Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência. Todos os direitos reservados. É proibido o armazenamento, e/ou reprodução de qualquer parte dessa obra – física ou eletrônica – através de quaisquer meios (tangível ou intangível) sem o consentimento escrito da autora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº. 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal 2018. Epígrafe Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar. Lutar pelo amor é bom, mas alcança-lo sem lutar é melhor. William Shakespeare Prólogo Rose Escuto a porta bater e sei que papai chegou bravo, certamente irá descontar em mim sua raiva, ele sempre faz isso, não sei por que odeia-me tanto. Papai sempre reclamou por não ter filhos homens, mas aparentemente o fato de Daisy
Dez anos depois... Rose Olho para o chão, satisfeita, vendo-o finalmente limpo depois de tantas horas de limpeza, a casa está tão limpa, que me sinto feliz apenas em admirar, mas não posso ficar aqui sentada, ainda tenho muito que fazer. Levanto e vou guardar tudo que usei no armário, ele ainda faz parte dos meus pesadelos, mesmo fazendo dez anos que não fico presa nele, só queria que aquele protetor que me salva nos pesadelos, realmente aparecesse para me proteger na vida real. Naquele dia, depois que tio Justin foi embora, papai subiu até meu quarto e me deu a pior surra que já levei na vida, foram dias na cama até conseguir levantar, porém aquela foi a última vez que apanhei. Mas as coisas não melhoraram muito, papai mandou Grace embora e eu passei a ter que fazer todos os afazeres da casa, e também a comer na cozinha, só continuo dormindo no mesmo quarto, para que ninguém saiba que sou tratada como criada dentro de casa. Há dois anos entrei em idade de me casar, papai trouxe al
Rose Assim que chego em casa, procuro meu pai, para lhe contar sobre o meu compromisso, porém, o encontro deitado, descansando, desço e procuro por Hazel, o valete de meu pai. — Como meu pai passou essa tarde? — Não muito bem, senhor. O Milorde esteve à tarde toda deitado com dores no corpo. Isso não é nada bom, o remédio deveria diminuir as dores, porém, ainda sim, tem dias que meu pai mal consegue se levantar. Deixo meu pai descansar, na hora do jantar, uma criada leva a refeição para ele no quarto, visto que não se sente bem, e eu faço a minha, sozinho. Isso não é um problema para mim, desde que me mudei para Londres, há quase dez anos, passei muito tempo sozinho em casa. Antes de me recolher, passo no quarto de meu pai, para saber como ele está. — Boa noite meu pai. — Filho, que bom vê-lo, como foi seu dia? — Observo como sua voz está baixa. — Foi bom, meu pai, estive no chá mensal, onde conheci uma moça muito graciosa, com quem firmei um compromisso. — Tem certeza quanto
Rose Os dias vão passando e não tenho nenhuma notícia de Nathally, que nem ao menos veio me trazer o remédio, e o baile já é amanhã e sem ela, não sei o que fazer. Estou começando a ficar preocupada. Durante esses dias, papai não tocou mais no assunto de me casar, mas sei que ele não desistiu da ideia, ele jamais desistirá. Uma vez, ele disse que apesar de ser um fardo para ele e da minha teimosia em não me casar, ele jamais me mandaria para um convento, pois não abriria mão do meu dote, que esse seria o pagamento por todos os gastos que ele teve comigo. Quando contei a Nathally, ela falou que os meus serviços em casa, já são pagamento mais que suficiente, e às vezes penso que ela tem razão, mas nunca falei isso em voz alta, pois tenho medo de irritar papai e voltar apanhar. Já é fim de tarde quando Nathally vem me ver, quase pulo de alegria quando ela aparece na cozinha, lhe ver me traz a esperança que estarei salva, e não precisarei ir ao baile. — Nathally, você encontrou o tal r
