Rose
Assim que chego em casa, procuro meu pai, para lhe contar sobre o meu compromisso, porém, o encontro deitado, descansando, desço e procuro por Hazel, o valete de meu pai.
— Como meu pai passou essa tarde?
— Não muito bem, senhor. O Milorde esteve à tarde toda deitado com dores no corpo.
Isso não é nada bom, o remédio deveria diminuir as dores, porém, ainda sim, tem dias que meu pai mal consegue se levantar. Deixo meu pai descansar, na hora do jantar, uma criada leva a refeição para ele no quarto, visto que não se sente bem, e eu faço a minha, sozinho. Isso não é um problema para mim, desde que me mudei para Londres, há quase dez anos, passei muito tempo sozinho em casa.
Antes de me recolher, passo no quarto de meu pai, para saber como ele está.
— Boa noite meu pai.
— Filho, que bom vê-lo, como foi seu dia? — Observo como sua voz está baixa.
— Foi bom, meu pai, estive no chá mensal, onde conheci uma moça muito graciosa, com quem firmei um compromisso.
— Tem certeza quanto a isso meu filho? Não quero lhe ver se arrependendo depois.
Eu sei que meu pai se preocupa comigo, e que ele sabe que casar não estava nos meus planos, mas não sou de tomar decisões sem pensar.
— Sim senhor.
— Que bom, então me fale sobre essa moça.
— Seu nome é Daisy Pritchard, filha de Karl Pritchard, é sobrinha do Duque Plymouth, porém, não é da nobreza.
— Conheço os Chambers desde a juventude, são uma boa família, se foram eles que lhe indicaram sua pretendente, então a família da dama também deve ser.
— É o que acredito, por isso firmei o compromisso, e pretendo marcar o mais breve possível o noivado.
— Se assim deseja, deve enviar uma carta à dona Masha, é uma viagem longa e ela demorará mais que o habitual para chegar.
Meu pai está certo, preciso enviar uma carta para babushka, não posso me casar sem a presença da mulher que me criou e ensinou ser o homem que sou. Foi ela que cuidou de mim depois da morte da minha mãe, gostaria que o dedushka estivesse aqui também, mas infelizmente, ele faleceu antes mesmo que eu viesse para Londres. Porém, hoje está tarde, amanhã envio a carta a ela.
Acordo pela manhã, muito cansada, mal consegui dormir essa noite, só pensando na ameaça de papai, ele está certo quando diz que tio Justin não pode me proteger, cheguei à conclusão que no fundo, ele nunca me protegeu de fato, era apenas o receio que papai tinha de que Daisy fosse prejudicada, que me manteve livre das surras, e agora não tem mais nada que me proteja, já que Daisy se casará com um Conde muito em breve.
Desço logo para fazer o café, não quero irritar papai, com a mesa servida, decido limpar os quartos, de modo a ficar fora de vista. Enquanto limpo posso pensar tranquilamente no que fazer.
Eu preciso encontrar uma saída, mesmo que signifique ficar livre de papai, não irei aceitar me casar, a única saída que vejo é fugir para bem longe, para um lugar que, se eu não encontrar a felicidade, pelo menos poderei ter um pouco de paz, mas por outro lado, se eu fugir, nunca mais poderei voltar para casa.
Estou tão imersa em meus pensamentos, que nem escuto a aproximação de Alice, fico surpresa e ao olhar para ela, vejo que está com o olhar preocupado.
— O que você está fazendo, limpando o chão? — Alice parece em choque. — E que roupa é essa que está usando?
Isso não é bom, por todos esses anos, eu escondi de Alice que papai tornou-me a empregada de nossa casa, tive medo que ela contasse ao tio Justin, e isso trouxesse problemas a mim. Levanto-me, pego na mão de Alice e vamos para meu quarto, lá poderemos conversar melhor.
Aos poucos vou contando como tem sido minha vida, Alice não me interrompe nenhuma vez, no entanto, consigo ver em seus olhos o quanto está chateada por não ter ficado sabendo antes.
— Alice, você tem que me jurar que não vai contar isso a ninguém, principalmente ao seu pai.
