Rose
Já se passou uma semana desde aquele dia, não tenho saído de casa para nada e ando muito assustada, sempre que alguém chega em casa, começo a tremer. Os meus pesadelos também ficaram pior, eles começam comigo presa no armário, o tal homem chega e me puxa para fora, ele me b**e enquanto vai rasgando minhas roupas; só de lembrar daquilo, sinto vontade de chorar. O pesadelo só acaba quando o homem misterioso aparece para me proteger, e toda vez ele me garante que em breve tudo irá ficar bem, por algum motivo que não sei explicar, eu confio nele e me sinto segura ao seu lado.
Não vi mais Alice depois do baile, o que é melhor, pois não sei como contaria a ela o que papai fez, às vezes penso que ela dirá que a culpa é minha por ter planejado fugir. Já Nathally, sei que se ficar sabendo, irá fazer algo para tentar me defender e tenho medo que isso irrite mais papai e ele acabe chamando aquele homem de volta. Não esqueço o olhar de cobiça do papai quando ele ofereceu dinheiro apenas por algumas horas comigo, só sei que tenho que aguentar firme até o dia da viagem, mas para todos os efeitos devo fingir que desisti de ir e aceitei me casar como papai deseja.
Ontem papai me avisou que o Dimitri pediu um jantar para as famílias se conhecerem, ele virá com seu pai, o Duque Leeds, e nesse jantar irá oficializar o compromisso de Daisy, talvez até marcar a data do casamento. Desde então venho arrumando a casa toda para a visita deles, ainda não sei o que papai planeja, já que se marcarem para logo o casamento, será impossível conseguir me casar antes dela.
Hoje papai permitiu que eu viesse ao mercado para comprar algumas coisas para o jantar, mas com a condição que Daisy viesse comigo, ele foi bem claro ao dizer que ela não deveria sair do meu lado um segundo sequer, ter que sair com uma vigia é terrível, mas é melhor do que não poder sair. Para o jantar decidi fazer uma sopa Pea and Ham de entrada, o prato principal será Roast Beef de carneiro, acompanhado de Yorkshire Pudding, e para a sobremesa pretendo fazer Halva de Chocolate acompanhado de Doce de leite caseiro. Espero conseguir agradá-los, tirando o tio Justin, nunca tive que cozinhar para a nobreza e não sei o que costumam comer.
Papai também chamou uma moça para servir o jantar, assim eu poderei me sentar à mesa, então, quando toda comida está pronta, subo para me arrumar e ficar apresentável, mal tenho tempo de sentar na sala quando eles chegam.
Quando entram, noto que o Duque Leeds tem a aparência abatida, de alguém doente e então penso que deve ser por isso que Dimitri quer que o casamento aconteça tão rápido, o Duque deve estar bem ruim e quer ver o filho se casar.
— Duque Leeds é um prazer lhe receber em nossa casa. Esta é minha esposa Sabine e nossas filhas Rose e Daisy. — Papai faz as apresentações.
— Senhor Pritchard é um prazer estar aqui, mas pode me chamar apenas de Ronald, é uma bela dama a prometida de meu filho. — Duque Leeds fala com a voz rouca.
A moça aparece para nos dizer que o jantar está servido e vamos para sala de jantar, noto que Dimitri olha algumas vezes de mim para Daisy, como se estivesse nos comparando, deve estar buscando alguma semelhança, se for isso, sei que será impossível de ele encontrar.
— De quem foi a escolha do cardápio desta noite? — O Duque Leeds pergunta quando é servido o prato principal.
— Foi tudo escolhido e feito pela minha filha Rose. — Fala papai.
— Você tem uma mão cheia para cozinhar. — Sorrio com o elogio do Duque. — Imagino que seja um dom de família. — Ele se vira para Daisy.
— Não meu senhor, aqui em casa apenas Rose tem jeito para cozinhar. — Daisy admite meio sem jeito.
— Uma pena isso, minha falecida esposa Galya, era uma excelente cozinheira, nunca me cansava de comer a comida dela e desde a sua morte não tenho mais o mesmo gosto pela culinária. — Vejo a tristeza dele ao falar da esposa e me pergunto se o Duque é um homem gentil assim como tio Justin.
Quando a sobremesa é servida, fico preocupada que tenha escolhido mal ou feito algo errado, pois quando prova o Halva, o Duque pede licença e se retira da mesa, noto que seus olhos estão marejados. Papai me olha questionando se fiz algo errado, provo e vejo que está no ponto certo, mesmo assim vou até a cozinha, para ver se a moça mexeu em algo nos pratos e constato que está tudo como deveria. Quando estou voltando para sala vejo o Duque entrando novamente.
— Com licença Duque Leeds, está tudo bem? O senhor precisa de algo?
— Está tudo bem, obrigado pela preocupação, menina.
