A cena continua na parte dois.
POV: NATHANIELAs costas delas se arqueiam, meu peito a esmaga e força seu corpo a ficar embaixo de mim, imóvel, mesmo com seu interior se contraindo de tal forma que tudo o que Carina precisa é de liberação. Saio por completo antes de me enterrar nela de novo, forte, rápido. Sentir seu interior apertado se esticando para me receber e então ordenhando meu pau me deixam no limite, mas não quero acabar com isso agora.As mãos dela se movem para meu peito, as duas, entendo isso como um sinal para conter a intensidade dos movimentos, paro de me mover e permito que meu polegar deslize pelo clitóris inchado. Ela geme de novo e eu a beijo, silenciando qualquer som diferente dos ruídos molhados. — É grande demais, Nate. Ao ouvir essas palavras, não posso deixar de rir. O polegar volta a trabalhar no ponto inchado até que os gemidos se transformam em soluços e é ela se movendo em minha direção, implorando por mais contato.— Sim, e você vai pegar tudo que eu te der. Não vai? Não há palavr
POV: NathanielColocar as mãos nela foi um erro.Aconteceu rápido demais, talvez o problema seja este, e por isso sinto que não tive o suficiente. Não, é mentira, estou tentando me convencer para desistir da tolice de mantê-la, mas não consigo. A visão dela agarrando a coleira me irrita tanto, Carina quer fugir de novo, e nos próximos dias darei ainda mais motivos para que esse desejo aumente. Eu a observo em silêncio enquanto se debate, até que finalmente ela volta a olhar para mim, seus olhos imploram em total desespero uma resposta.—Eu não posso,— minha voz soa suave, mas firme. Tenho que treinar isso, a suavidade não é mais permitida entre nós. A verdade é que o meu interesse por ela é real, justamente por por essa razão minha escolha é tão clara. —Eu não posso te deixar ir — repito, aproximando-me da cama.O cadeado que prende a corrente no móvel é grosso, a recusa a descontrola. Ela está assustada, vulnerável, e tudo em mim quer puxá-la para perto e garantir que está s
Acordo no acampamento com a boca seca e sinto cada parte do meu corpo doer terrivelmente.Estou fedendo, muito, mas as cordas sumiram. Minha cabeça está zonza e o peso do metal segue no meu pescoço, a coleira não sumiu. Reconheço a sensação provocada pelos restos da erva que usei contra os homens do rei em meu organismo. Deve ter me transportado todo o percurso desacordada. —A garota… É a voz de Embry que escuto, não está irritado, mas deveria. —Já estou cuidando disso, Embry. Prepare a carroça dos prisioneiros. O som dos passos se afastam, mudam de rumo e voltam. Não consigo ignorar o quão tola fui na floresta.Ele me quer, mas não me ama, claro que não me deixaria ir. É exatamente como meus pais, os dois me queriam, mas não me amavam, por isso fiquei tanto tempo na torre. O tecido se abre, a luz do sol entra e eu viro o rosto, pois fere meus olhos. Vejo primeiro as botas, então a calça preta e o casaco de peles grosso. Ele para por alguns segundos antes de se inclinar para
POV: Carina {15 anos de idade}Estou sozinha na torre, de novo, mamãe me deixou ali depois de horas treinando caligrafia. Um desastre completo, ela disse. O silêncio o só é quebrado pelo som dos meus próprios soluços, abafados pelo travesseiro. Faltam poucos dias para o meu aniversário de dezesseis anos, mas não há alegria em mim. Detesto o papel de parede, os ladrilhos esculpidos à mão, o dossel, e os lençóis de seda manchados de sangue. Cada movimento faz a dor nas minhas pernas latejar, ela nunca tinha ido tão longe antes. Minha caligrafia é ruim. Tenho uma vida confortável, cheia de mimos e luxo, e todo tempo disponível para me dedicar, ainda assim minha califrafia não melhora.Minhas mãos tremem sempre que seguro a caneta tinteiro, e minha mãe não tolera imperfeições. Regular, ela disse, e regular não basta, precisa ser perfeito. O chicote nas mãos dela foi implacável, ela só parou quando minhas panturrilhas começaram a sangrar. Saiu resmungando sobre buscar o remédio para
