De banho tomado, Simon voltou para o quarto e parou junto à cama para observar o corpo adormecido sobre ela. O desejo se alastrou por seu corpo como fogo, o mesmo desejo que o percorrera quando acompanhou Paulina na descoberta do seu prazer. Definitivamente, era insano. Jamais deveria ter proposto as aulas, principalmente aquela aula. Tocar Paulina fora maravilhoso. Quando soltara suas mãos das dela, para que ela alcançasse o clímax por conta própria não conseguira se afastar por completo, acariciando a pele de seu ventre e suas coxas com a ânsia que seu membro queria dar ao sexo úmido e convidativo da Perez. Quase gozara como um adolescente contra o travesseiro, que utilizara para não espanta-la caso tivesse uma ereção, quando ela gritara de prazer em seu ouvido. Tivera de cuidar dessa excitação toda embaixo de água fria e com o incentivo de suas mãos, embora em sua mente fossem às mãos de Paulina e sua boquinha movendo-se para cima e para baixo de seu pênis. Só de lembrar o membro
Na sala de Gabriel, Simon conversava sobre um possível novo cliente, quando Cherry entrou afoita na sala, sem bater ou se anunciar.— Senhor, Tamara e o ex-marido estão discutindo no setor de criação.Gabriel levantou de imediato e seguiu apressado para o elevador, só se dando conta de não estar sozinho, quando Simon selecionou o décimo andar antes que ele o fizesse. A subida rápida e a preocupação com a irmã, evitou que questionasse o sócio.Quando chegaram ao andar, foram recebidos por olhares ansiosos, preocupados e chocados com o que acontecia na sala de Tamara. Ao contrário do nono andar, em que ficavam as áreas de planejamento, presidência e diretória, com exceção das salas de vídeo e som, as divisões do setor de criação eram feitas com paredes de vidro, por isso a discussão da Saadi com o ex era assistida por todos. Não dava para ouvir o que diziam, mas pelo que viam não parecia agradável. Pierre estava com um sorriso repulsivo, dizendo algo que colocara uma máscara de ódio e l
Depois que o sócio saiu apressado da sala, Simon olhou para a pasta em suas mãos perguntando-se porque Gabriel marcara uma reunião na casa do cliente, quem era Jasmine e porque precisava ser avisado para ser gentil. Era sério e reservado, às vezes indelicado quando queria se livrar de alguém, mas sabia encantar facilmente as mulheres.~*~Colocou o fone no gancho e ficou parada em frente ao telefone da sala, os lábios comprimidos, a notícia de Simon, que jantaria fora, causando-lhe mal estar e desassossego. O que esperava? Que Simon segurasse sua libido por alguns dias? Pelo menos ele não levaria a nova vítima para casa, consolou-se. Achava desagradável dar a última refeição antes do abate. E a maioria nem comia mesmo, fazendo de tudo para manter seus corpos magros. Pobres mulheres, não conseguiam enxergar que Simon só se importava com o que tinham entre as pernas magrelas.Corou ao recordar a noite anterior, as mãos unidas acariciando seu corpo. Logo esfriou ao pensar que nessa noite
Paulina despertou na manhã seguinte com uma sensação gostosa de aconchego. Quando as lembranças da noite anterior a invadiram e, principalmente, se deu conta do motivo, o rubor costumeiro aqueceu sua face. E mesmo assim, com a vergonha se alastrando por sua pele, sorriu, mergulhando o rosto no travesseiro.Céus, Simon tinha toque e beijos mágicos. No tempo que demoraram para chegar à suíte – longo, devido as inúmeras e alucinantes paradas –, ele cumprira sua palavra. Estivera tão mole por conta dos espasmos de prazer que não mostrara a menor resistência quando ele a jogou na cama e a beijou em sua intimidade.Antes, só ao ouvir a palavra “oral” com segundas intenções, lhe revirava o estômago em puro nojo; agora, recordando cada sensação abrasadora, lhe esquentava o baixo ventre e causava arrepios, pedindo mais. Literalmente, se derretera sob o domínio dos lábios e dedos de Simon Salvatore. No entanto, ela tinha a impressão que estavam indo longe demais e muito rápido. Há dois dias at
