O sol já ia alto quando ele acordou.
Olhou em volta e somente a areia seca do deserto o cercava.
Por sorte encontrara um dia antes algumas árvores que geravam boas sombras, onde pode descansar um pouco. Só que o sono estava atrasado e dormira profundamente até a manhã quente do dia seguinte.
Estava exausto!
Procurou na mochila algo para comer e só achou um pedaço de pão velho. Teria que servir, pois não tinha outra opção.
Precisava encontrar algum lugar onde existisse comida ou estaria morto em poucos dias. A água do cantil indicava também estar no fim.
Um leve desespero tomou conta dele, mas nada comparado ao que sentira antes, ao iniciar esta tarefa que aceitara de bom grado.
Foram meses antes e não havia sinal de arrependimento no semblante do agora homem do deserto. Somente se notava nele uma determinação incrível, digna dos grandes conquistadores do passado.
E não é que esse era o objetivo de tudo pelo que estava passando!
Só que o prêmio não seria nenhum tipo de riqueza interminável. Se alcançasse seu objetivo receberia um grande amor como troféu. Seu único amor, sua maior motivação.
Após preparar o camelo para continuar seu caminho rumo ao desconhecido, pôs-se a estudar um grande mapa que trazia num canudo preso aos equipamentos. Pelo mapa estava perto, mas o deserto era ardiloso ao extremo e perdera a última noite dormindo enquanto deveria estar se orientando pelas estrelas.
Este mapa fora de certa forma sua primeira conquista, quando aceitara o desafio, se é mesmo que se podia chamar assim sua longa tarefa. Foi mais uma imposição louca de um ser mais louco ainda: Kedaf!
Precisava continuar a qualquer custo e a imagem traiçoeira de Kedaf o impulsionou para frente, abaixo do sol escaldante.
E assim o homem do deserto sumiu de vista.
Há muitos e muitos anos, ao norte da pirâmide de Amon, uma nativa deu a luz a um menino, o qual chamou Kedaf.Esse menino cresceu em meio à miséria e como sua família era explorada, ele herdou essa sina.Mas com 13 anos decidiu sair do fim de mundo onde moravam, palavras dele, e rejeitou as obrigações que os costumes de sua vila natal impunham, iniciando uma vida nômade no deserto.Em pouc
Na tradicional família chilena Cortez uma linda menininha nasceu, trazendo alegria onde a dor da perda recente ainda marcava os corações.Tinha a pele levemente morena e olhos esverdeados, com cabelos negros. Uma princesa, todos diziam!Ao contrário de Kedaf não conheceu a pobreza.Cresceu estudando nas melhores escolas, não se tornou uma adolescente rebelde como já estava se tornando comum, ao
Vanuzia tinha razão em amá-lo!Roi era, além de belo e formoso, o dono de um coração enorme, sempre disposto e pronto a ajudar os demais.Nascera no Peru no mesmo ano em que ela começara a engatinhar em terras chilenas.Não vinha de uma classe social definida e desde adolescente tomara gosto por se aventurar em expedições que ocorriam nas constantes escavações peruan
Levaram três semanas realizando inúmeros preparativos, antes de iniciarem a busca pelo primeiro quarto da pedra Hiphitusi.O primeiro passo foi descobrir onde iniciar a expedição.Reuniram todas as informações que cada um possuía e depois de dias de exaustivo estudo, onde cada um dos três entrou com seus conhecimentos específicos, montaram um enorme mapa que abrangia parte do Chile e do Peru, uma região da Colômbia e outra da Venezuela. Era uma área tão extensa que calcularam que poderia levar an
Kedaf era a "pedra no sapato" de Roi quanto ao seu relacionamento com Vanuzia.Quando eles pensavam em ficar um pouco a sós e falar sobre coisas diferentes do que a missão atual, ele surgia do nada com alguma nova ideia e o casal acabava por mudar os planos.Não era segredo que os dois se amavam para ninguém do grupo, que no momento era composto pelos três, sete carregadores e quatro seguranças armados.
Conseguiram acalmar os ânimos exaltados da imprensa que queria a todo custo informações, prometendo uma coletiva assim que fizessem o último estágio de seu trabalho iniciado, caso houvessem dados a serem informados.Sobre o código descoberto, fizeram novo contato com o decifrador, pedindo a verificação de alguma outra utilização do mesmo na história ou ainda alguma referência que tivesse sido publicada a respeito. A resposta foi clara: não havia registro conhecido de sua utilização anteriormente!
Dois dias depois o grupo já se encontrava novamente em outro trecho da mata fechada, muito mais próximo ainda de solo brasileiro, precisamente quase na fronteira com o Acre.Agora seguiam instruções de Kedaf quanto ao itinerário a seguir, pois ele passara somente o nome e a descrição do local no papel que entregara para Roi e Vanuzia. O caminho a ser seguido ele anotou em outra folha, que levava consigo.A palavra Mesfeqifse, traduzida a através do código Hiphitusi, significava "lardapedra", o que foi de encontro com as