Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
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Epígrafe
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. Lutar pelo amor é bom, mas alcança-lo sem lutar é melhor.
William Shakespeare
Rose
Escuto a porta bater e sei que papai chegou bravo, certamente irá descontar em mim sua raiva, ele sempre faz isso, não sei por que odeia-me tanto. Papai sempre reclamou por não ter filhos homens, mas aparentemente o fato de Daisy também ser menina não o incomoda, ele faz tudo por ela, diz que um dia ela será uma grande dama e se casará com um nobre muito importante, talvez até mesmo um príncipe.
Quem vê a nos duas juntas, não diz que somos irmãs, não apenas pelo fato de que com dez anos eu seja mais alta que Daisy, que tem só oito anos, mas fisicamente também, dado quê, enquanto Daisy tem a pele clara como porcelana, os cabelos loiros e olhos verdes, assim como nosso pai, eu tenho a pele oliva, os olhos e cabelos negros, como o céu em uma noite sem estrelas. Não sei a quem puxei para ser assim, já que mamãe tem a pele clara, os olhos azuis e cabelos cor de mel.
Papai entra em nosso quarto e vai até a cama de Daisy, ela passou o dia todo deitada, vejo que ele trouxe um pacote de presente. Ele sempre dá presentes para ela quando fica doente, mas para mim, nem em meu aniversário, ele dá algum presente.
— Como vai minha princesinha?
— Estou melhor, papai.
Ele lhe entrega o presente, fico olhando ela abri-lo, é um arranjo de cabelo com detalhes em pérolas, muito lindo, e depois de dar um beijo em sua testa, papai sai do quarto, sem nem ao menos olhar para mim.
Pouco depois desço para ajudar Grace com o jantar, ficar com ela na cozinha é a melhor parte de meu dia, pois gosto de cozinhar, e ela sempre me ensina com carinho. Chegando aos pés da escada, ouço vozes vindas do escritório, e mesmo sabendo que devo ir logo para a cozinha, paro para ouvir o que está acontecendo.
— Arrependo-me da m*****a hora que lhe aceitei em vez de mostrar a todos a vagabunda que realmente é. E a recompensa por minha bondade é ter que criar àquela menina.
É a voz do papai, sinto que ele está falando de mim, mas não tenho a chance de ter certeza, pois papai me vê ali e fica furioso por eu ter ouvido a conversa deles. Pegando-me pelo cabelo, papai me arrasta até o pequeno armário embaixo das escadas e me prende ali.
Já faz muito tempo que estou aqui, sei porque minha barriga dói de tanta fome que estou, para evitar que os ratos subam em minhas pernas, me encolho o máximo possível no pequeno espaço. Há tempos que não tenho mais medo dos ratos ou aranhas, mas não falo isso em voz alta, pois, é por pensar que tenho medo que papai me prende aqui, se souber, ele pode pensar em um novo castigo para me punir quando fizer algo que o desagrade. Em alguns momentos penso que só a minha existência já é para ele um grande motivo.
Ouço barulhos na sala e fico o mais quieta possível, parece estar vindo da direção à porta, deve ser papai para me bater e então me liberar do castigo, prendo a respiração ao ouvir o trinco de madeira sendo girado; essa é uma parte que nunca vou me acostumar, me encolho ainda mais quando a porta se abre, me preparando para o primeiro golpe, mas ele não vem.
— Rose, saia, somos nós. — Essa não é a voz de papai, é uma voz que sempre me acalma, a voz da esperança, é Nathally.
Relaxo um pouco e abro os olhos, mas a claridade é tão forte que preciso cobri-los.
— Nathally, é você?
— Sim, viemos lhe resgatar.
Tento me levantar para sair, mas minhas pernas doem e não consigo, estou muito fraca, sinto alguém me segurar e assim consigo levantar e sair. Olho para minhas salvadoras, Nathally e Alice, duas das pessoas mais importantes para mim, e minhas únicas amigas.
Nathally é filha de tia Sophie, irmã de mamãe, ela é apenas alguns meses mais nova que eu, e assim como nossas mães, tem a pele clara, os olhos azuis e cabelo cor de mel. Ela é extrovertida e muito divertida, seu pai é o tio Oscar, que é guarda real e protege o Príncipe Anthony, e por conta disso, raramente está em casa. Já Alice é filha de tia Julie, irmã de papai, ela já tem 11 anos e é praticamente idêntica à Daisy, porém, seus cabelos são cacheados, ela é muito afável, seu pai é o Duque Plymouth, e o único homem gentil que existe.
— Como souberam que eu estava aqui?
— Quando não apareceu na missa, nós logo suspeitamos. — Nathally explica.
Então hoje é domingo, isso significa que fiquei mais de dois dias presa nesse armário, não é por menos que me sinto tão fraca e não consegui me levantar, nunca fiquei tanto tempo presa.
