POV: Nathaniel Caminho pelos corredores do palácio, a raiva ferve no meu peito como lava. Os passos ecoam no piso de mármore e todos os rostos se voltam para baixo quando passo. O ar está pesado, eu deveria ter notado que havia algo de errado assim que coloquei os pés aqui. Saio por uma noite e tudo sai fora de controle. Meu coração acelera quando abro as portas da sala do trono.Lycander a arrastou para fora do quarto. Foi isso que minha criada principal disse ao ser interrogada. A ira infectou minhas veias ao ouvir, senti meus músculos se contraírem com a necessidade de recuperá-la a qualquer custo.Não posso aceitar a ideia de que ela possa estar ferida.Respiro fundo, tentando controlar o impulso de me transformar e rasgar todos ao meu redor. Preciso de respostas, e vou começar com meu pai.— Pai, onde está minha mulher? — rosno, sem um único sinal de reverência. Ele acena para que os presentes saiam e eles obedecem. O Alfa Supremo levanta uma sobrancelha, seus olhos azuis
POV: Nathaniel Mal respiro, e quando meu pé se move mais um passo na direção dela Carina faz um sinal de ‘não’ com o dedo quase imperceptível.O rosto está abatido, e pelos olhos inchados é perceptível que chorou, mas meu pai não mentiu sobre ela ter concordado com o teatro.Não posso decepcioná-la mais, e apesar de a minha vontade ser abraçá-la e dizer que sinto muito por não ter conseguido chegar a tempo de impedir que um maldito sem rosto a destruísse como Sasha me destriu, endureço o olhar e a voz para participar do maldito espetáculo, pois é o que ela quer.— É minha culpa, fui leniente demais com você. — Há algo na respiração dela que me faz ficar em alerta, está calma demais. Também não está com o olhar de um bichinho assustado. O guarda não percebe, pois sua cabeça baixa e cabelos cobrindo a maior parte das feições só me permitem ver por estar perto o suficiente. — Vigie a porta, não quero ser interrompido. — Assim que ele sai vou até ela, ajoelhando-me no piso úmido sem me
POV: NathanielPercebendo o batimento cardíaco acelerado de Carina, permito-me sorrir, a garota está ansiosa e odeio admitir, eu também. Sei muito bem que ela não é do tipo que finge, e mesmo se fosse não seria capaz de simular o delicioso cheiro de excitação que sinto agora. Ela passa ambos os braços em meu pescoço, ajustando a posição. — Conte. Ordeno num timbre audível, mas meus lábios se movem indicando que pressione só dois dedos em minhas costas se a punição for além dos seus limites. —Embora eu ache que uma surra seja um castigo muito indulgente para uma ômega insolente como você… — inclino a cabeça para baixo, meus lábios roçam o lóbulo da orelha da garota. Eu poderia dobrá-la em meus joelhos agora e começar a punição, mas gosto do jeito que a tenho agora, com as pernas dobradas e em cima de mim, esmagando meu pau. Uma das minhas mãos começa a vagar, traçando a curva do quadril exposto antes de deslizar mais para baixo para segurar suas nádegas com firmeza, trazendo-a
POV: NathanielUm sorriso satisfeito se espalha em meu rosto ao encarar os cabelos emaranhados de Carina, o rosto está vermelho, os olhos lutando para segurar as lágrimas, a respiração entrecortada e o cheiro entrecortado indicam o quanto está confortável nessa posição. —Boa menina.—Elogio, tirando-a de cima de mim. Quero prendê-la embaixo do meu corpo e foder até o esquecimento, mas esse lugar é tão sujo. O cheiro da excitação dela está infestando a masmorra, os alfas na porta estão lutando para resistir tanto quanto eu.Minhas bolas doem só de observá-la ardendo de necessidade. Afago a curva do pescoço dela com a ponta do meu nariz e aspiro mais uma vez o perfume doce.Minha língua traça aquele ponto, espalhando saliva e meu cheiro antes de afastá-la. Seguro o vestido o suficiente para ver o trabalho que fiz em seu traseiro.Está vermelho, muito, o centro de punições ficará satisfeito com isso.Entre as pernas entreabertas, a umidade escorre. Meus dedos percorrem os traços vis
