Os líderes adentraram imediatamente em Hiphitusi, deixando para trás um longo e rico trabalho de exploração submarina para o restante da tripulação.
Toda a volta do templo estava repleta de diversos barcos, pequenos e de médio porte, antigos e modernos, um submarino, até uma nau conhecida como Knorr da época dos Vikings jazia intacta ali.
Obviamente que a maioria destas embarcações se encontrava destruída, formando um grande cemitério, mas a sua exploração era obrigatória,
Após entrarem, um grande salão submerso se abriu a frente deles.Vanuzia acariciou uma das paredes lisas, sem emendas, aparentemente de um tom cinza, abaixo da camada de algas que a tornava a distância um pouco esverdeada.Após olharem com mais atenção encontraram num dos cantos próximos ao teto, na parede à frente, uma pequena saliência em forma de quadrado. Este local estava mais limpo, como se aparentemente não estivesse por tantos anos exposto às ações do tempo, e no seu centro havia um bot&
Será que vamos morrer aqui?A pergunta de Vanuzia se repetia na mente de Roi, que pela centésima vez tentava encontrar uma maneira de acionar os botões dos cantos superiores, apesar dela lhe dizer sempre que não adiantaria, pois nem mesmo os botões de baixo acendiam mais, estava claro como a água que o mecanismo já cumprira o seu papel, agora era esperar...— Esperar o que, meu amor! Sempre pensei em morrer junto a alguém que eu amo, mas não foi dessa forma que eu sonhei. Imaginei-me velhinho, sentado contigo numa
Ao olhar em torno percebeu que não havia mais água e se sentiu desprotegido, pois estava nu. Continuava a avançar dentro da luz que agora tomava conta de tudo e provavelmente era essa mesma luz que o conduzia. Deixou-se levar com a mente limpa.Sentiu-se girando até ficar na posição vertical e suavemente foi descendo até uma plataforma circular que avistou abaixo. Encostou os pés num piso macio, feito um tapete, mas ainda era mantido numa posição ereta pela estranha força que o conduzira até ali.Agu
Quem é você?A pergunta de Kedaf ecoou pelo salão e em poucos segundos desapareceu. A resposta demorou mais tempo que ele achava que necessitaria, caso ela fosse simples. E quando veio, foi da mesma forma enigmática de antes e dentro de sua mente.Eu sou o que veio antes...E depois de mais um longo tempo a voz continuou. Mal conseguia ficar com os olhos abertos, achou que dormira por horas seguidas. Do seu lado, tombado, Roi ressonava com dificuldade.Estavam agora de costas para a saída e revezavam o restante do oxigênio que restava em seu cilindro. O de Roi já acabara há um bom tempo e o desânimo cobrira o seu rosto, dando-lhe um aspecto de alguém derrotado.Ela queria lhe dizer que não fora sua culpa, que ele fizera todo o possível, que estavam nisso juntos, e mais um milhão de coisas. Mas também estava fraca demais, consumida pe29. A esperança dourada
Vanuzia abriu a sacola e mostrou a Roi o seu conteúdo. Ele a olhou incrédulo e conseguiu perguntar:— Como?Ela não se deu ao trabalho de responder. Retirou as partes que formavam a pedra Hiphitusi e começou a colocá-las no centro da parede. Não conseguiu, pois elas não cabiam, faltava espaço para as quatro juntas. Em vez de entrar em desespero, o que seria muito comum dada à circunstância, procurou por algum detalhe em sua mente. O sol já ia alto quando ele acordou.Olhou em volta e somente a areia seca do deserto o cercava.Por sorte encontrara um dia antes algumas árvores que geravam boas sombras, onde pode descansar um pouco. Só que o sono estava atrasado e dormira profundamente até a manhã quente do dia seguinte.Estava exausto! Há muitos e muitos anos, ao norte da pirâmide de Amon, uma nativa deu a luz a um menino, o qual chamou Kedaf.Esse menino cresceu em meio à miséria e como sua família era explorada, ele herdou essa sina.Mas com 13 anos decidiu sair do fim de mundo onde moravam, palavras dele, e rejeitou as obrigações que os costumes de sua vila natal impunham, iniciando uma vida nômade no deserto.Em pouc1. Um homem no deserto
2. Um louco chamado Kedaf