Acre.Agora seguiam instruções de Kedaf quanto ao itinerário a seguir, pois ele passara somente o nome e a descrição do local no papel que entregara para Roi e Vanuzia. O caminho a ser seguido ele anotou em outra folha, que levava consigo.A palavra Mesfeqifse, traduzida a através do código Hiphitusi, significava "lardapedra", o que foi de encontro com as 7. A exploração no Peru
8. O Lar da Pedra
Apesar de tentarem utilizar alguns integrantes do grupo para iniciar os trabalhos dentro do lago, especialistas em mergulho tiveram que ser contratados quando começaram a escavar a parede de terra que circundava a grande pedra, pois não possuíam equipamento para essa ação específica e no primeiro dia de escavação descobriram algo fantástico.Atrás da grossa parede de terra existia outra feita de pedras e barro, e já não havia mais dúvidas de que encontraram um templo sob as águas. Com a chegada dos mergulhadores o trabalho ganhou um ritmo acelerado e em poucos dias toda a frente do templo estava à vista.
Nem Vanuzia ou Kedaf encontraram uma explicação plausível para a maneira como foi construído o Lar da Pedra.Desceram pendurados por cordas até o solo escorregadio e enquanto os demais construíam plataformas de madeira para se alcançar à parte externa, eles iniciaram uma detalhada pesquisa de campo, antes de adentrarem ao templo com a grande entrada convidativa.Chegaram à conclusão de que toda a construção fora planejada daquela forma desde o início, não sendo o templo coberto por cama