Dimitri No caminho para casa, fico pensando no porque não senti calor no olhar da minha prometida, mas senti no de sua irmã, o que será que diferencia as duas? E esse não é o único mistério, Rose aparenta ser mais velha que Daisy, porque será que ainda não se casou? Será que tem alguma relação com o fato da filha do Duque também não ter se casado? Por que as mais velhas não estão casadas, mas a mais nova já está comprometida? Que segredos eles escondem? São muitas perguntas e para nenhuma delas tenho resposta, e acho que só depois do casamento poderei descobrir melhor o que eles escondem. Chego em casa e como meu pai já se recolheu, decido me recolher também, deito em minha cama e como o sono não vem, fico pensando no mistério que envolve as famílias Chambers e Pritchard. De uma coisa tenho certeza, eles escondem algo. E com essa certeza, me vem uma dúvida, será que esse segredo será algo que impossibilite meu casamento com a jovem Daisy? Terei que descobrir isso logo, antes que esse
Rose Já se passou uma semana desde aquele dia, não tenho saído de casa para nada e ando muito assustada, sempre que alguém chega em casa, começo a tremer. Os meus pesadelos também ficaram pior, eles começam comigo presa no armário, o tal homem chega e me puxa para fora, ele me b**e enquanto vai rasgando minhas roupas; só de lembrar daquilo, sinto vontade de chorar. O pesadelo só acaba quando o homem misterioso aparece para me proteger, e toda vez ele me garante que em breve tudo irá ficar bem, por algum motivo que não sei explicar, eu confio nele e me sinto segura ao seu lado. Não vi mais Alice depois do baile, o que é melhor, pois não sei como contaria a ela o que papai fez, às vezes penso que ela dirá que a culpa é minha por ter planejado fugir. Já Nathally, sei que se ficar sabendo, irá fazer algo para tentar me defender e tenho medo que isso irrite mais papai e ele acabe chamando aquele homem de volta. Não esqueço o olhar de cobiça do papai quando ele ofereceu dinheiro apenas por
Dimitri Levanto pela manhã revigorado, tomo meu desjejum com meu pai e antes de ir para o escritório, passo em meu futuro lar. Reese e Kelson contrataram três moças, que me são apresentadas como Glenda, Alanna e Hanna, elas fizeram um excelente trabalho, olhando assim, não dá para dizer que ficou tantos anos desabitada. Faço uma lista de quais móveis preciso trocar, e vou mostrando aos dois como quero que tudo fique arrumado, sei que depois do casamento Daisy pode querer deixar a casa do seu gosto, mas até lá não posso deixar a casa bagunçada. No primeiro andar tem um pequeno escritório, será ótimo para manter meus documentos do trabalho e cuidar de assuntos quando estou em casa, além de ter uma estante em que poderei colocar os livros de que gosto. Subo para o segundo andar, a casa possui quatro quartos, vou até o quarto principal que será meu, e de minha esposa quando aceitar dormir a meu lado, este quarto possui acesso ao quarto do lado, através de uma porta no closet, esse outro
Rose Pela manhã já pensei em como encontrar John, sua mãe Celina é costureira, papai não pode discordar que preciso de um vestido apropriado para o baile de noivado de Daisy, afinal ela irá se casar com um Conde. Aproveito quando todos estão na mesa para colocar meu plano em prática. — Papai, estive pensando sobre a festa de noivado de Daisy, não tenho um vestido apropriado para ocasião e pensei se poderia ter um novo. — Falo com a voz doce. — Não sei se esse gasto é necessário. — É claro que não, comigo ele só gasta o essencial. — Eu também preciso de um vestido lindo papai, quero estar deslumbrante. — Daisy está quase pulando na cadeira, isso é bom, ele não vai negar um pedido dela. — As meninas estão certas, Karl, não podemos fazer feio, principalmente agora que nossa filha irá se casar com um nobre importante. — Sinto que mamãe sabe que vou fazer algo. — Está bem, vocês podem comprar os vestidos. Depois do almoço, mamãe nos leva para encomendar os vestidos, olhamos os tecido