— Por que me escondeu isso todos esses anos?
— Eu sabia que você iria contar ao seu pai, não queria que tio Justin soubesse e tentasse intervir, ser empregada é melhor do que ficar apanhando, estou bem assim, Alice, eu juro.
— Isso não está certo.
— É assim que as coisas são, mas e você, por que veio aqui hoje?
— Depois de ontem, fiquei preocupada com você, a Daisy irá se casar em breve, e sei que tio Karl vai querer lhe casar antes.
— Não é bem assim, ainda tenho algum tempo até se tornar oficial.
— Acho que não, papai contou que o Conde Sheffield pretende marcar o noivado o quanto antes.
Essa não, eu pensei que teria ao menos algumas semanas antes que o noivado fosse marcado, mesmo que compromissos sejam por pouco tempo, não precisa ser tão pouco assim.
— Meu Deus, para que essa pressa toda? Ele está à beira da morte?
— Eu não sei, papai falou que ele é um bom homem, junto com o Patrick, tem criado importantes projetos de lei para melhorar a vida dos mais pobres.
Patrick é um primo de Alice por parte de pai, é um Conde importante no cenário político. Mas o que eles fazem não é importante, e sim o fato de ele estar com tanta pressa para casar.
— Alice, quem ele é não me importa, o problema é que papai quer que eu me case antes de Daisy, e se esse homem apressar as coisa, só vai ser pior para mim.
— Rose, eu sei que juramos na infância nunca nos casar, mas talvez seja melhor se casarmos, vamos achar um homem bom e assim você estará livre do seu pai.
— Alice, não é nem por causa daquela promessa, eu simplesmente não consigo me ver presa a um homem, depois ser obrigada a ter filhos e eles passarem pelo mesmo que eu passo. Não dá, não mesmo.
— Eu sei que você já sofreu muito e isso não é justo, mas tem que dar uma chance para as coisas serem melhores.
— Falar é simples, mas você também nunca se casou.
— Sim, mas você sabe o motivo, e que outra opção você tem?
A verdade é que só tenho uma opção, se quero me livrar de um casamento, tenho que ir embora, e dessa vez, decido falar a verdade a Alice.
— Vou fugir para bem longe.
— Agora você enlouqueceu de vez, seu pai irá te matar se tentar fazer isso e ninguém poderá impedi-lo, nem mesmo meu pai, pois, ele estará defendendo a honra da família.
Eu preciso de tempo para pensar, algo que esse tal Conde não quer facilitar.
— Alice, me ajude com alguma ideia para não ir ao Baile dos Lírios.
— Está pedindo isso para a pessoa errada, se quer ideias para planos, procure a Nathally, só me prometa que não fará nada sem me falar antes.
— Pode deixar que você ficará a par de tudo, mas quero saber uma coisa, se não houver saída e eu precisar fugir, posso contar com seu apoio?
— Sabe que não concordo com isso de fugir, mas posso lhe prometer uma coisa, se você aceitar se casar e seu marido for como seu pai, eu mesma providenciarei tudo para que você vá embora para a América.
Alice nunca conseguiu de fato entender o quanto tenho pavor de me casar, e por mais que a ajuda dela seja boa, não vou correr o risco de ser entregue a um homem, isso nunca, mas para deixá-la tranquila, digo o que é preciso.
— Obrigada Alice, vou pensar sobre isso.
Assim que ela vai embora, volto ao meu serviço, espero que ela consiga guardar meus segredos, do contrário, estarei com sérios problemas.
(...)
Passei os últimos dias pensando no que irei fazer para sair da situação em que me encontrava, mas não vejo nenhuma solução além de fugir. Uma coisa a Alice estava certa, a pessoa que melhor pode me ajudar nesse momento é a Nathally, para isso vou aproveitar que estou sozinha e vou à casa da tia Sophie.
Hoje papai saiu para ver um amigo e mamãe foi levar Daisy para um encontro na praça com o tal Conde, esses encontros são o meio dos casais se conhecerem um pouco antes do casamento, ocorrem apenas em locais públicos e com algum familiar da moça presente.