Enquanto saio da masmorra com Carina nos braços, os guardas nos encaram com o rosto contorcido Meu cheiro está nela, sabem que não devem desejá-la. Amparo-a pela cintura no início, mas decido carregá-la assim que atravessamos o corredor principal. Ela está frágil, os braços envolvem meu pescoço como se temesse ser arrancada de mim a qualquer momento. A raiva ainda queima, junto a um sentimento de impotência que me destrói. Saí por pouco tempo e tudo se converteu num desastre, o palácio não é um lugar seguro para uma garota sem a proteção de uma família importante, ainda que tenha o favor de alguém como eu. Passamos pelo centro de punições, paro diante da encarregada, que nos encara sem muito interesse. Sou obrigado a soltar Carina para que a senhora verifique as marcas, mas depois a pego novamente.— Carina foi castigada. A partir de agora, qualquer punição dela passará por mim primeiro. Entendido?A mulher assente rapidamente, está com medo. Não perco mais tempo ali, o calor da
A água quente e a proximidade de Carina na banheira aliviaram parte da tensão que sentia. Não, o que fizemos na masmorra o fez, mas pensar nisso me faz querê-la de novo, e a visão da bunda rosada só me deixa mais consciente disso. Agora, com nossos corpos secos e a sensação da sua pele ainda queimando a ponta dos meus dedos, levo-a para a cama, disposto a arrancar qualquer informação útil da conversa que supostamente teve com meu pai.Ele é astuto, astuto demais.Meu pai não é do tipo que faz algo pensando em benefícios a curto prazo, não importa a situação.Afasto os pensamentos e foco no que interessa, deixá-la confortável. Deito Carina de bruços na cama macia, seus cabelos úmidos molham o travesseiro. Ela suspira, o som suave reverbera pela sala e atinge meus sentidos, quero o cheiro dela em toda a parte de novo. Levanto e seu olhar me segue.Carina não se move nem diz nada enquanto espalho uma pomada calmante na área atingida, relaxa e sorri, permitindo-se ser cuidada sem nenh
POV: NathanielDesperto antes do sol nascer, com a proximidade do inverno, o dia demorava mais para clarear, e não haveria tempo para inspecionar todos os soldados e me aprontar a tempo se esperasse. Carina ainda dorme profundamente ao meu lado, seu corpo relaxado e seu rosto tranquilo me fazem querer voltar para a cama e observar o momento exato em que suas pálpebras irão se abrir, presenteando-me com os adoráveis olhos violeta. Gostaria de ficar mais tempo aqui, mas não quero perder a chance de conseguir informações.Levanto-me com cuidado, tentando não perturbá-la. Se não fosse meu tamanho, seria mais fácil passar despercebido, pois assim que saio da cama o colchão se move para o lado com a ausência do meu peso. Olho para ela uma última vez só para ter certeza que não despertou.No armário, pego a poção que mudará a cor dos meus olhos para um verde escuro e o frasco e cabelos para preto. Ambas as mudanças são essenciais para me misturar nas ruas sem ser reconhecido, mas não bebo ai
POV: CarinaO quarto está em total silêncio, está assim desde que Nathaniel começou a sair cedo e voltar muito tarde. O som da porta se fechando não me atormenta como antes, mas a corrente sim. Escutei e senti o metal sendo fechado em minha pele e entendi a mensagem, apesar de detestar seguir a orientação velada. Não tenho apoiadores, o conselho ganhou força demais, e seja lá o que o alfa supremo está planejando, exige paciência. Não é a solidão em si que me incomoda, e sim o ócio. Não há livros para ler, pelo menos nenhum que eu queira, e olhar pela janela não é tão divertido sem minha harpa. Se eu pedir uma tenho certeza que Nate providenciará, mas não tenho ânimo para tocar, já não tinha antes. Estou sendo cuidadosa, muito. Tiro a corrente sempre que fico sozinha, e a coloco de volta ao mísero som de passos. Serve para treinar meus reflexos, e pelo menos aqui posso correr pelo quarto e fazer exercícios pois recebo comida suficiente para não ficar sempre no limite. Hoje é o di