Retornamos à cidade das bruxas, rebaixando a cabeça ao perceber os olhares arregalados de todos, as marcas em nossos corpos testemunhando a intensidade da noite anterior. Era evidente que tivemos uma experiência selvagem e inesquecível.- Ora, isso explica sua paixão pelo Alfa - comentou Elara ao se aproximar, provocando-me com um sorriso malicioso. Meus olhos lançaram um olhar cortante em sua direção.- Eu não sou apaix... - Antes que eu pudesse contestar, o Alfa ergueu a mão, silenciando-me enquanto dirigia seu olhar para a anciã.- Achei que indelicadeza fosse algo exclusivo dos lobos, não das bruxas - rosnou impaciente. - Precisamos discutir alguns assuntos. Estamos prestes a partir.- Não foi minha intenção - desculpou-se a bruxa com um sorriso tímido, dirigindo-se a mim. - Vocês vão embora? Sophie ainda não concluiu seu treinamento. Ela precisa passar pela validação dos ancestrais na tempestade.- Validação? - indaguei, dando um passo à frente. - Mais testes?- Sim, minha crian
- Denver era determinado, assumia o risco de suas escolhas... Compreendo seus motivos, só não consigo aceitar sua partida! - Selene me fitou, seus olhos transbordando tristeza. - Mas ontem, quando pude vê-lo, ele estava leve, feliz, no amparo dos ancestrais que foram benevolentes. Isto acalma meu coração!- Gostaria de dizer o mesmo do meu pai... - Abaixei a cabeça com os olhos marejados.- Sei que dará um jeito de salvá-lo. - A jovem aprendiz sorriu, tentando me confortar, surpreendendo-me com sua atitude. - Já alimentou sua loba? Precisamos aproveitar que a corrente da cachoeira neste horário se encontra mais forte!- Por quê? - Olhei curiosa.- Precisamos treinar com uma força da natureza em sua plena intensidade, nada melhor do que o fluxo da água agitada. - Selene se levantou de salto, puxando-me consigo, conduzindo-nos até o pé de uma enorme cachoeira violenta.- Está realmente forte... - Engoli em seco olhando. - O que faremos?- Está vendo aquelas pedras embaixo da queda? - El
- Visitei o túmulo dele inúmeras vezes - Caleb rosnou em um sussurro sombrio. - Nos separamos abruptamente; eu era o Beta, e ele, o Alfa que escolheu uma bruxa em vez de sua alcateia. Até mesmo sua Luna foi rejeitada e trocada... Eu assumi o lugar dele como Alfa, tornando a destinada minha companheira leal!O lobo deu alguns passos à frente, e minhas mãos se encheram de magia, forçando-o a parar.- Mas graças ao seu maldito Alfa, ela foi arrancada de mim brutalmente! - Rugindo, ele incitou os lobos ao nosso redor a mostrar suas presas.- Então, você quer retribuir o favor me matando como vingança? - Rosnei, rindo entre os dentes afiados.- Não! - Caleb falou, sorrindo friamente. Algo nele me deu arrepios. - Não vou matar minha sobrinha; você tem meu sangue... Vim te alertar e fazer uma oferta!- Fale logo! - Revirei os olhos, farejando o ar. Senti que meu Alfa se aproximava, todos ao redor fizeram o mesmo, e notei o medo em seus olhos; Harvey queria que sua presença fosse sentida.- N
Harvey avançou com uma intensidade irresistível, a urgência entre nós quase tangível. Soltei um suspiro, prendendo seu rosto entre minhas mãos enquanto mordia levemente seus lábios inferiores. Em um movimento fluido, ele me ergueu do chão, envolvendo sua outra mão em minha perna, mantendo-me firmemente contra a parede. Suas investidas se intensificaram, suas mãos apertando minha bunda com firmeza, revelando seu domínio inabalável. Murmurei em seu ouvido entre gemidos:- Ainda o odeio! - Confessei, entregando-me ao momento.- Posso conviver com isso - Ele rosnou, virando a cabeça para morder meu ouvido.Desprendendo-me da parede, o Alfa me lançou na cama, ficando por trás e segurando meus glúteos, ajustando minha posição antes de penetrar sem piedade. Rosnei alto, agarrando as cobertas, enquanto ele se aproximava sussurrando:- Diga quantas vezes quiser que me odeia. Eventualmente, acreditará nisso! - Harvey provocou, revelando sua compreensão das minhas emoções.Mesmo odiando-o, eu re
