POV: Carina O Conde se aproxima da escrava ao meu lado e, sem dizer uma palavra, coloca a mão no ombro dela. Vejo o corpo da garota enrijecer, um tremor a percorre da cabeça aos pés. Ela não levanta o olhar, mas o medo está impresso em seu rosto e no meu.O homem não disse uma única palavra, mas provoca um desconforto ainda mais intenso do que o burburinho dos criados, e o motivo é óbvio, o conde pode me prejudicar. Ainda que Nate intervenha depois, o dano estaria feito. Meu apetite desaparece instantaneamente. Sinto uma onda de náusea ao observar a cena, lembrando do que vi no banquete. Foi ele quem obrigou a pobre garota a comer no chão.O Conde se inclina ligeiramente, e por um breve momento, vejo o interior de sua capa. Lá, presos em pequenos compartimentos, estão vários incensos. Reconheço o cheiro inconfundível de afrodisíacos, é doce demais, e muito procurado. Minha mãe os tinha em casa para estudo, disse, e usava diferentes venenos para cortar seu efeito, o favorito era o
Preciso de respostas, e sei que elas não serão encontradas na proteção das muralhas. Meus homens me seguem em silêncio, todos tensos, mas sem estar a par da verdadeira situação.A base de apoio do reinado foi conquistada graças à evacuação dos vampiros. Não será bom que a notícia de que talvez os desaparecimentos estejam ligados a eles. Assim que estamos fora do palácio, paro e me viro para eles. — Dispersem. Procurem nos subúrbios por qualquer pista. Faça perguntas discretamente sobre forasteiros ou qualquer movimentação suspeita, não queremos chamar atenção desnecessária. — Eles acenaram com a cabeça e se afastaram rapidamente, cada um tomando uma direção diferente. Fico sozinho na rua, tentando avaliar a situação com mais calma. É a maior cidade do reino, também é a mais próspera. Os níveis de criminalidade são quase nulos, até os subúrbios são limpos e desde que os canais e poços foram revitalizados o número de doentes diminuiu. Claro que eles não agiriam diretamente aqui,
POV: NATHANIELO retorno é mais tranquilo do que imaginei, e infrutífero. Demoramos mais tempo esperando o efeito da poção que muda a cor dos olhos passar, e só depois disso nos trocamos para retornar para o castelo. Alfas ou betas não faz muita diferença, os humanos ficam mais arredios perto de lycans, tendem a se proteger de nós e claro, ocultar informações. Após uns minutos de cavalgada em silêncio, o falatório recomeça. — Vocês não vão acreditar no que aconteceu comigo — diz Lucian, com sorriso largo no rosto. Ele não deveria participar desse tipo de missão, mas insistiu e meu pai não se opôs em deixá-lo participar. — Fui abordado por um comerciante que queria me contratar para trabalhar em Raven's Nest. Ofereceu o triplo do que pagam para um vigia. — Os outros começam a rir, e até mesmo eu não consigo conter um sorriso. Ele nunca foi vigia noturno, e é claro que seus rendimentos superam e muito os ganhos de um. Mas de todas as cidades a capital é a que paga mais para particula
POV: Nathaniel Caminho pelos corredores do palácio, a raiva ferve no meu peito como lava. Os passos ecoam no piso de mármore e todos os rostos se voltam para baixo quando passo. O ar está pesado, eu deveria ter notado que havia algo de errado assim que coloquei os pés aqui. Saio por uma noite e tudo sai fora de controle. Meu coração acelera quando abro as portas da sala do trono.Lycander a arrastou para fora do quarto. Foi isso que minha criada principal disse ao ser interrogada. A ira infectou minhas veias ao ouvir, senti meus músculos se contraírem com a necessidade de recuperá-la a qualquer custo.Não posso aceitar a ideia de que ela possa estar ferida.Respiro fundo, tentando controlar o impulso de me transformar e rasgar todos ao meu redor. Preciso de respostas, e vou começar com meu pai.— Pai, onde está minha mulher? — rosno, sem um único sinal de reverência. Ele acena para que os presentes saiam e eles obedecem. O Alfa Supremo levanta uma sobrancelha, seus olhos azuis