— Rose, vamos para minha casa, meu pai vai lhe proteger.
A oferta de Alice é tentadora, poder ir para sua casa e ser bem cuidada será bom demais, mas se eu for papai ficará furioso com minha fuga e o castigo será ainda pior. Porém, pensar em voltar para o armário é mais assustador do que pensar em papai bravo, e por isso com a ajuda das meninas, saio de casa.
Alice veio com um cavalo de seu pai, e após estarmos às três montadas, saímos a galope pela cidade, é muito bom sentir o ar fresco em minha pele e meu cabelo balançando com ao vento.
Ao chegar à casa de Alice, tia Julie me pediu para sentar e contar o que aconteceu, apenas lhe falo que estava de castigo sem comer, sem entrar em muitos detalhes. Vamos para o quarto, e logo uma criada vem trazendo uma bandeja cheia de comida, Nathally pega o prato e vai intercalando entre nós duas, ela faz isso há muito tempo, sempre que papai está bravo demais, corro para casa de tia Sophie.
— Rose o que aconteceu, porque estava de castigo? — Nathally pergunta ao me abraçar.
— Na quinta, eu ouvi papai discutindo com a mamãe, disse que ela era uma vagabunda e que se arrependia de tê-la aceitado, e por de ter que me criar. — Só queria saber o porquê papai não gosta de mim.
— Eu não entendo por que tio Karl é assim, como ele pode ser tão rude? — Alice parece confusa.
— A única coisa que sei é que, com exceção do seu pai, todo homem é rude e só pensa em si mesmo. — Penso na mamãe chorando quase todas as noites. — Por isso, aqui com vocês, eu juro que jamais irei me casar.
— Você não pode fazer isso, sabe que mulheres solteiras não são bem-vistas pela sociedade. — Alice como sempre é sensata.
— Prefiro ser uma solteirona mal falada e ficar sozinha, do que viver sujeita a um homem que me fará sofrer e me verá apenas como um objeto dele.
— Rose, nem todo homem é assim, você pode casar com um homem gentil como meu pai.
— Alice, eu sei que seu pai é um bom homem, mas admita que ele é uma raridade, eu sei porque vejo como os amigos de papai são, homens não prestam. Estou decidida, jamais me casarei.
— Rose está certa, homens só irão nos prender em casa, também não irei me casar, seremos uma dupla de solteironas e vamos viver grandes aventuras pelo mundo. — Nathally parece muito animada com a ideia.
— Seremos um trio, juramos estar sempre juntas, e estou com vocês para tudo que vier.
Ver Alice concordando é animador, mas no fundo, sei que ela está nessa não apenas por nos apoiar, mas por sua paixão pelo Príncipe Anthony, desde que ela foi um dia no palácio com tio Justin e o viu, isso foi há mais de um ano, ela tem adoração por ele, mas todas sabemos que dificilmente ela ficará com ele, quando estiver na idade de casar.
E assim, depois de dias sem comer e dormir bem; deito-me entre as meninas, que ficam fazendo carinho em meus cabelos, até por fim adormecer. Tenho muitos pesadelos durante a noite, em grande parte com papai me batendo, e que sempre acaba com um homem grande aparecendo e me protegendo da surra.
Acordo pela manhã e fico pensando no pacto que fizemos, e em como nossos pais ficarão furiosos ao saber. Mesmo tio Justin sendo gentil, não gostará nada de saber que Alice não irá se casar, isso poderá causar problemas para ele, pois sendo membro do Parlamento, não ficará bem tendo uma filha solteirona, ainda mais, ela sendo sua única herdeira. Entretanto, ele a ama e quer – acima de tudo – que ela seja feliz, o mesmo vale para tio Oscar, apesar de nunca estar por perto, ele quer a felicidade de Nathally, mas, eu não tenho essa esperança, papai nunca me amará e nem mesmo quer me ver feliz, ainda sim prefiro ficar com ele ou fugir, do que casar e sofrer como mamãe.
Descemos para tomar café, sei que logo terei que voltar para casa e enfrentar a fúria de papai por minha fuga, mas não tenho outra opção. Quando entramos na sala, vejo a tia Julie sentada no sofá, com a mesma roupa que ontem, ela nos explica que tio Justin não voltou para casa, e vejo como está angustiada com isso, ela tem um bom marido e se preocupa com ele.
Estamos tomando café quando tio Justin chega, seu rosto muito abatido, aos poucos ele nos conta que o Rei Herbert e a Rainha Stephanie faleceram em um trágico acidente enquanto voltavam de uma viagem, por conta disso, todo Parlamento esteve reunido desde ontem para decidir o futuro do reino, pois como o Príncipe Anthony, com apenas 11 anos, é muito jovem reinar, alguém precisa assumir o trono até que ele chegue a idade para ser o Rei, que será aos 21 anos. Somente essa manhã, eles entraram em um consenso e ficou decidido que a Princesa Caitlyn assumirá como Princesa Regente, assim, pela primeira vez na história; teremos uma mulher no trono da Inglaterra.
