Depois que o sócio saiu apressado da sala, Simon olhou para a pasta em suas mãos perguntando-se porque Gabriel marcara uma reunião na casa do cliente, quem era Jasmine e porque precisava ser avisado para ser gentil. Era sério e reservado, às vezes indelicado quando queria se livrar de alguém, mas sabia encantar facilmente as mulheres.~*~Colocou o fone no gancho e ficou parada em frente ao telefone da sala, os lábios comprimidos, a notícia de Simon, que jantaria fora, causando-lhe mal estar e desassossego. O que esperava? Que Simon segurasse sua libido por alguns dias? Pelo menos ele não levaria a nova vítima para casa, consolou-se. Achava desagradável dar a última refeição antes do abate. E a maioria nem comia mesmo, fazendo de tudo para manter seus corpos magros. Pobres mulheres, não conseguiam enxergar que Simon só se importava com o que tinham entre as pernas magrelas.Corou ao recordar a noite anterior, as mãos unidas acariciando seu corpo. Logo esfriou ao pensar que nessa noite
Paulina despertou na manhã seguinte com uma sensação gostosa de aconchego. Quando as lembranças da noite anterior a invadiram e, principalmente, se deu conta do motivo, o rubor costumeiro aqueceu sua face. E mesmo assim, com a vergonha se alastrando por sua pele, sorriu, mergulhando o rosto no travesseiro.Céus, Simon tinha toque e beijos mágicos. No tempo que demoraram para chegar à suíte – longo, devido as inúmeras e alucinantes paradas –, ele cumprira sua palavra. Estivera tão mole por conta dos espasmos de prazer que não mostrara a menor resistência quando ele a jogou na cama e a beijou em sua intimidade.Antes, só ao ouvir a palavra “oral” com segundas intenções, lhe revirava o estômago em puro nojo; agora, recordando cada sensação abrasadora, lhe esquentava o baixo ventre e causava arrepios, pedindo mais. Literalmente, se derretera sob o domínio dos lábios e dedos de Simon Salvatore. No entanto, ela tinha a impressão que estavam indo longe demais e muito rápido. Há dois dias at
Seu estado em duas palavras: Entediado e frustrado.Simon não sabia qual era o mais forte, ficavam se revezando, enquanto escutava a mãe e esperava Paulina aparecer. Depois de vestir uma calça moletom cinza e uma camiseta branca com o desenho de dragão nas costas, o Salvatore foi para a sala, no exato momento em que Mirela desistia de esperar e entrava no apartamento.Em vez de falar a que veio, sua mãe insistiu que esperarem Paulina acordar – aparentemente, o sono da Perez merecia mais respeito que o dele – e o escoltou até o sofá, recomeçando a tortura dos fins de semana em que cometia o erro de visitar os pais. O monologo “filho, conheço uma moça... blá, blá, blá”. Foi fácil afastar sua mente da conversa: mergulhando nas lembranças do corpo de Paulina contra o seu e sua entrega inocente, bem como seus gemidos e seu sabor...Aflito com o rumo de seus pensamentos esfregou as mãos pelo rosto. Estava ferrado.— Está passando mal, filho?— Sim... — respondeu, enfrentando o olhar preocup
— Desculpe-me... eu... — Agitada, ela recolocou o copo na mesa de centro para, com mãos trêmulas, secar a boca, mantendo a vista nos respingos no tapete da sala ao invés da peça na mão da Salvatore. — É só uma calcinha Perez, não uma assombração — zombou Simon dirigindo um olhar entediado para a mãe. — Tive um pouco de diversão ontem à noite, com uma mulher que conheci em uma festa. Parece que acabei ficando com um souvenir... — Você trouxe alguém aqui em um momento em que Paulina precisa de apoio e tranquilidade? — Mirela estreitou os olhos. — O apartamento é meu! — Simon respondeu, rude. — Não virarei celibatário só porque a empregada é. — Oh céus, quanta insensibilidade, não acha Lina? — Mirela questionou para a governanta, que não tirava os olhos do tapete. A Salvatore voltou a sentar entre eles e pegou as mãos da Perez com as suas. O que fez a calcinha ser depositada nas mãos de Paulina, que imediatamente ficou rubra de vergonha. — Oh, desculpe-me, filha! Você não tem que t