POV: Nathaniel Mal respiro, e quando meu pé se move mais um passo na direção dela Carina faz um sinal de ‘não’ com o dedo quase imperceptível.O rosto está abatido, e pelos olhos inchados é perceptível que chorou, mas meu pai não mentiu sobre ela ter concordado com o teatro.Não posso decepcioná-la mais, e apesar de a minha vontade ser abraçá-la e dizer que sinto muito por não ter conseguido chegar a tempo de impedir que um maldito sem rosto a destruísse como Sasha me destriu, endureço o olhar e a voz para participar do maldito espetáculo, pois é o que ela quer.— É minha culpa, fui leniente demais com você. — Há algo na respiração dela que me faz ficar em alerta, está calma demais. Também não está com o olhar de um bichinho assustado. O guarda não percebe, pois sua cabeça baixa e cabelos cobrindo a maior parte das feições só me permitem ver por estar perto o suficiente. — Vigie a porta, não quero ser interrompido. — Assim que ele sai vou até ela, ajoelhando-me no piso úmido sem me
POV: NathanielPercebendo o batimento cardíaco acelerado de Carina, permito-me sorrir, a garota está ansiosa e odeio admitir, eu também. Sei muito bem que ela não é do tipo que finge, e mesmo se fosse não seria capaz de simular o delicioso cheiro de excitação que sinto agora. Ela passa ambos os braços em meu pescoço, ajustando a posição. — Conte. Ordeno num timbre audível, mas meus lábios se movem indicando que pressione só dois dedos em minhas costas se a punição for além dos seus limites. —Embora eu ache que uma surra seja um castigo muito indulgente para uma ômega insolente como você… — inclino a cabeça para baixo, meus lábios roçam o lóbulo da orelha da garota. Eu poderia dobrá-la em meus joelhos agora e começar a punição, mas gosto do jeito que a tenho agora, com as pernas dobradas e em cima de mim, esmagando meu pau. Uma das minhas mãos começa a vagar, traçando a curva do quadril exposto antes de deslizar mais para baixo para segurar suas nádegas com firmeza, trazendo-a
POV: NathanielUm sorriso satisfeito se espalha em meu rosto ao encarar os cabelos emaranhados de Carina, o rosto está vermelho, os olhos lutando para segurar as lágrimas, a respiração entrecortada e o cheiro entrecortado indicam o quanto está confortável nessa posição. —Boa menina.—Elogio, tirando-a de cima de mim. Quero prendê-la embaixo do meu corpo e foder até o esquecimento, mas esse lugar é tão sujo. O cheiro da excitação dela está infestando a masmorra, os alfas na porta estão lutando para resistir tanto quanto eu.Minhas bolas doem só de observá-la ardendo de necessidade. Afago a curva do pescoço dela com a ponta do meu nariz e aspiro mais uma vez o perfume doce.Minha língua traça aquele ponto, espalhando saliva e meu cheiro antes de afastá-la. Seguro o vestido o suficiente para ver o trabalho que fiz em seu traseiro.Está vermelho, muito, o centro de punições ficará satisfeito com isso.Entre as pernas entreabertas, a umidade escorre. Meus dedos percorrem os traços vis
Enquanto saio da masmorra com Carina nos braços, os guardas nos encaram com o rosto contorcido Meu cheiro está nela, sabem que não devem desejá-la. Amparo-a pela cintura no início, mas decido carregá-la assim que atravessamos o corredor principal. Ela está frágil, os braços envolvem meu pescoço como se temesse ser arrancada de mim a qualquer momento. A raiva ainda queima, junto a um sentimento de impotência que me destrói. Saí por pouco tempo e tudo se converteu num desastre, o palácio não é um lugar seguro para uma garota sem a proteção de uma família importante, ainda que tenha o favor de alguém como eu. Passamos pelo centro de punições, paro diante da encarregada, que nos encara sem muito interesse. Sou obrigado a soltar Carina para que a senhora verifique as marcas, mas depois a pego novamente.— Carina foi castigada. A partir de agora, qualquer punição dela passará por mim primeiro. Entendido?A mulher assente rapidamente, está com medo. Não perco mais tempo ali, o calor da