- MALDITOS! - Rosnei, lançando um poderoso feitiço contra a cachoeira, que congelou como se tivesse pausado o tempo. - Como?Abrindo os olhos, aproximei-me das gotas de água, mas, num instante, tudo voltou ao normal, arrastando-me com a força da correnteza. Saí furiosa do rio, naquele dia sem avistar mais o Alfa. A noite estava agitada com ventos fortes, indícios de que o tornado se aproximava. Elara nos alertou para encontrá-la no topo da pequena montanha antes do nascer do sol.De acordo com suas orientações, estávamos lá. Selene segurou minhas mãos com firmeza, seu medo e pavor refletindo-se em seu aperto. A magia era intensa, criando uma pressão quase insuportável ao nosso redor. Nem todos conseguiam permanecer ali para assistir; até o vento lançava algumas bruxas para longe!Procurei com os olhos até encontrá-lo, majestoso em sua forma lupina, encarando-me. Fiquei presa em seu olhar até que Selene me puxasse para seguir.- Jovens bruxas - começou Elara. - Os ancestrais as abençoa
Afastando-me ligeiramente, fixei meus olhos nele, absorvendo a beleza única que deixava qualquer um sem fôlego. Acariciei suavemente o contorno de seus lábios, percorrendo suas bochechas até encontrar seus olhos, suspirando involuntariamente.— Você é um homem extraordinariamente belo. — Confessei com um tom melancólico. — Harvey, ainda há amor por Agatha em seu coração?Ele estreitou os olhos, semicerrando-os, respondendo com dando de ombros.— Isso importa? — Indagou.— Importa para mim! — Rosnei baixinho, soltando seu rosto.— Por quê? — O Alfa arqueou as sobrancelhas, encarando-me de frente.— Se você a ama, isso significa que nunca poderá me amar... — Baixei a cabeça. — E ser sua Luna será apenas um título vazio.— O amor dos humanos se limita a uma única pessoa? — Ele ergueu meu queixo, fitando-me intensamente. — Ser a Luna de um Alfa é a maior honra que uma loba pode receber. Deveria ser mais grata.Rosnando, Harvey capturou meus lábios abruptamente, interrompendo qualquer apro
Segurando minhas mãos entre as suas, um feixe grande luz clareou o quarto aliviando minha tristeza; era estranho.— Tem certeza que ele não a ama? — A deidade sorria gentil. — O Alfa... É o lobo mais desafiador de todas as eras, sua maldição vai contra a compreensão de qualquer Deus existente, até mesmo os ancestrais não sabem explicar... Talvez, Hibrida, sua maneira de a amar seja diferente!— O vi com a Agatha, ele ainda a ama... — Murmurei baixinho.— Para os lobos, o amor é diferente minha criança, não é apagado com a morte... — A Deusa ponderou. — Mas, isto não significa que seu coração é fechado para novos amores!— Eu não compreendo — A encarei esperançosa.— É claro que não, tudo aconteceu muito rápido como você. — Ela sorriu, sua orelha se voltou para trás. — Há uma razão para o destino de vocês serem enlaçados, não desista disto!— Qual a razão? — Falei ao ar, vendo que ela havia desaparecido.O Alfa estava parado na porta de braços cruzados, seus olhos semicerrados de forma
Retornamos à nossa alcateia, e ao nos aproximarmos, o Beta veio ao nosso encontro. Seu semblante carregava uma exaustão nítida, como se tivesse emagrecido significativamente nos últimos tempos, e algo no ar pesava. Preocupada, encarei-o até que Victória se aproximou, avaliando-me com desdém.— A quanto tempo, Híbrida! — ela disse, medindo-me com indiferença.— Olá, Victória — respondi, mantendo a cabeça erguida. — Por favor, traga o Conan; estou morrendo de saudades do meu pequeno.Ao olhar para o Alfa, que assentia, Victória se retirou para buscar meu sobrinho. O Alfa rosnou impaciente.— Você está péssimo, Beta — Ele esbravejou. — Vamos, me atualize!— Desde o nosso confronto com os Lua Crescentes, as investidas deles contra a alcateia e os caçadores têm sido constantes — explicou Oliver, rosnando irritado. — Tivemos algumas baixas; estão usando magia sombria.— Magia sombria? — interferi na conversa. — Isso significa...— Que a bruxa sombria está apoiando-os! — rugiu o Rei Lycan, e