Chego à casa da tia Sophie e ela não está, melhor assim, pois posso conversar com Nathally sem perigo. Sentamos no sofá e vou logo contando sobre o compromisso de Daisy.
— Está brincando comigo, a Daisy conseguiu um pretendente tão rápido assim? — Nathally parece indignada.
Minha irmã só debutou há dois meses, esse foi o segundo chá mensal dela, poucas conseguem um compromisso tão rápido. E sei que um pouco da indignação de Nathally, vem do fato de ela não se dar bem com Daisy, ela acha minha irmã muito mimada, e não discordo dela.
— Conseguiu sim, e o tal Conde já quer marcar o casamento.
— Isso que eu chamo de pressa.
— Você não ouviu a parte ruim.
— Até já imagino qual seja, seu pai quer que você case antes da Daisy.
— Ele quer que eu arrume um marido no Baile dos Lírios.
— Isso é pouco tempo e o que você vai fazer? Imagino que não queira procurar um marido.
— Claro que não, sabe muito bem que não quero casar, Alice esteve há alguns dias lá em casa e para ela, devo casar-me, que posso ter um marido bom, mas não consigo nem pensar nisso.
— Isso não é surpresa, você sabe que amo a Alice como se fosse uma irmã, mas ela não vive a mesma realidade que nós duas, nunca teve que trabalhar na vida e vive no conforto.
— Eu sei disso, Alice não entende que não consigo ver-me casada. Mas, ela me prometeu que se eu me casar e meu marido me fizer algo, ela me ajuda a ir para América.
— E o que você vai fazer?
— No momento preciso ganhar tempo até conseguir um jeito para fugir de Londres, mas não tenho ideia de como fazer isso, por isso vim lhe procurar na esperança que tenha alguma boa ideia e me ajude.
— Claro que irei ajudar com tudo e imagino que a Alice deve ficar fora dos nossos planos.
— É melhor assim, pelo menos por enquanto.
— Tudo bem, agora o primeiro passo é não ir ao baile.
— Isso não irá acontecer, meu pai me leva nem que seja arrastada.
— Não se você estiver doente.
— Você sabe que eu não fico doente fácil, além disso, como posso saber que vou estar doente no dia?
— Você pode garantir isso. Tomando um suco batizado com xarope de ipeca, você irá começar a vomitar muito e nem mesmo seu pai poderia querer que você fosse ao baile.
Já ouvi falar desse xarope, é feito de uma planta, se não estou enganada, é de ipecacuanha, ele faz a pessoa vomitar muito, normalmente é usado quando alguém come algo que não devia.
— Nathally, essa é uma boa ideia, com isso consigo um pouco de tempo, mas aonde vou conseguir xarope de ipeca?
— Claro que é boa, eu que a tive, eu conheço alguém que sabe fazê-lo e posso conseguir uma dose. Agora, conseguir tirar você de Londres não será fácil, mas tem alguém que conheço e que talvez possa ajudar.
— Quem é?
— Um rapaz que conheci quando trabalhei no Palácio, o irmão dele trabalha no navio que vai para América e às vezes ele vai junto para ajudar. Um dia, durante uma conversa, falei que tinha vontade de ir tentar uma vida nova e ele disse que se eu quisesse mesmo isso, ele daria um jeito de me colocar no navio e levar embora. Posso procurá-lo e ver se ele consegue colocar você no próximo navio.
— Essa pode ser uma boa solução para ir embora, mas tem que avisar a ele que não tenho dinheiro para nada.
— Pode deixar que vejo tudo e te aviso, agora você não pode deixar seu pai suspeitar de nada, para isso, você tem que agir naturalmente e continuar relutante com a ideia de casar.
— Eu sei disso, e só vou contar a verdade para Alice mais para frente, sei que ela não vai fazer nada para me prejudicar, mas não quero ficar ouvindo os sermões dela.
— Combinado. Assim que der, levo para você o xarope e as notícias que conseguir.
— Obrigada Nathally, você é uma amiga maravilhosa, melhor, você é uma irmã de ouro.
Com esse plano formado, retorno mais feliz para casa, sei que Nathally irá fazer o impossível para me ajudar e então eu serei livre.
