— Fiquem em alerta, não estamos sozinhos. — Rosnou o alfa, farejando o entorno.Fiz o mesmo, olhando para o céu e avistando o vulto da bruxa sombria, cuja risada ecoou logo depois.— Olha só, visitas em nossa ilustre casa... — A bruxa sombria falou divertida, invadindo o ambiente com sua escuridão. Seus olhos opacos estavam ainda mais drenados, a pele mais deteriorada, com veias escuras saltando do pescoço.— Você está péssima, bruxa! — Provocou o rei Lycan.— Lobo amaldiçoado, nunca estive melhor... E seu filho, como vai? Ah, sim, tornou-se um fantoche de nosso rei! — Ela gargalhou, provocando um rosnado alto de minha parte, exibindo minhas presas. — Ora, ora, Luna... Se acalme, logo você se juntará a nós!— O que quer dizer com isso? — Brandou o Alfa.— Como pode ver, minha casca não suporta mais meus poderes, preciso de uma nova. — A bruxa sombria se divertia. — E agora que o rei Sombra conseguiu um brinquedo mais poderoso que você, hibrida, posso usá-la como bem entender!— Só por
POV: HARVEYNos aproximamos da bruxa, e Sophie encontrava-se quase desacordada; emitimos um rugido ensurdecedor.— Fera, não a machuque! — Alertei a criatura, enfatizando a importância de não tocar em minha Luna.— Não tenho interesse em matá-la, mas a bruxa... Ah, com ela vamos nos divertir! — Rugiu a fera em minha mente, ansiosa.Na nossa forma de lobisomem, éramos possuídos pelo demônio feroz, sedento por sangue e guerra. A bruxa sombria estremeceu sutilmente, convocando diversas criaturas das trevas para nos atacar, numa tentativa desesperada de impedir nosso avanço em direção a ela!— Detenham-nos! Preciso de tempo com a Híbrida! — Gritou a bruxa sombria.— Nem pense nisso! — Brandei, saltando sobre as criaturas e parando diante da loba, que lutava para não desmaiar completamente.— Alfa... — Sophie balbuciou com dificuldade.— Não se preocupe, iremos protegê-la! — Apesar do misto de vozes, ela sorriu ao perceber que a Fera e eu trabalhávamos em conjunto.— Se quiser minha compan
POV: SOPHIELutava para manter os olhos abertos enquanto observava a criatura sinistra erguer-se no ar, voando e planando com o Alfa em seus braços. Mesmo em sua forma feral, meu companheiro parecia diminuto diante da imponência da criatura alada que o sustentava no ar. Meus olhos pesavam, e os fechei por um momento. De repente, um estrondo ensurdecedor fez o chão tremer. Ao abri-los novamente, testemunhei o rei Lycan cambalear e falar com dificuldade, dirigindo-se à bruxa.— Precisa se levantar, Hibrida... — uma voz ressoou através da corrente de vento. — Ele não suportará por muito tempo!— Harvey... — sussurrei, tentando erguer meu corpo. Senti a magia rodopiar dos pés à cabeça, acariciando-me de maneira graciosa e dissipando um pouco da sonolência que me afligia.O rugido do Alfa foi estrondoso, seguido por um silêncio que pareceu congelar tudo ao redor. O cheiro de ferrugem tornou-se quase palpável no ar. Virei-me na direção dele, surpreendendo-me ao vê-lo sorrir tão encantador q
Ele lançou o lobo prateado em minha direção, e eu o segurei firme, entoando magia para manter nossos corpos no lugar. Mãos sombrias emergiam da fenda, agarrando as patas da fera e puxando com força; ele rugia, tentando resistir. Harvey agarrou meus braços, ainda com os olhos fechados:— Minha essência... a fera! — Desmaiou novamente, seu fio de vida quase transparente podia ser visto como uma linha, conectando-se à fera.— Eu entendi, alfa, eu entendi... — Beijei sua testa, soltando-o e permitindo que o buraco me puxasse, sentindo a força da fenda.A fera me segurou com força, agarrando meus pulsos.— Você está louca, Hibrida? — Brandou a fera — Será consumida pela escuridão assim que passar pela fenda.Sorri para a criatura, que arregalou os olhos em choque.— Eu vou salvar vocês dois, fecharei a fenda e trarei Nyxara para ficar ao seu lado... Agora eu entendo — Suspirei sorrindo — Você nunca foi a maldição; era a essência do alfa, veio como guardião, mas as sombras o corromperam ant