Com os conselhos de Thiago, Paulina comprou peças de roupas adequadas e trocou a que usava por uma legging preta e regata lilás, simples e confortável.Teve que retirar os tênis antes de receber as primeiras instruções do Padilha que, atencioso, ensinou como colocar a bandagem nas mãos e calçar as luvas que a academia disponibilizava. Em questão de minutos, se flagrou gostando da aula. Sempre com bom humor, mas firme, ele preparou Paulina com exercícios abdominais, ensinou a postura, o posicionamento dos pés, e o encaixe dos golpes. Com as mãos protegidas por equipamentos com espuma, ele estimulava a Perez a desferir socos e chutes, aumentando a intensidade pouco a pouco. E assim eles seguiram: com paradas para hidratar o corpo; correção da postura e movimentos; mais socos e chutes.Paulina descarregou toda energia represada em cada golpe, gostando tanto – do que pensara que odiaria –, ao ponto de lamentar em voz alta e sem receio quando Thiago deu a aula por terminada.— É um bom sin
A Perez escolheu um vestido de linho branco, com desenhos de lírios decorando a frente, decote redondo, manga curta e terminando acima dos joelhos. Leve como uma comemoração ao ar livre exigia. Calçou sandália rasteirinha e deixou o cabelo solto. Encontrou Simon na sala, vestindo bermuda de sarja, camiseta de manga curta preta com estampa tribal prata nas laterais e um par de chinelos de dedo.Embora temerosa, ela o acompanhou até o estacionamento e entrou no sedan preto de Simon, unindo as mãos no colo e apertando-as com aflição.— Paulina... É só nossa família, não há o que temer — ele a tranquilizou, conduzindo o carro para fora do prédio.— Você não entende...— Temos tempo para uma explicação — comentou, visto que levava três horas para chegar ao condomínio em que os Salvatore moravam.— Meu pai nunca aprovou o namoro, ele vai...— Paulina, quantos anos você tem? — Simon perguntou, interrompendo o lamento da Perez.— Vinte e Quatro — Paulina o respondeu, sem entender o motivo da
Depois de cumprimentar o primo e garantir que estava bem, Paulina parou em frente à Mamoru, que por sua vez a olhou com insegurança. Sorriu, a outra correspondeu e, sem qualquer palavra, se abraçaram.— Desculpe-me! — Tábata pediu baixinho, ainda a apertando.— Eu que peço desculpas! — retrucou com voz embargada. — Você tinha razão.— Eu não tinha o direito de interferir.— Você é minha amiga. O que quiser dizer pode fazê-lo sem medo. — Paulina declarou, afastando-se para olhá-la nos olhos e garantir: — Mesmo que eu não concorde, juro que escutarei, e não voltarei a tratá-la daquele jeito.Voltaram a se abraçar emocionadas.— Perdi alguma coisa? — Guilherme perguntou, embalando uma curiosa Lean, que olhava tudo ao seu redor, uma mão rechonchuda agarrada à camiseta do Perez.— Não. Está tudo bem agora. — Tábata respondeu sorrindo.Paulina passou as horas seguintes conversando com Tábata, colocando a conversa em dia, embora ocultasse tudo a respeito de sua nova dinâmica com o Salvatore.
O caminho de volta tinha sido angustiante para a Perez. O dia começara promissor, mas a revelação sobre Simon e Iolanda, a suspeita de Paola e ver Cherry na casa dos Muller com Nathaniel ao seu lado, tinha encoberto toda a alegria que tivera. Desde seu comentário, Simon não falara mais nada, e ela tampouco puxara assunto.Ao chegarem ao apartamento, o Salvatore foi para o escritório e Paulina preparou o jantar, levando para ele por saber que não adiantaria chama-lo para a sala de jantar. Como ele recomendara, ela levou algumas de suas roupas e sapatos para o closet dele, arrumando tudo em um canto afastado e longe da porta, para o caso de Mirela entrar ali.Terminava de arrumar, quando Simon a surpreendeu abraçando-a por trás e depositando um beijo em seu ombro. Virou o rosto para trás e ele segurou seu queixo, beijando-a lentamente. As mãos em sua cintura puxaram o vestido para cima, se introduzindo por baixo do pano para acariciar sua pele devagar.— Espere...! — Ofegante, Paulina s