Rose Os dias vão passando e não tenho nenhuma notícia de Nathally, que nem ao menos veio me trazer o remédio, e o baile já é amanhã e sem ela, não sei o que fazer. Estou começando a ficar preocupada. Durante esses dias, papai não tocou mais no assunto de me casar, mas sei que ele não desistiu da ideia, ele jamais desistirá. Uma vez, ele disse que apesar de ser um fardo para ele e da minha teimosia em não me casar, ele jamais me mandaria para um convento, pois não abriria mão do meu dote, que esse seria o pagamento por todos os gastos que ele teve comigo. Quando contei a Nathally, ela falou que os meus serviços em casa, já são pagamento mais que suficiente, e às vezes penso que ela tem razão, mas nunca falei isso em voz alta, pois tenho medo de irritar papai e voltar apanhar. Já é fim de tarde quando Nathally vem me ver, quase pulo de alegria quando ela aparece na cozinha, lhe ver me traz a esperança que estarei salva, e não precisarei ir ao baile. — Nathally, você encontrou o tal r
Dimitri No caminho para casa, fico pensando no porque não senti calor no olhar da minha prometida, mas senti no de sua irmã, o que será que diferencia as duas? E esse não é o único mistério, Rose aparenta ser mais velha que Daisy, porque será que ainda não se casou? Será que tem alguma relação com o fato da filha do Duque também não ter se casado? Por que as mais velhas não estão casadas, mas a mais nova já está comprometida? Que segredos eles escondem? São muitas perguntas e para nenhuma delas tenho resposta, e acho que só depois do casamento poderei descobrir melhor o que eles escondem. Chego em casa e como meu pai já se recolheu, decido me recolher também, deito em minha cama e como o sono não vem, fico pensando no mistério que envolve as famílias Chambers e Pritchard. De uma coisa tenho certeza, eles escondem algo. E com essa certeza, me vem uma dúvida, será que esse segredo será algo que impossibilite meu casamento com a jovem Daisy? Terei que descobrir isso logo, antes que esse
Rose Já se passou uma semana desde aquele dia, não tenho saído de casa para nada e ando muito assustada, sempre que alguém chega em casa, começo a tremer. Os meus pesadelos também ficaram pior, eles começam comigo presa no armário, o tal homem chega e me puxa para fora, ele me b**e enquanto vai rasgando minhas roupas; só de lembrar daquilo, sinto vontade de chorar. O pesadelo só acaba quando o homem misterioso aparece para me proteger, e toda vez ele me garante que em breve tudo irá ficar bem, por algum motivo que não sei explicar, eu confio nele e me sinto segura ao seu lado. Não vi mais Alice depois do baile, o que é melhor, pois não sei como contaria a ela o que papai fez, às vezes penso que ela dirá que a culpa é minha por ter planejado fugir. Já Nathally, sei que se ficar sabendo, irá fazer algo para tentar me defender e tenho medo que isso irrite mais papai e ele acabe chamando aquele homem de volta. Não esqueço o olhar de cobiça do papai quando ele ofereceu dinheiro apenas por
Dimitri Levanto pela manhã revigorado, tomo meu desjejum com meu pai e antes de ir para o escritório, passo em meu futuro lar. Reese e Kelson contrataram três moças, que me são apresentadas como Glenda, Alanna e Hanna, elas fizeram um excelente trabalho, olhando assim, não dá para dizer que ficou tantos anos desabitada. Faço uma lista de quais móveis preciso trocar, e vou mostrando aos dois como quero que tudo fique arrumado, sei que depois do casamento Daisy pode querer deixar a casa do seu gosto, mas até lá não posso deixar a casa bagunçada. No primeiro andar tem um pequeno escritório, será ótimo para manter meus documentos do trabalho e cuidar de assuntos quando estou em casa, além de ter uma estante em que poderei colocar os livros de que gosto. Subo para o segundo andar, a casa possui quatro quartos, vou até o quarto principal que será meu, e de minha esposa quando aceitar dormir a meu lado, este quarto possui acesso ao quarto do lado, através de uma porta no closet, esse outro