Mesmo sabendo que deveria voltar para sala, não o faço, ele parece triste.
— Fiquei preocupada que tivesse feito algo errado no doce.
— Peço desculpas se lhe dei essa impressão, você é uma ótima cozinheira, é que como disse, minha Galya cozinhava muito bem e seu prato preferido era o Halva.
— Desculpe senhor, não imaginei que ao escolhê-lo fosse lhe trazer tristeza.
— Você me trouxe saudade daquela que foi o grande amor da minha vida, não sei se sabe, mas esse é um doce comum na Rússia que é a terra natal dela.
— Quando pequena, tivemos uma cozinheira que me ensinou a fazer o Halva e ela contou que ele é comum na Rússia, escolhi fazê-lo, porque como não é uma comida comum, poderia agradar mais ao senhor.
— Pois saiba que agradou demais, desde a morte dela nunca mais comi o Halva e hoje você me deixou feliz ao comê-lo e me lembrar de momentos tão alegres de minha vida. — Vejo sinceridade e carinho em sua fala — Eu seria muito mais feliz se fosse você a prometida a meu filho em vez de sua irmã. — Fico sem reação com essa frase. Ele parece notar e complementa. — Só peço que não comente com ninguém isso que lhe falei, pode gerar constrangimentos.
Ainda sem conseguir falar, apenas concordo com a cabeça e voltamos à sala, o Duque fala o porquê de ter saído da mesa, embora não tanto quando falou para mim na cozinha. Após o jantar todos vamos à sala para conversar.
Dimitri
Hoje é o dia do jantar com a família de Daisy, estou ansioso para ver se descubro algum dos segredos que eles escondem, pelo menos saber porque a filha caçula está casando antes da mais velha.
Alguns dias atrás, eu tive meu segundo passeio em companhia de Daisy, durante todo passeio procurei em seus olhos pelo calor que vi nos olhos de sua irmã, mas não encontrei, o que me deixou ainda mais intrigado do porquê as duas irmãs são tão diferentes. Eu não tenho irmãos, mas tenho alguns amigos para usar como exemplo, como Patrick e suas irmãs ou como meus primos Andrey e Katya, ao olhar, é possível ver diversas semelhanças, algo que não ocorre quando comparo Daisy com sua irmã.
Chegamos à casa dos Pritchard e somos bem recebidos, tenho a chance de pela primeira vez comparar as irmãs uma ao lado da outra, e constato que elas não têm um único traço em comum. Fico surpreso ao saber que foi Rose quem preparou a refeição, está deliciosa e enquanto ao meu pai lembra a comida de minha mãe, a mim lembra da minha babushka, não deixo de notar que Daisy não parece feliz com o elogio que meu pai faz a irmã. Quando o Halva é servido, já me preparo para a reação do meu pai, que logo saí da mesa, decido lhe dar um tempo para se recompor, mas vejo que Rose se preocupada com a reação dele, e antes que eu tenha tempo de dizer que não há nada de errado com o doce, ela se levanta e vai para a cozinha. Karl vai atrás da filha, mas pouco depois volta com um sorriso no rosto, em seguida meu pai volta e Rose também. Escuto meu pai explicando porque reagiu daquela forma ao doce, sei bem como as lembranças mexem com ele.
Enfim, com o jantar terminado, vamos para sala, agora chegou a hora de ter perguntas respondidas.
— Ronald, o Dimitri me contou que o senhor mora na Rússia e está passando uma temporada em Londres, pretende ficar muito tempo na corte?
— Ainda não sei ao certo, mas devo ficar pelo menos até a coroação do Príncipe.
— Claro, dizem que será uma grande festa, ouvi dizer que sua Alteza pretende casar antes da coroação, é verdade?
— É o que se espera de um evento como este, e sim, o Príncipe deverá se casar antes da coroação, mas como não pode sair para conhecer as damas, foi decidido que damas de boa família irão passar algum tempo no Palácio, para que assim ele escolha qual delas será Rainha ao seu lado. — Meu pai respira fundo, sinto que ele está se cansando. — Agora vamos tratar sobre nossos filhos, eu não pude deixar de notar que Daisy é sua filha caçula, e gostaria de saber: por que ela irá se casar antes da filha mais velha?
— Realmente, Daisy é mais nova que Rose, acontece que quando Daisy era criança, ela ficou muito doente, e desejando ver a irmã saudável, Rose prometeu que abriria mão do direito de se casar primeiro, caso Daisy se curasse.
Então se trata apenas de uma promessa feita por amor à irmã, não é nada tão complicado, e provavelmente, como Patrick disse, o Duque Plymouth não casou a filha ainda, pois espera para tentar casá-la com o Príncipe.
— Muito nobre de sua parte, senhorita, são poucas as pessoas que pensam nos demais primeiro. — Noto que Rose dá um pequeno sorriso em resposta, mas não parece feliz com o elogio. — Com essa questão explicada, creio que podemos marcar a data do casamento.