Abri os olhos e observei o cenário ao redor: estávamos em um deslumbrante jardim diante de um lago repleto de peixes, embalados por canções antigas que permeavam o ambiente. O líder da alcateia estava de pé, estendendo as mãos para me auxiliar a levantar.— Onde estamos? — indaguei, arqueando as sobrancelhas, perplexa.— Creio que tenhamos adentrado os pós vida dos ancestrais... — ele respondeu, examinando o entorno onde apenas as melodias ecoavam. — Alguém trouxe nossas almas para cá!— Tem razão, rei Lycan, fui eu quem os convocou! — Voltamo-nos na direção da voz que ecoava atrás de nós; era Phillipa, que sorria gentilmente. — Filha.Ela se aproximou para me abraçar, mas dei um passo para trás, ficando atrás do alfa, que torceu o nariz e rosnou em direção à minha mãe.— Perdão... Eu não deveria... — sussurrou Phillipa.— Por que nos trouxe aqui? — inquiriu Harvey com firmeza, sua voz cortante.— Calma, Lycan. Posso assegurar que minhas intenções são genuínas. — Phillipa suspirou, vo
"Com os grilhões da lua como testemunha e o rugido da matilha como guia, entrelaço os destinos do lobo e da Succubus. Selamento de sombras, teço o véu mágico que protegerá a fera, onde a mente do alfa e a essência da Succubus se fundirão em um pacto indissolúvel. Que o véu erguido seja um escudo impenetrável, onde nem as sombras da tentação ousarão perturbar a harmonia lupina. Assim seja, sob a luz da lua, selado na eternidade." Anos se passaram desde a última batalha contra a bruxa sombria, um lapso temporal que parecia uma eternidade sem vislumbrar meu amado sobrinho. Encarei o céu tingido de tons alaranjados pelo pôr do sol, anunciando a iminência da noite, que se desenhava para dar lugar à majestade lunar. Um suspiro escapou de meus lábios enquanto fechava os olhos às margens do rio, entoando uma prece de proteção aos ancestrais, suplicando que resguardassem meu descendente por onde quer que sua jornada o conduzisse. Desejava que ele encontrasse paz e amor, e ansiava por um dia em
A respiração dela estava pesada devido ao ar gélido das ruas do Colorado, seus pulmões ardiam a cada inspiração profunda, enquanto buscava desesperadamente ar em sua incansável fuga. Ao longe, ela captou o som ameaçador de um assovio, acompanhado de risadas cruéis e uma promessa carregada de ódio.- Você não pode escapar de nós. Vamos caçá-la até o inferno, e você pagará por sua traição!", declarou um dos perseguidores.- Malditos! - Agatha sussurrou para si mesma, exausta. - Por que não me deixam em paz?Dobrando a esquina e adentrando um beco escuro, ela acreditou ter encontrado um refúgio temporário. No entanto, antes que pudesse recuperar o fôlego, passos pesados se aproximaram. Um vulto na escuridão emergiu na forma de um lobo, com presas à mostra, anunciando claramente o perigo iminente.- Por favor, deixem-me em paz... Prometo que não revelarei nada a ninguém! - Suplicou Agatha à fera diante dela.- Ah, minha querida, não podemos deixá-la escapar. Você carrega nossa vitória co
Após os tristes dias passados, assumi a dolorosa tarefa de velar o corpo da minha amada irmã e sepultá-la ao lado dos nossos pais. O sentimento de abandono me envolvia enquanto encarava a terra recém-sobreposta, como se todos aqueles que eu amava tivessem me virado as costas. Um resmungo de protesto irrompeu do bebê em meu colo, arrancando um suspiro cansado dos meus lábios.- Certo, parece que todos me deixaram, exceto você, Conan...- Murmurei com um sorriso terno dirigido ao pequeno ser agitado em minhas mãos. Logo depois, lágrimas inundaram meus olhos e uma única gota teimosa escorreu pelo meu rosto. "Sim, eu sei", continuei enquanto recolhia o bebê e o colocava com cuidado no canguru em frente ao meu peito. "Também sinto falta dela, mas agora somos apenas eu e você, meu valente."Um sorriso gentil pairou nos meus lábios enquanto acariciava a maciez da bochecha do bebê, balançando-o suavemente para acalmar seus ânimos inquietos. Enquanto o fazia, eu cantarolava uma melodia suave, u