Meu coração salta ao ver Charles entrar no quarto. Eu quero gritar, empurrá-lo para fora e implorar para meus pais não o deixarem voltar, mas os dois estão com ele agora, encarando-me com um sorriso complacente. Nunca me visitam juntos, pelo menos não tenho lembrança de que o façam.Por mil demônios, há algo acontecendo, e estou com medo.Olho por cima do ombro do meu pai apenas para ver meu reflexo no espelho, tão parecido com minha mãe.A cada dia que passa a semelhança aumenta, e a cada dia que passa o modo como sou tratada também piora, mas a culpa é minha.Falho demais mesmo tendo tudo.Minha caligrafia é mediana, minha habilidade com números é mediana, e minha memória é terrível. Talvez se eu fosse mais esperta eles me amassem mais, como fazem com Charles, pois o deixam sair, diferente de mim. Sou uma vergonha em muitos aspectos, então não é estranho que mantenham a mancha escondida. —Trouxe um presente. Cheguei de viagem hoje, preciso de um banho mas não pude esperar para ve
POV: CARINA {aniversário de dezesseis anos}— Achou mesmo que a caixa de música seria o único presente? Venha comigo. Charles sussurra ao voltar para meu quarto.Já estou na cama, é tarde, e ele engancha o braço em minha cintura para me ajudar a ficar de pé. Quero voltar para a cama sem parecer uma ingrata, depois de hoje me sinto culpada por ter confundindo um pesadelo com a realidade.Pensei mal de alguém que sempre foi bom para mim.Charles venda meus olhos e entramos no que parece ser uma atalho. O cheiro de umidade é forte, e a quantidade de degraus interminável.Tenho que correr para acompanhá-lo, pois não diminui o ritmo nem me solta.O cheiro de terra molhada me atinge e quase consigo sorrir.Assim que chegamos no local certo, Charles tira a venda dos meus olhos e eu vejo algo que só fizemos na torre.A toalha de mesa cheia de doces e a caixa de música no centro.—Você se lembra. Apanho a torta de morango e enfio na boca, é pequena, então uma mordida é suficiente para fazê-l
POV: NathanielVendei os olhos de Carina para evitar encarar seus olhos, embora não tenha durado muito. A medida se tornou desnecessária, já que ela passa a maior parte do tempo dormindo. Também ordenei que ninguém poderia se aproximar ou lhe dirigir a palavra para evitar que se aproximassem dizendo insultos, mas a pior parte foi a decisão de mantê-la sedada durante o resto do percurso. Não quero que seu corpo lide com o desconforto da viagem. Algumas horas observando-a enfiar as unhas no próprio pescoço, ferindo a área coberta pela corrente, bastou para me obrigar a fazer essa escolha. O transporte das proximidades da aldeia onde a encontrei até o acampamento foi feito assim. Está imunda, cada vez que seus olhos se abrem, me encaram com um aspecto aterrorizado que vai me assombrar para sempre. As súplicas por um banho pararam depois de um tempo, que coincidiu com sua decisão de parar de comer. Não aceita nada além do chá calmante, as outras refeições são ministradas com Carina qu
POV: Carina Minha cabeça dói muito.A pressão começa na parte de trás da nuca e se espalha para os olhos, dói tanto que preciso lutar contra a vontade de bater a cabeça nas grades.Estou exausta, meu sono tinha sido tranquilo até pouco tempo atrás, mas acho que Embry diminuiu a concentração do chá de ervas, ou isso não estaria acontecendo comigo.Sei porque era isso que minha mãe fazia na torre quando se cansava de me colocar para dormir. Os pesadelos me deixam de péssimo humor, odeio tê-los. O sedativo impede que eu acorde nas piores partes, e eles parecem tão reais. Levará pelo menos duas semanas para desintoxicar meu organismo, isso sendo otimista. Compreendo o motivo assim que o ritmo da carruagem acelera.A capital é ainda mais gloriosa do que as ilustrações do livro.Sempre sonhei em conhecê-la, mas agora, diante dos portões gigantescos e edificações com torres enormes, com mansões que lembram pequenos castelos, só consigo pensar que acabou para mim.A fantasia é melhor do q