Rose Pela manhã já pensei em como encontrar John, sua mãe Celina é costureira, papai não pode discordar que preciso de um vestido apropriado para o baile de noivado de Daisy, afinal ela irá se casar com um Conde. Aproveito quando todos estão na mesa para colocar meu plano em prática. — Papai, estive pensando sobre a festa de noivado de Daisy, não tenho um vestido apropriado para ocasião e pensei se poderia ter um novo. — Falo com a voz doce. — Não sei se esse gasto é necessário. — É claro que não, comigo ele só gasta o essencial. — Eu também preciso de um vestido lindo papai, quero estar deslumbrante. — Daisy está quase pulando na cadeira, isso é bom, ele não vai negar um pedido dela. — As meninas estão certas, Karl, não podemos fazer feio, principalmente agora que nossa filha irá se casar com um nobre importante. — Sinto que mamãe sabe que vou fazer algo. — Está bem, vocês podem comprar os vestidos. Depois do almoço, mamãe nos leva para encomendar os vestidos, olhamos os tecido
Dimitri Assim que chego ao salão, a primeira coisa que noto é o contraste das duas irmãs, não sei por que, mas isso ainda continua me atormentando, e não é apenas na aparência, é no modo de se vestir, enquanto Daisy está com um vestido luxuoso, Rose está com um mais simples, mas que ainda sim, a deixa bela. Após o anúncio oficial do noivado, tiro Daisy para uma dança, é a primeira vez que dançamos juntos e ela tem leveza ao dançar, minha atenção, no entanto, vai para meu pai dançando com Rose, desde o jantar venho notando como ele gostou dela, desconfio que seja por ela lembrar de minha mãe. Ao final da dança, Karl toma a vez com sua filha e vejo que novamente Rose vai para a varanda do salão, porque essa mulher prefere ficar mais lá fora a ficar aqui dentro? Será que ela passa mal em locais cheios, afinal, no outro baile quando saiu, ela não parecia bem. Encaminho-me para lá, porém uma moça entra primeiro, e quando me aproximo consigo ouvir o final da conversa delas, pode ser erra
Rose Quando vejo papai entrar no escritório, subo e vou cuidar dela. Mamãe está caída no chão, suas costas está vermelha e em alguns lugares vejo que está sangrando. Deixo a bacia sobre uma mesinha ao lado da cama e vou até ela, lhe ajudo a deitar e com calma vou colocando os panos em suas costas, ela se encolhe um pouco, mas logo consegue relaxar quando o remédio diminui a dor, depois de colocar os panos, fico sentada ao seu lado, acariciando seus cabelos, assim como ela fazia comigo quando era pequena. Troco os panos para que tenha mais efeito e então volto a lhe acariciar até que pegue no sono, noto que não foi só nas costas que ele a machucou, na sua intimidade está bem vermelha e sai um pouco de líquido, pego um pano na bacia e a limpo sem entender porque ele a machucaria ali, é por coisas assim que nunca quero me casar. Pego a coberta e puxo sobre ela e mesmo que neste ano não tenha feito frio ainda, as noites estão cada vez mais geladas. Vou para meu quarto e fico pensando na
Dimitri A governanta Paige nos avisa que o jantar está servido e nos dirigimos à sala de jantar, não deixo de reparar os olhos de Rose brilhando ao olhar o banquete que foi preparado, mas não tem como ser uma novidade para ela, sendo sobrinha do Duque Plymouth, ela já deve ter visto vários, talvez algum prato tenha chamado sua atenção, talvez o Pelmeni que babushka preparou, ele é uma massa fina recheada com carne coberto de Smetana, um creme azedo delicioso, esta é minha comida favorita, e ninguém a faz tão bem como minha babushka. Após o jantar, voltamos à sala, noto que Rose não veio conosco, desde sua chegada, evitei lhe olhar, para não ficar pensando em nosso último encontro, mesmo que isso tenha permanecido em meus pensamentos. Não sou o único a notar que ela não veio, babushka também olha e saí da sala, imagino que indo ver onde Rose está. Logo que as duas voltam, vejo que babushka está sorrindo, o que será que aconteceu? — Ты женишься не на той сестре, эта тебе подходит. (E