Levou um tempo para que tio Justin notasse a minha presença, ele sabe o que acontece comigo em casa, afinal, não é nenhum segredo em nossa família como papai me despreza, sendo um homem inteligente, sabe o motivo pelo qual estou aqui, mas ainda assim, fica muito bravo quando Alice conta que passei mais de dois dias presa, sem comer. Encolho-me com medo, mas ao ver que me assustei, tio Justin se controla e pede que eu termine a refeição, para que possa me levar para casa.
Gostaria de dizer a ele que não precisa, porém, por mais gentil que tio Justin seja, ainda sim, é homem e não tenho coragem para contradizê-lo. Fico o caminho todo com medo de que sua presença, apenas deixe o papai mais irritado, e torne o castigo por minha fuga ainda pior.
Em casa vejo que não estava errada. Papai está furioso, mas como tio Justin está comigo, apenas me manda para meu quarto dizendo que depois conversaremos; o que significa uma grande surra. Tio Justin diz que precisa conversar com papai e os dois vão para o escritório, enquanto eu vou para meu quarto, esperar pelo que virá.
Dez anos depois... Rose Olho para o chão, satisfeita, vendo-o finalmente limpo depois de tantas horas de limpeza, a casa está tão limpa, que me sinto feliz apenas em admirar, mas não posso ficar aqui sentada, ainda tenho muito que fazer. Levanto e vou guardar tudo que usei no armário, ele ainda faz parte dos meus pesadelos, mesmo fazendo dez anos que não fico presa nele, só queria que aquele protetor que me salva nos pesadelos, realmente aparecesse para me proteger na vida real. Naquele dia, depois que tio Justin foi embora, papai subiu até meu quarto e me deu a pior surra que já levei na vida, foram dias na cama até conseguir levantar, porém aquela foi a última vez que apanhei. Mas as coisas não melhoraram muito, papai mandou Grace embora e eu passei a ter que fazer todos os afazeres da casa, e também a comer na cozinha, só continuo dormindo no mesmo quarto, para que ninguém saiba que sou tratada como criada dentro de casa. Há dois anos entrei em idade de me casar, papai trouxe al
Rose Assim que chego em casa, procuro meu pai, para lhe contar sobre o meu compromisso, porém, o encontro deitado, descansando, desço e procuro por Hazel, o valete de meu pai. — Como meu pai passou essa tarde? — Não muito bem, senhor. O Milorde esteve à tarde toda deitado com dores no corpo. Isso não é nada bom, o remédio deveria diminuir as dores, porém, ainda sim, tem dias que meu pai mal consegue se levantar. Deixo meu pai descansar, na hora do jantar, uma criada leva a refeição para ele no quarto, visto que não se sente bem, e eu faço a minha, sozinho. Isso não é um problema para mim, desde que me mudei para Londres, há quase dez anos, passei muito tempo sozinho em casa. Antes de me recolher, passo no quarto de meu pai, para saber como ele está. — Boa noite meu pai. — Filho, que bom vê-lo, como foi seu dia? — Observo como sua voz está baixa. — Foi bom, meu pai, estive no chá mensal, onde conheci uma moça muito graciosa, com quem firmei um compromisso. — Tem certeza quanto
Rose Os dias vão passando e não tenho nenhuma notícia de Nathally, que nem ao menos veio me trazer o remédio, e o baile já é amanhã e sem ela, não sei o que fazer. Estou começando a ficar preocupada. Durante esses dias, papai não tocou mais no assunto de me casar, mas sei que ele não desistiu da ideia, ele jamais desistirá. Uma vez, ele disse que apesar de ser um fardo para ele e da minha teimosia em não me casar, ele jamais me mandaria para um convento, pois não abriria mão do meu dote, que esse seria o pagamento por todos os gastos que ele teve comigo. Quando contei a Nathally, ela falou que os meus serviços em casa, já são pagamento mais que suficiente, e às vezes penso que ela tem razão, mas nunca falei isso em voz alta, pois tenho medo de irritar papai e voltar apanhar. Já é fim de tarde quando Nathally vem me ver, quase pulo de alegria quando ela aparece na cozinha, lhe ver me traz a esperança que estarei salva, e não precisarei ir ao baile. — Nathally, você encontrou o tal r