Seu estado em duas palavras: Entediado e frustrado.Simon não sabia qual era o mais forte, ficavam se revezando, enquanto escutava a mãe e esperava Paulina aparecer. Depois de vestir uma calça moletom cinza e uma camiseta branca com o desenho de dragão nas costas, o Salvatore foi para a sala, no exato momento em que Mirela desistia de esperar e entrava no apartamento.Em vez de falar a que veio, sua mãe insistiu que esperarem Paulina acordar – aparentemente, o sono da Perez merecia mais respeito que o dele – e o escoltou até o sofá, recomeçando a tortura dos fins de semana em que cometia o erro de visitar os pais. O monologo “filho, conheço uma moça... blá, blá, blá”. Foi fácil afastar sua mente da conversa: mergulhando nas lembranças do corpo de Paulina contra o seu e sua entrega inocente, bem como seus gemidos e seu sabor...Aflito com o rumo de seus pensamentos esfregou as mãos pelo rosto. Estava ferrado.— Está passando mal, filho?— Sim... — respondeu, enfrentando o olhar preocup
— Desculpe-me... eu... — Agitada, ela recolocou o copo na mesa de centro para, com mãos trêmulas, secar a boca, mantendo a vista nos respingos no tapete da sala ao invés da peça na mão da Salvatore. — É só uma calcinha Perez, não uma assombração — zombou Simon dirigindo um olhar entediado para a mãe. — Tive um pouco de diversão ontem à noite, com uma mulher que conheci em uma festa. Parece que acabei ficando com um souvenir... — Você trouxe alguém aqui em um momento em que Paulina precisa de apoio e tranquilidade? — Mirela estreitou os olhos. — O apartamento é meu! — Simon respondeu, rude. — Não virarei celibatário só porque a empregada é. — Oh céus, quanta insensibilidade, não acha Lina? — Mirela questionou para a governanta, que não tirava os olhos do tapete. A Salvatore voltou a sentar entre eles e pegou as mãos da Perez com as suas. O que fez a calcinha ser depositada nas mãos de Paulina, que imediatamente ficou rubra de vergonha. — Oh, desculpe-me, filha! Você não tem que t
Com os conselhos de Thiago, Paulina comprou peças de roupas adequadas e trocou a que usava por uma legging preta e regata lilás, simples e confortável.Teve que retirar os tênis antes de receber as primeiras instruções do Padilha que, atencioso, ensinou como colocar a bandagem nas mãos e calçar as luvas que a academia disponibilizava. Em questão de minutos, se flagrou gostando da aula. Sempre com bom humor, mas firme, ele preparou Paulina com exercícios abdominais, ensinou a postura, o posicionamento dos pés, e o encaixe dos golpes. Com as mãos protegidas por equipamentos com espuma, ele estimulava a Perez a desferir socos e chutes, aumentando a intensidade pouco a pouco. E assim eles seguiram: com paradas para hidratar o corpo; correção da postura e movimentos; mais socos e chutes.Paulina descarregou toda energia represada em cada golpe, gostando tanto – do que pensara que odiaria –, ao ponto de lamentar em voz alta e sem receio quando Thiago deu a aula por terminada.— É um bom sin
A Perez escolheu um vestido de linho branco, com desenhos de lírios decorando a frente, decote redondo, manga curta e terminando acima dos joelhos. Leve como uma comemoração ao ar livre exigia. Calçou sandália rasteirinha e deixou o cabelo solto. Encontrou Simon na sala, vestindo bermuda de sarja, camiseta de manga curta preta com estampa tribal prata nas laterais e um par de chinelos de dedo.Embora temerosa, ela o acompanhou até o estacionamento e entrou no sedan preto de Simon, unindo as mãos no colo e apertando-as com aflição.— Paulina... É só nossa família, não há o que temer — ele a tranquilizou, conduzindo o carro para fora do prédio.— Você não entende...— Temos tempo para uma explicação — comentou, visto que levava três horas para chegar ao condomínio em que os Salvatore moravam.— Meu pai nunca aprovou o namoro, ele vai...— Paulina, quantos anos você tem? — Simon perguntou, interrompendo o lamento da Perez.— Vinte e Quatro — Paulina o respondeu, sem entender o motivo da