— Sim, estive pensando em realizarmos a cerimônia no dia seguinte ao Natal, antes do pôr-do-sol, se vocês estiverem de acordo.
Assim que Karl fala a data, faço as contas mentalmente, tenho certeza que minha babushka já terá chegado até lá. Meu pai olha para mim, esperando que eu responda.
— Por mim a data é ótima, e podemos fazer o baile de noivado na próxima sexta, de modo a dar tempo de todos os proclames correrem.
— Perfeito.
Poucas questões foram respondidas essa noite, mas sei que com o tempo saberei de tudo, apesar das duas irmãs serem tão diferentes, elas são unidas e isso é algo bom, me mostra que são pessoas de boa índole.
Olho para meu pai, e noto que ele está cansado demais, então nos despedimos de todos e vamos para casa. Assim que chegamos, peço para Hazel auxiliar meu pai e vou para o meu quarto.
Deitado em minha cama, reflito sobre a noite de hoje, ainda me intriga o fato que Daisy não tem o mesmo calor no olhar que a irmã tem, e não é só isso, como pode as duas serem dois opostos, não parecem ser filhas do mesmo pai e mesma mãe.
Dimitri Levanto pela manhã revigorado, tomo meu desjejum com meu pai e antes de ir para o escritório, passo em meu futuro lar. Reese e Kelson contrataram três moças, que me são apresentadas como Glenda, Alanna e Hanna, elas fizeram um excelente trabalho, olhando assim, não dá para dizer que ficou tantos anos desabitada. Faço uma lista de quais móveis preciso trocar, e vou mostrando aos dois como quero que tudo fique arrumado, sei que depois do casamento Daisy pode querer deixar a casa do seu gosto, mas até lá não posso deixar a casa bagunçada. No primeiro andar tem um pequeno escritório, será ótimo para manter meus documentos do trabalho e cuidar de assuntos quando estou em casa, além de ter uma estante em que poderei colocar os livros de que gosto. Subo para o segundo andar, a casa possui quatro quartos, vou até o quarto principal que será meu, e de minha esposa quando aceitar dormir a meu lado, este quarto possui acesso ao quarto do lado, através de uma porta no closet, esse outro
Rose Pela manhã já pensei em como encontrar John, sua mãe Celina é costureira, papai não pode discordar que preciso de um vestido apropriado para o baile de noivado de Daisy, afinal ela irá se casar com um Conde. Aproveito quando todos estão na mesa para colocar meu plano em prática. — Papai, estive pensando sobre a festa de noivado de Daisy, não tenho um vestido apropriado para ocasião e pensei se poderia ter um novo. — Falo com a voz doce. — Não sei se esse gasto é necessário. — É claro que não, comigo ele só gasta o essencial. — Eu também preciso de um vestido lindo papai, quero estar deslumbrante. — Daisy está quase pulando na cadeira, isso é bom, ele não vai negar um pedido dela. — As meninas estão certas, Karl, não podemos fazer feio, principalmente agora que nossa filha irá se casar com um nobre importante. — Sinto que mamãe sabe que vou fazer algo. — Está bem, vocês podem comprar os vestidos. Depois do almoço, mamãe nos leva para encomendar os vestidos, olhamos os tecido
Dimitri Assim que chego ao salão, a primeira coisa que noto é o contraste das duas irmãs, não sei por que, mas isso ainda continua me atormentando, e não é apenas na aparência, é no modo de se vestir, enquanto Daisy está com um vestido luxuoso, Rose está com um mais simples, mas que ainda sim, a deixa bela. Após o anúncio oficial do noivado, tiro Daisy para uma dança, é a primeira vez que dançamos juntos e ela tem leveza ao dançar, minha atenção, no entanto, vai para meu pai dançando com Rose, desde o jantar venho notando como ele gostou dela, desconfio que seja por ela lembrar de minha mãe. Ao final da dança, Karl toma a vez com sua filha e vejo que novamente Rose vai para a varanda do salão, porque essa mulher prefere ficar mais lá fora a ficar aqui dentro? Será que ela passa mal em locais cheios, afinal, no outro baile quando saiu, ela não parecia bem. Encaminho-me para lá, porém uma moça entra primeiro, e quando me aproximo consigo ouvir o final da conversa delas, pode ser erra