Dimitri No caminho para casa, fico pensando no porque não senti calor no olhar da minha prometida, mas senti no de sua irmã, o que será que diferencia as duas? E esse não é o único mistério, Rose aparenta ser mais velha que Daisy, porque será que ainda não se casou? Será que tem alguma relação com o fato da filha do Duque também não ter se casado? Por que as mais velhas não estão casadas, mas a mais nova já está comprometida? Que segredos eles escondem? São muitas perguntas e para nenhuma delas tenho resposta, e acho que só depois do casamento poderei descobrir melhor o que eles escondem. Chego em casa e como meu pai já se recolheu, decido me recolher também, deito em minha cama e como o sono não vem, fico pensando no mistério que envolve as famílias Chambers e Pritchard. De uma coisa tenho certeza, eles escondem algo. E com essa certeza, me vem uma dúvida, será que esse segredo será algo que impossibilite meu casamento com a jovem Daisy? Terei que descobrir isso logo, antes que esse
Rose Já se passou uma semana desde aquele dia, não tenho saído de casa para nada e ando muito assustada, sempre que alguém chega em casa, começo a tremer. Os meus pesadelos também ficaram pior, eles começam comigo presa no armário, o tal homem chega e me puxa para fora, ele me b**e enquanto vai rasgando minhas roupas; só de lembrar daquilo, sinto vontade de chorar. O pesadelo só acaba quando o homem misterioso aparece para me proteger, e toda vez ele me garante que em breve tudo irá ficar bem, por algum motivo que não sei explicar, eu confio nele e me sinto segura ao seu lado. Não vi mais Alice depois do baile, o que é melhor, pois não sei como contaria a ela o que papai fez, às vezes penso que ela dirá que a culpa é minha por ter planejado fugir. Já Nathally, sei que se ficar sabendo, irá fazer algo para tentar me defender e tenho medo que isso irrite mais papai e ele acabe chamando aquele homem de volta. Não esqueço o olhar de cobiça do papai quando ele ofereceu dinheiro apenas por
Dimitri Levanto pela manhã revigorado, tomo meu desjejum com meu pai e antes de ir para o escritório, passo em meu futuro lar. Reese e Kelson contrataram três moças, que me são apresentadas como Glenda, Alanna e Hanna, elas fizeram um excelente trabalho, olhando assim, não dá para dizer que ficou tantos anos desabitada. Faço uma lista de quais móveis preciso trocar, e vou mostrando aos dois como quero que tudo fique arrumado, sei que depois do casamento Daisy pode querer deixar a casa do seu gosto, mas até lá não posso deixar a casa bagunçada. No primeiro andar tem um pequeno escritório, será ótimo para manter meus documentos do trabalho e cuidar de assuntos quando estou em casa, além de ter uma estante em que poderei colocar os livros de que gosto. Subo para o segundo andar, a casa possui quatro quartos, vou até o quarto principal que será meu, e de minha esposa quando aceitar dormir a meu lado, este quarto possui acesso ao quarto do lado, através de uma porta no closet, esse outro
Rose Pela manhã já pensei em como encontrar John, sua mãe Celina é costureira, papai não pode discordar que preciso de um vestido apropriado para o baile de noivado de Daisy, afinal ela irá se casar com um Conde. Aproveito quando todos estão na mesa para colocar meu plano em prática. — Papai, estive pensando sobre a festa de noivado de Daisy, não tenho um vestido apropriado para ocasião e pensei se poderia ter um novo. — Falo com a voz doce. — Não sei se esse gasto é necessário. — É claro que não, comigo ele só gasta o essencial. — Eu também preciso de um vestido lindo papai, quero estar deslumbrante. — Daisy está quase pulando na cadeira, isso é bom, ele não vai negar um pedido dela. — As meninas estão certas, Karl, não podemos fazer feio, principalmente agora que nossa filha irá se casar com um nobre importante. — Sinto que mamãe sabe que vou fazer algo. — Está bem, vocês podem comprar os vestidos. Depois do almoço, mamãe nos leva para encomendar os vestidos, olhamos os tecido
Dimitri Assim que chego ao salão, a primeira coisa que noto é o contraste das duas irmãs, não sei por que, mas isso ainda continua me atormentando, e não é apenas na aparência, é no modo de se vestir, enquanto Daisy está com um vestido luxuoso, Rose está com um mais simples, mas que ainda sim, a deixa bela. Após o anúncio oficial do noivado, tiro Daisy para uma dança, é a primeira vez que dançamos juntos e ela tem leveza ao dançar, minha atenção, no entanto, vai para meu pai dançando com Rose, desde o jantar venho notando como ele gostou dela, desconfio que seja por ela lembrar de minha mãe. Ao final da dança, Karl toma a vez com sua filha e vejo que novamente Rose vai para a varanda do salão, porque essa mulher prefere ficar mais lá fora a ficar aqui dentro? Será que ela passa mal em locais cheios, afinal, no outro baile quando saiu, ela não parecia bem. Encaminho-me para lá, porém uma moça entra primeiro, e quando me aproximo consigo ouvir o final da conversa delas, pode ser erra