Rose Quando vejo papai entrar no escritório, subo e vou cuidar dela. Mamãe está caída no chão, suas costas está vermelha e em alguns lugares vejo que está sangrando. Deixo a bacia sobre uma mesinha ao lado da cama e vou até ela, lhe ajudo a deitar e com calma vou colocando os panos em suas costas, ela se encolhe um pouco, mas logo consegue relaxar quando o remédio diminui a dor, depois de colocar os panos, fico sentada ao seu lado, acariciando seus cabelos, assim como ela fazia comigo quando era pequena. Troco os panos para que tenha mais efeito e então volto a lhe acariciar até que pegue no sono, noto que não foi só nas costas que ele a machucou, na sua intimidade está bem vermelha e sai um pouco de líquido, pego um pano na bacia e a limpo sem entender porque ele a machucaria ali, é por coisas assim que nunca quero me casar. Pego a coberta e puxo sobre ela e mesmo que neste ano não tenha feito frio ainda, as noites estão cada vez mais geladas. Vou para meu quarto e fico pensando na
Dimitri A governanta Paige nos avisa que o jantar está servido e nos dirigimos à sala de jantar, não deixo de reparar os olhos de Rose brilhando ao olhar o banquete que foi preparado, mas não tem como ser uma novidade para ela, sendo sobrinha do Duque Plymouth, ela já deve ter visto vários, talvez algum prato tenha chamado sua atenção, talvez o Pelmeni que babushka preparou, ele é uma massa fina recheada com carne coberto de Smetana, um creme azedo delicioso, esta é minha comida favorita, e ninguém a faz tão bem como minha babushka. Após o jantar, voltamos à sala, noto que Rose não veio conosco, desde sua chegada, evitei lhe olhar, para não ficar pensando em nosso último encontro, mesmo que isso tenha permanecido em meus pensamentos. Não sou o único a notar que ela não veio, babushka também olha e saí da sala, imagino que indo ver onde Rose está. Logo que as duas voltam, vejo que babushka está sorrindo, o que será que aconteceu? — Ты женишься не на той сестре, эта тебе подходит. (E
Rose Termino o almoço e volto ao serviço, aproveito que papai saiu e enquanto estou limpando meu quarto, já faço minha pequena mala, irei levar apenas o essencial, até porque não tenho tantas roupas para precisar levar muita coisa. Escuto o papai chegar e percebo que tem mais vozes, como não gosto do modo como os amigos dele me olham, prefiro ficar no meu quarto. É tão tranquilo aqui sem Daisy por perto, se eu ficasse, esse seria apenas meu quarto, pelo menos até papai achar um monstro e me obrigar a casar. Quando penso que já foram embora, resolvo descer, paro no meio da escada ao ver com quem papai conversa, é o homem a quem ele disse que iria me vender, aquele que queria fazer atrocidades comigo e estava disposto a pagar para conseguir. Isso deve significar que de alguma forma, papai descobriu que vou fugir e decidiu me vender para lucrar algo com meu sumiço. Como pode um pai odiar tanto uma filha a ponto de aceitar vendê-la? Eu nunca fiz nada errado e mesmo assim, ele me maltra
Rose Acordo um pouco desorientada, sinto-me estranha e penso em voltar a dormir, mas aos poucos, o que aconteceu ontem vem à minha mente, papai falando com aquele homem, depois dizendo que eu iria casar com Dimitri. Tento me lembrar de mais detalhes, mas não consigo, abro os olhos e vejo o quarto que estou, ele é claro, mas não posso ficar aqui admirando, tenho que encontrar Dimitri e explicar o que houve ontem. Meu corpo todo dói e mal consigo me mexer, devagar consigo me sentar, o lençol desliza e percebo que estou nua. Antes de procurar Dimitri, preciso encontrar alguma roupa, escuto um barulho e ao me virar, percebo que não estou sozinha na cama, tem um homem dormindo ao meu lado. Grito puxando o lençol até meu pescoço para me cobrir e o empurro com os pés, o fazendo cair da cama. — Mas que diabos é isso? Quando ele cai, não posso deixar de notar que também está nu e como fiquei com o lençol, não há nada o cobrindo, levanto-me às pressas e vou para o lado mais distante do quarto
Dimitri Vendo que não poderei alcançá-la, peço a Kelson que diga a Isaac para preparar meu cavalo o mais rápido possível, enquanto vou colocar uma calça e uma camisa, não tinha intenção de chamá-la pelo nome da irmã, mas no calor do momento, acabei me confundindo. Saio às pressas, disposto a encontrá-la antes que o escândalo fique maior, por sorte, ainda é bem cedo e não há quase pessoas nas ruas. Logo a vejo e apresso o cavalo para chegar perto dela, será que ela não se importa com as pessoas lhe olhando? — Rose, por favor. — Vejo que o senhor se lembrou do meu nome. — Ela fala sem diminuir o passo. — Por favor, entenda, foi um erro aceitável devido a tudo que aconteceu, vamos voltar para casa antes que todos a vejam vestida assim. — Ela não para, então coloco o cavalo em sua frente e quando ela tenta desviar, a pego pela cintura e a puxo para cima, ela esperneia um pouco e aperto mais seu corpo para que não caia. — Pare com isso ou vai fazer o lençol cair e não vou parar para peg